sábado, outubro 01, 2011

FATOS & FOTOS ANTIGAS X



PARTE X

1 . HILÁRIO ZENNI

Meu primo Hilário Zenni que foi auxiliar de seu pai no Armazém Luiz Zenni, tentou refundar o Uruguai Futebol Clube. Jogou no Paladino, enredou pelos caminhos da política no PTB (da época), foi diretor da Radio Sulina, quando da aquisição desta, por sua grei partidária.

Candidato, várias vezes a cargo público, em determinada campanha eleitoral, como seus oponentes não fossem da terra, cunhou a expressão: - esse é filho de Santa Rosa!

Seus adversários ornaram um burro, na frente da casa do candidato, com a frase: este também é filho de Santa Rosa.

A história pegou e infelizmente, pra ele, não teve sucesso no resultado do pleito.

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2 .PEDRO MULITA


Se bem me lembro, Mulita deu seus primeiros passos no futebol, como menino, na companhia de outros “craques”, Ruy, Adãozinho, Romalino, num campinho de terra nos fundos do Grupo Escolar Visconde de Cairú, na cidade baixa, quando esse ainda não era “visconde”.

Cidadão mais que conhecido e, mesmo folclórico por suas historias e tiradas, era amigo de todo o mundo – uma espécie de guarda-costas de seus afetos - e como tal, jogou em todos os times de Santa Rosa. Também foi treinador. Terminou seus dias, segundo sei como, “motorista de praça”.

Seus amigos - e são tantos - ainda devem sentir saudade e a falta que o Mulita faz!

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3 - FAMILIA CAPELLARI

Os Capellari, fizeram historia no futebol de Santa Rosa. No Paladino, Nino, Zé, Nego, Nilson. Sadi e Luiz, primeiramente, no Juventus.

O pai deles era tão fã deste último que, nos primórdios do Pessegueiro, quando ainda não havia nem corrimão e nem alambrado, empoleirava-se, numa árvore e passava o tempo todo torcendo, pelo SAPO,que era como o chamava o Luiz, por apelido caseiro.

- Passa para o Sapo; chuta, Sapo; corre, Sapo e assim até o fim da partida.

Também jogaram, Nercy e Nery, este, seguramente, o melhor de todos.

Estando em Porto Alegre, para fazer um curso, quando militar, Nery chegou, juntamente com o Plínio Tonel, a receber convite para atuar no São José.

4 – LOTÁRIO


O Paladino sempre foi servido por bons zagueiros centrais, tais como Décio Zoehler, Ernani Kotlinski, Joel Bragança e Lothar Dreher. Este um dos mais vigorosos e dedicados.

Por causa de seu vigor físico e por não perder viagem foi brindado com alcunha, entre verdadeira e jocosa, de PATROLA.

Nas divididas, não perdia uma, levando tudo por diante.

Hoje, reside em Cruz Alta onde continua fazendo amigos na galeteria O PORÃO.

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5 – JUIZES IMPORTADOS

Como toda a cidade grande que se preze, Santa Rosa não poderia ser diferente.

Graças ao acirramento dos ânimos com as arbitragens dos “juízes” da terra, tomaram-se providencias para que, os clássicos fossem apitados por “referees” de fora.

Assim, aqui, estiveram ZIMERMAN E COPETTI, ambos de Santo Ângelo, numa homenagem, talvez, as colônias alemã e italiana, predominantes no municipio.

Como, quiçá não agradassem, importou-se, de Cruz Alta, EPAMINONDAS, nome de origem grego cujo significado é O MELHOR. Foi bom?

6 – O COBRADOR DE PENALTI

Houve, em Santa Rosa uma das mais importantes empresas ligadas à comercialização da soja. Chamava-se Floresta S.A. e tinha como expoentes JOÃO HOFFMANN e LEONISIO GRANDO.

Importado como contabilista, aqui chegou, vindo de Sant’Ana do Livramento JOEL ITAVERNU BARRETO DE BRAGANÇA, que havia atuado no 14 de Julho.

Com sua sabida experiência logo se enturmou no Paladino e conseguiu ser um dos destaques. Jogava como ponta de lança ou de zagueiro central.

