segunda-feira, julho 25, 2016

SER Santa Rosa

COPA PAULO BAIER : SER Santa Rosa levanta três Taça de Campeão e duas de Vice

No sábado, 23 de julho, as categorias sub16, sub15, sub13, sub11 e sub09 da SER Santa Rosa disputaram na cidade de Coronel Barros as finais da Copa Paulo Baier. As equipes sub15, sub13 e sub09 venceram seus confrontos e conquistaram o título de Campeão. Além das conquistas por categorias, a agremiação da SER Santa Rosa teve as defesas menos vazada em todas as categorias e o artilheiro na categoria sub11.
Confira os resultados:
Sub15 – SER Santa Rosa 3x1 Associação Macleres
Sub9 – SER Santa Rosa (4) 1x1 (3) Associação Macleres
Sub13 – SER Santa Rosa 3x0 Grêmio Cruz Alta
Sub16 – SER Santa Rosa 0x1 Associação Macleres
Sub11 – SER Santa Rosa 1x2 Ipiranga de Sarandi
Como ficou a classificação geral:
CATEGORIA SUB 16:
Campeão: Associação Macleres
Vice Campeão: Ser Santa Rosa
Goleador: Bruno do Rosário - Associação Macleres
Goleiro Menos Vazado: Elvis Krummenauer - SER Santa Rosa
CATEGORIA SUB 15:
Campeão; Ser Santa Rosa
Vice Campeão; Associação Macleres
Goleador; Luiz Diniz - Associação Macleres
Goleiro Menos Vazado; João Pedro Simonetto - Ser Santa Rosa
CATEGORIA SUB 13:
Campeão: Ser Santa Rosa
Vice Campeão: Grêmio Cruz Alta
Goleador: Matheus dos Santos - Grêmio Cruz Alta
Goleiro Menos Vazado: Lorenzo Pigatto - Ser Santa Rosa
CATEGORIA SUB 11
Campeão: Ipiranga de Sarandi
Vice Campeão: Ser Santa Rosa
Goleador: Lucas Aguiar - SER Santa Rosa
Goleiro Menos Vazado: Gabriel Perreira - SER Santa Rosa
CATEGORIA SUB 09
Campeão; Ser Santa Rosa
Vice Campeão: Associação Macleres
Goleador: Riquelme Rodrigues e Dieison Brandão - Associação Macleres
Goleiro Menos Vazado: Felipe Criveleto - SER Santa Rosa
O treinador Fernando Braz frisa que “os resultados positivos da agremiação da SER Santa Rosa na competição só foram possíveis graças a estrutura física e humana que o clube disponibiliza, entre material de trabalho, bem como atletas em evolução”.

 A comissão técnica da SER Santa Rosa é composta pelos treinadores Zéio, Marcelo Brum e Fernando Braz, os preparadores físicos Lucas Cancian e Luís Simão, o preparador de goleiros David Neto, o mordomo Luís Fernando (Seco) e o coordenador técnico Luther.



sábado, julho 23, 2016

HOMENAGEM

EVENTO FESTIVO MARCOU OS 70 ANOS DO PALADINO

No sábado, 23 de julho, ao meio dia, na sede social do Paladino Futebol Clube, foi realizado um almoço festivo em comemoração aos 70 anos de existência do clube.
O evento contou com a presença de dirigentes, colaboradores, ex-atletas, familiares e autoridades locais, que desfrutaram de uma tarde de homenagens, onde foram relembrados fatos marcantes que ocorreram na época em que o clube atuava pelos gramados do Rio Grande do Sul.
Durante a cerimônia, o Paladino Futebol Clube recebeu a Menção Honrosa concedida pela Câmara de Vereadores de Santa Rosa.

