domingo, agosto 21, 2011

Fatos & Fotos Antigas - Parte VII

Estamos na Parte VII de Fatos & Fotos Antigas, numa série de dez historinhas por parte. Sempre com a colaboração de Jayme Araújo, vamos publicando, como ele mesmo diz, historinhas plena de feitos jocosos e que lembram felizes tempos de juventude. Um abraço Jayme. Temos mais...

1 - JOÃO RIGON



Importante figura da sociedade santa-rosense, tinha como um de seus hobbies ser radioamador. Para as transmissões externas da Rádio Sulina, contávamos com linhas para os clubes sociais da cidade, Cultural e Concórdia e para o palco do Cine Odeon.

Quando era difícil estender fios, via poste, servia-nos com o seu ”potente” transmissor.
Por ocasião da inauguração do Estádio Carlos Denardin, no jogo seleção local versus Grêmio, o narrador da rádio Gaucha, Sérgio Morais, teve de pedir para que a potência fosse reduzida, pois, pela propagação do som, sua emissora não estava conseguindo conectar com Porto Alegre e a transmissão, não poderia ser realizada ou seria prejudicada.


2 – ERNANI KOTLINSKI



Ernani Kotlinski, foi um dos zagueiros que jogaram por mais tempo no Paladino. Seus pais moravam em Sobradinho, ele estudava em Porto Alegre e consta que fazia parte da equipe juvenil do Grêmio. Vindo de férias a Santa Rosa, onde morava sua avó e primos arrumaram um jogo contra o Operário, para que este demonstrasse as suas decantadas virtudes. Ainda no inicio do jogo – NANINHO - meteu-se numa confusão com ERASMO, foi expulso e sua avó só faltou mandá-lo de volta à origem.

Gremista fanático de ir a treinos, depois de uns tempos aqui, onde nasceram seus filhos, voltou a Porto Alegre. Assistindo a um jogo do Grêmio, sofreu um enfarto morrendo ali mesmo, nas sociais, como, certamente, seria seu desejo.
Sua mulher ANÍ, lamentava: Acabou junto ao amor que devotava ao clube, passando-me para trás.

3 – PARAGUAIOS


Sendo Alberto Samaniego o centro-avante do Paladino e como se disputassem partidas históricas e ferrenhas contra o Grêmio de Santo Ângelo, sucessivamente, Léo Samaniego, irmão do Paraguaio e alguém conhecido pelo apelido de Chaquenho, bem como Ramires foram importados de Encarnacion.
Um, centro-médio clássico e brigador, o outro, um meia-direita dos bons, vindo, na mesa ma oportunidade, Ramires, o homem do sem-pulo.
Como o Paladino ficasse mais forte, os “paraguaios” quiseram homenagear seu presidente Waldemar Zenni, publicando no jornal a Serra, um poema como se tivesse sido feito por eles.
Descobriu-se, muito depois, não sei se até o presidente o sabe que fora, nada mais, nada menos, do que a letra do hino do Cerro Portenho:

“ Arriba la muchachada y la hinchada del Gran CiclónQue defiendo los colores (rojo y blanco) - Azul y Grana por Tradición
(WALDEMAR)Irala el Gran Presidente que con su ejemplo asi enseño.
(Paladino ......)
Cerro, Cerro, Cerro, Siempre, Cerro TriunfaráCerro, Cerro, Cerro, Siempre, Cerro Tu Papá.
(Paladino)
Cerro Porteño, el Club del Pueblo.Cerro Querido para ti Gloria InmortalPor tu entereza y tu grandeza, eres el alma, el alma misma del Guara.

Somos Felices, cantando a Coro(Paladino) Cerro Querido para ti mi CorazónPor eso siempre defenderemosEl bello emblema (rojo y blanco) azul y grana del Ciclón.


Paraguaio ficou por aqui, indo, tempo depois para São Gabriel. Léo, após uma passagem pelo Gremio de Santo Ângelo jogou no Cruzeiro de Porto Alegre. Chaquenho atuou pelo São José,também da capital e junto com Ramires, no Aliança.


4 – PALADINO X OURO VERDE

Certa feita o Paladino foi a Palmeira das Missões, jogar com o Ouro Verde. Como o time estivesse na ponta dos cascos, não foi difícil à Rádio Sulina conseguir patrocínio para que o jogo fosse gravado com divulgação para o dia seguinte à chegada em Santa Rosa. Por curiosidade de João Carlos Bircke, tentou-se ouvir a gravação. Qual não foi a nossa surpresa aos descobrirmos que o trabalho era praticamente impossível de se escutar. Não havia aumento de volume que resolvesse.
A solução: Bircke ouvia a narração quase em “off”, falava ao narrador que então com sua voz característica fez com que a partida fosse ressuscitada. Trabalho que se foi pela madrugada adentro e contou com o valioso auxilio de Paulo Regis.
Expectativa pela audiência – tal qual a dos vídeos- tapes – era enorme. Graças à curiosidade e o destemor dos radialistas, a gravação foi mandada ao ar, com grande sucesso. O resultado da partida? Deixa pra lá! Hoje que importância tem!