Houve um pênalti a favor. Se o gol fosse convertido o Paladino alcançaria o título.

Os batedores oficiais eram Chico Queiroz e Charles. Estes se entreolharam, como a dizer - quem bate?

Joel agarrou a bola, colocou-a na marca da cal, dizendo – é tudo comigo!

Desperdiçou a cobrança, o titulo não veio e ele, para continuar jogando, formou o Floresta F.C. onde, os cobras eram o próprio Joel, Carlinhos Hoffmann e Bernardo Elisalde, o Sargento CAMANGA.

Joel Bragança ainda jovem, foi guindado a condição de titular do 14 de Julho de Livramento, cidade onde nasceu e, como se sabe faz divisa com Rivera na fronteira com o Uruguai. Aqui jogou no Paladino e Floresta.

É comum os fronteiriços incorporarem à sua linguagem expressões “castelhanas”. Alegre e expansivo tinha sempre um papo animado.

Quando alguém contava algo que deveria ter merecido atenção anterior, dizia, - “ ora se me hubieras dicho antes”, o que traduzindo, seria - se me houvesses falado antes....


7 - PALMEIRINHA


Na esquina da Avenida Rio Branco com Av. América (?) junto à Casa Lavarda, o Grupo Escolar Visconde de Cairú e a Tipografia Kunde, havia um campinho meio irregular, mas, a preceito para a piasada da época praticar o esporte bretão.

Varias gerações de craques pó ali passaram.

Mas a minha memória registra que, lá pelas tantas o Carlos Fernando Westfhalen Santos, se adonou do pedaço. (Depois o Banco fez-se proprietário do todo.) Era dono da bola e das camisetas do Palmerinha.

Assim, jogava sempre e tinha a regalia de escolher os craques para a formação de sua equipe.

8 . ANTONINHO VIANNA


Antoninho Viana, ainda muito jovem, integrou o time do Uruguay, já nos estertores, deste. Pela memória do escriba o Uruguai usava camisetas azuis e calção preto, fardamento que lembrava o do Grêmio, e nós em casa, não usávamos jamais, cores que poderiam lembrar o rival Internacional.

Voltando a Santa Rosa, Antoninho Viana – sabidamente gremista, foi jogar no Paladino, cujo fardamento era calções brancos e camisa vermelha.

Foi então interpelado: - como, se sendo gremista poderia usar o uniforme do co-irmão?

A rivalidade Gre-Nal, por certo não é fato atual!


9 . BIBELÔ


Foi guindada ao time principal do Paladino uma promessa auspiciosa.

Já jogava como titular no time, seu irmão um meia- esquerda brilhante, dos melhores jogadores da cidade, cuja característica principal era fazer gols, de virada.

Paparicado por seus companheiros de clube, vestia-se, impecavelmente, mas ao primeiro “chega pra lá” atirava-se ao solo pretextando falta e era socorrido por seus companheiros.

Por isso, recebeu da torcida feminina do Juventus, o apelido de Bibelô!

Quando simulava ter recebido uma falta era castigado, por essa torcida com o grito, em tom de voz afeminada: Bibelôooooooo!


10 . JÚLIO MUSSI DE ANDRADE

Julio foi dos goleiros que, por mais tempo, defenderam a camiseta do Paladino. Simpático e brincalhão.

Uma torcedora do Juventus toda vez que o via, gritava: “frangueirooooo!”

Em determinada partida tirou o seu time nas costas. Ficou sabendo, pelo correspondente da Folha Esportiva, que sua atuação seria enaltecida no jornal de segunda-feira.

A banca de jornais e revistas ficava na esquina da praça, junto à Prefeitura e ao Café Central. Os leitores eram avisados da chegada de jornais por um toque de sirene feito pelo Sr. Fragoso, proprietário do “stand”.

Nesse dia Julio estava no centro da cidade, à espera do aviso. Teve o azar de se avistado pela torcedora do Juventus, que teria dito: só porque jogou bem uma partida pensas que vais sair no jornal? Envergonhado, afastou-se de local e quando foi adquirir a Folha, a edição se tinha esgotado. Não conseguiu sorver o gosto de celebridade!

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