Também foram homenageados   ex-atletas e colaboradores, com a entrega da Comenda de Mérito Desportivo. Vale ressaltar que o Paladino realiza a entrega desta comenda anualmente e neste ano foram agraciadas as seguintes pessoas: Osvaldo Antonio Bárbaro, Er Mussi de Andrade, Argemiro Kreibich, Miguel de Quadros, Dra. Claudete Capaverde Pereira, Dr. Antílio Fagundes, Sérgio Bueno, José Carlos Rodrigues, Valdomiro de Lima Cardoso e Atanagildo G. Rorato. 




sexta-feira, julho 22, 2016

Aniversário

PALADINO 70 ANOS - PARTE IV


O PALADINO DE PAULO MADEIRA

Em continuidade ao Projeto Paladino 70 anos, nada melhor que nesta edição contar um pouco dessa história com uma pessoa que se destacou, não só no clube, mas também na sociedade local. Trata-se de Paulo Laércio Soares Madeira, ou simplesmente Paulo Madeira. Natural de Cruz Alta, Paulo se mudou na juventude para Porto Alegre, onde estudou e serviu a aeronáutica. Durante sua estada na capital um fato curioso, Paulo se tornou tricolor, ao cultivar amizade com os atletas gremistas daquela época.
Em 1959, o DAER (Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem) abriu uma sede em Santa Rosa, a desmembrando de Cruz Alta. “Meu pai me avisou que havia uma oportunidade de trabalho em Santa Rosa, achei que era a melhor chance na vida profissional naquela época e me fui rumo a Santa Rosa para seguir o ramo da família, já que minha família era por tradição de rodoviários. Então, cheguei a Santa Rosa, para ser servidor do DAER. Aqui casei e constitui família”.
Ao ser perguntado o porquê se tornou paladinense, Paulo sorri e responde: “Na capital jogava futebol sete e salão, acho que muito bem, pois atuava pela equipe da Aeronáutica, e até cheguei a jogar no Wallig (equipe que na época era uma expressão do futebol de salão do estado). Aí quando comecei a trabalhar no DAER, era colega do senhor Altidor Medeiros dos Santos, que na época era o presidente do Paladino. Após ficarem sabendo que jogava bem futebol de salão, me convidaram para treinar futebol de campo pelo Paladino. Aceitei o convite, e iniciei os treinamentos, eu era habilidoso, tinha técnica e um bom drible, me colocaram no ataque, jogar como ponta esquerda, fazia jogadas de qualidade e eficiência, mas não tinha resistência para voltar e marcar. O treinador Caieira me achava uma peça fundamental nos jogos fora de casa quando faltava algum jogador, não era aquele jogador para decidir jogos, mas sim, aquele que levava porrada dos adversários, pois era abusado, mas franzino. Um alvo propicio para o adversário. Após um período de treinamentos e jogos, percebi que a minha forma física não me ajudava, e em conversa com Caieira, decidimos que eu não ajudava o esperado pelo clube como atleta, mas como cartola poderia ser muito útil”.
Após a decisão de pendurar as chuteiras, Paulo começou a colaborar na secretaria do clube, passando por vários setores até ser Presidente em 1970/1971.
Em meio a lembranças Paulo se anima a lembrar como a cidade se mobilizava nos dias de clássicos contra o Aliança, “quando os jogos já eram disputados no Estádio Carlos Denardin, a torcida descia em massa pela Avenida America e as quadras ao redor ficavam lotadas de veículos. No final do jogo o movimento se repetia ao inverso, o da volta. Era muita gente, crianças, jovens, adultos, namorados, idosos, famílias inteiras, aos domingos a tarde, se dirigiam aos clássicos. Se transformando num verdadeiro espetáculo”.
Ao ser questionado sobre os melhores atletas e suas qualidades, Paulo frisou vários, mas os seus favoritos que vestiram a jaqueta vermelha, são: Chaqueño; Décio Zoehler, Pato (Bartolomeu Neis), Nique Zoehler e Lothário   Dreyer; Molita (Pedro Dias), Vado e Véio (Valdemar Santana); Charles Joner, Noli Joner e Miguelzinho.  Técnico: Artur Ribas, conhecido como Caieira, que veio de Cruz Alta e aqui se radicou. Segundo Paulo, pode haver controvérsia, mas esta é a sua seleção.
A conversa pendurou, as lembranças despertavam sorrisos no rosto de Paulo, mas um momento o deixou com um ar de angustia, mais precisamente quando foi perguntado, qual o motivo do Paladino parar com o futebol “a situação estava difícil, se tornou muito caro fazer futebol. E, isso não pesou só para Santa Rosa, mas para outras cidades da região e do estado também. Embora amador, os atletas de outras cidades, encareciam nos custos do clube. Era um semiprofissionalismo. E os dirigentes também foram cansando”. 
Com o futebol parado, abriu-se uma janela para outras atividades, com a assistência social. O clube se matem, com renda provindas de alugueis de seu patrimônio. “Hoje, estamos ainda com 10 paladinenses da velha guarda na direção. Os outros já nos deixaram. Por isso, estamos associando jovens, para dar continuidade ao trabalho social que o Paladino vem fazendo”.
O almoço festivo em comemoração aos 70 anos do Paladino que se realizará no dia 23 de julho de 2016, na sede do clube, homenageará  ex-atletas e colaboradores com a entrega da Medalha do Mérito Desportivo, por fazerem parte desta linda história dos 70 anos do Paladino.  Na próxima matéria estaremos divulgando os nomes das pessoas homenageadas.