5 – CELEIRO DE CRAQUES




Alguns atletas, como Penicilina, Lothar, Jayme e Paulo, ensaiaram seus primeiros passos, no futebol, num campinho que havia ao lado da Igreja Luterana, quase na esquina da Avenida Santa Cruz, com a rua Cruz Alta, hoje Fernando Ferrari.
Com o passar dos tempos dois deles foram parar no Juventus, um, no Aliança, Penicilina e, outro, Lotário, no Paladino.
Quando se encontraram pela primeira vez, por seus times – Jayme e Lotario, – a um faltava experiência e o outro era metido a malandro.
Driblou o zagueiro varias vezes, junto ao canto do escanteio. Sofreu, como pena, ser sacado de campo, pelo seu treinador.
Depois desse episódio, o centro avante jamais ganhou uma jogada que fosse, quando marcado por esse zagueiro.


6 – ESTOUROU NO BOLSO DO PRESIDENTE




O carnê do campeonato marcava para determinado domingo o clássico Juventus e Paladino.
Coincidentemente na mesma data foram realizadas provas de um concurso para o Banco do Brasil, em Santo Ângelo.
Lá foram submeter-se à seleção Nique, do Paladino e Paulinho, Bircke e Jayme do Juventus.
A prova terminou pelo meio-dia e se esperava que todos os atletas regressassem no “Dodjão” do Sr. CARLOS DENARDIN, presidente do Paladino.
Para impedir ou dificultar a volta dos atletas do Juventus o Dodge já veio lotado de lá, com Lothar e outros, para impedir a carona.
Os jogadores do Juventus, serviram-se de um táxi cuja conta foi estourar, logicamente, no bolso do presidente ELIBIO FREDRICH. Mas chegaram a tempo.



7 – OS CRAQUES PORTOALEGRENSES



Como se pode ver em algumas fotos, fazia parte do Juventus os jogadores PAULINHO, ANTONIO LEUTCHUCK e CARLOS OLIVEIRA. Todos estudavam em Porto Alegre.
Quando necessitávamos de um time mais forte, eles eram convocados e vinham rever a terra, os colegas de time e jogarem. Saiam da capital pelo trem, das 19,00 e chegavam na gare local em torno de 05,30.
Pela tardinha, depois do jogo retornavam a Porto Alegre, numa viagem, que durava uma noite e o dia seguinte..
Com a chegada do progresso o trajeto passou a ser feito pelo ônibus “Pulmann” da Empresa Ouro e Prata, que saia de Porto Alegre pela meia noite e aqui chegava ao clarear do dia.


8 – NAPOLEÃO RODRIGUES DA SILVA




Logo depois da fundação do PALADINO, veio trabalhar em Santa Rosa, como telegrafista dos CORREIOS E TELEGRAFOS, Napoleão Rodrigues da Silva.
Um jovem escriba soube da chegada do craque e que sua estréia seria no domingo seguinte.
Teve curiosidade de saber de quem se tratava, mas não teve êxito em sua procura. Na escalação do time, comentando a partida escreveu o nome do lateral direito, como sendo TELEGRAFISTA.
Veio saber, depois que seu nome era NAPOLEÃO e foi o dono de sua posição, praticamente até quando quis.

9 – FAMILIA DE CRAQUES








Quando me de dei por gente, já não estava em Santa Rosa o jogador “Alma de Gato”, que, graças a seu enorme futebol foi, ainda jovem, para Cruz Alta, jogar pelo Nacional.
Atleta dos mais disputados, somente jogou nessa cidade, também, pelo Guarany.
Não saia de. C. Alta por ser funcionário da previdência social. Um dos seus irmãos – Jaime – seguiu-lhe os passos e, também, ainda jovem se bandeou para Cruz Alta.
Atuou, inclusive em Porto Alegre, no Nacional ou Cruzeiro, ou, em ambos.
Aqui só ficou um, tão bom quanto, Wilson Codinotti, que, por ser militar, sempre preferiu permanecer na terrinha.

10 – NOLY E CHARLES JONNER









No Paladino Futebol Clube, um dos maiores jogadores foi Noly Jonner.
Seu irmão Charles “pintava” bem no segundo time e foi guindado ao principal, segundo uns, graças ao prestigio de Noly.
Depois de um início não tão bom, como costuma acontecer, tornou-se um artilheiro nato e durante vários anos o primeiro entre os goleadores. Além dessa virtude, era velocista e portador de um chute forte e certeiro.
Noly Joner, grande pessoa, sobre a qual já me referi, também tinha uma grande figura na pessoa de sua noiva, Themis Cardoso. Essa, para alegrar o seu noivo, por ocasião da tentativa de ressurgimento do Uruguai, fez para ele uma boina, de linha, com as cores azule branco.
O Uruguai, assim como ressurgiu, teve uma vida efêmera.
Não restou à noiva alternativa a não ser confeccionar nova boina, vermelha e branca, já que seu noivo mudou-se de armas e bagagem para o Paladino.

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