quarta-feira, julho 20, 2016

Aniversário

PALADINO 70 ANOS - PARTE III

Aliança x Paladino: famoso clássico ALPALque agitava o futebol nas tardes de domingo

A rivalidade é o principal combustível do maior esporte mundia, o futebol! Seguindo esta linha de pensamento o Jornal Gazeta Regional entrevistou o Senhor Raul Meneguini, ex-jogador do E.C. Aliança, por nos contar um pouco das histórias desta rivalidade que havia entre o E.C. Aliança e o Paladino F.C. É a história do clássico contada por um rival.

1.Como eram os clássicos ALPAL?
Inicialmente necessário se dizer que a sigla ALPAL foi e continua sendo uma denominação simplificada para a identificação dos dois clubes de futebol de campo e de maior torcida da cidade de Santa Rosa, RS; assim usada quando dos confrontos entre as equipes do E. C. Aliança e o Paladino F. C., clássicos esses acontecidos, ininterruptamente, no período de 1952 até 1970.
Clássico é Clássico e o ALPAL não fugia a regra, havia muita rivalidade - dentro e fora do campo de jogo - entre os seus respectivos dirigentes, torcedores e atletas; os seus dirigentes se reuniam ordinariamente e até extraordinariamente na semana que antecedia o Clássico ALPAL, e, nelas articulavam, entre si, as possíveis ações do co-irmão, o seu maior rival; a qualquer manobra descoberta vindas do seu adversário - em muitas ocasiões eram até trazidas aos seus ouvidos pelos corneteiros de plantão - provocavam as devidas e indevidas reações; reciprocamente não se temiam, mas, se respeitavam; e, a rivalidade era de tamanha dimensão que era inconcebível que os atletas da dupla ALPAL – nas horas de folga pudessem andar juntos sob pena de se lançar a nódoa da extrema suspeição e o imediato enquadramento como atletas inconfiáveis aos interesses dos seus clubes; o coração batia mais forte, por vezes alguns mais exaltados. Às vezes confusões dentro e fora do campo de jogo. Era Clássico. Fazia parte do contexto. Mas, tudo era dominado e o Clássico continuava ou continuou e, infelizmente acabou no ano de 1970.
Guardadas as proporções, não era menos eletrizante quanto aquele disputado na Azenha e Menino Deus, na capital.
 Os estádios, inicialmente no Municipal do Pessegueiro (1952 até 1954), depois no Campo do 19º RCMEC (1955 e 1956) e finalmente no Municipal Carlos Denardin (1957 até 1970), ficavam com sua lotação esgotada; os ditos Clássicos sempre eram realizados nos domingos à tarde, era uma grande festa.
A divulgação do Clássico dava-se principalmente através da imprensa falada e escrita da cidade, nela o noticiário e as entrevistas com atletas e dirigentes, envolvendo matéria de todos os setores dos dois clubes e até com programas especiais, como o que era realizado na Rádio Sulina, com a sua programação, dirigida pelo departamento de esportes do E. C. Aliança, denominada CLARINADA TRICOLOR.
Os campeonatos municipais eram, naquele período, disputados entre 06 (seis) clubes, Paladino F. C., Juventus A. C.-  E. C. Aliança, G. E. Sepé Tiarajú, Bancários F. C. e o Juventude F. C. 
No período em que aconteceram os clássicos ALPAL (1952 a 1970), somente no ano de 1960 fugiu da dupla ALPAL o título de campeão - a única exceção aconteceu em 1960, conquistado pelo co-irmão o  G. E. Sepé Tiarajú.
Os títulos de campeão citadino de futebol pelo Paladino F. C. aconteceram nos anos de 1952,1953,1961,1962,1964,1966,1967,1970 – totalizando 08 (oito) títulos.
Os títulos de campeão citadino de futebol pelo E. C. Aliança aconteceram nos anos de 1954,1955,1956,1957,1958,1959, 1963, 1965, 1968 e 1969 - totalizando 10 (dez) títulos.

2. Em relação ao futebol atual, o que diferencia do futebol da época?
Nos dias de hoje tudo ajuda para que se jogue melhor o futebol, por exemplo: a bola, os gramados, os salários, os uniformes, as concentrações, os melhores hotéis, as chuteiras, as viagens, tudo. Até a variedade de jogos transmitidos pela TV colaboram no aprendizado, nas informações instantâneas que chegam de todos os centros futebolísticos do mundo. Entretanto, tem muitas coisas para serem aperfeiçoadas. Mas não dá para fazer comparações com antigamente nestes itens que mencionei.
Como lado negativo penso que está, ao meu juízo, nas constantes trocas de planteis, resultando, em conseqüência, na perda de identidade dos atletas na relação paixão ao Clube. Parece-me que antigamente os jogadores se apegavam mais ao clube; torcedores sabiam de cor as escalações do seu time e do adversário e, até a curiosidade do público torcedor que acorriam aos estádios porque queriam também ver os bons jogadores das equipes adversárias.
Outro lado negativo está na inexistência de jogadores que aliam mais a técnica ao físico; hoje quase não se vê mais o craque de futebol com técnica refinada; o que mais se vê nos estádios são atletas que não oferecem ao público o que ele público mais gosta, ou seja, a jogada aleatória (o drible desconcertante, a ginga de corpo, etc.), fugindo do sistema tático pragmático, das jogadas mecânicas.

3. Faça uma relação do Futebol atual x Futebol nos anos 60/70:
Hoje em dia no futebol tu tens que ser muito mais atleta, os espaços diminuíram, a competitividade é enorme. Nos anos 60/70 o mais comum era jogar no 4-3-3 clássico.

4. Conte-nos uma historia do clássico que lhe marcou
Em 1964 jogávamos pelo E. C. Aliança contra o Paladino F. C. o Clássico ALPAL, a partida era de final do campeonato citadino, quem ganhasse o jogo seria o campeão; pela metade do primeiro tempo o Paladino vencia pelo escore de 1x0; numa bola levantada na área do Aliança um choque casual, cabeceamos eu e o Canelão (a dupla de zaga do Aliança), batemos testa contra rosto. Ele continuou no campo de jogo. Eu saí do campo desacordado com corte no lábio superior, fui levado às pressas para o Hospital de Caridade, lá fui atendido pelo Dr. Livio Cecconi; quando retornei já pela metade do segundo tempo o escore do derby já estava em 3x0 para o Paladino F. C.; o nosso técnico Decio Zoehler me olhou e concluiu que mesmo como estava poderia ingressar no campo de jogo, ingressei só que a bola corria para um lado e eu para outro, continuava ainda desorientado. Obs. Naquela época não era permitido substituir qualquer atleta após início da partida. Hoje, tal fato, seria solucionado pela substituição do atleta. Éramos todos amadores no sentido de que queríamos apenas jogar, o que importava era jogar, acima de tudo. Não nos importávamos com mais nada.

domingo, julho 17, 2016

Aniversário

PALADINO 70 ANOS - Parte ll

Família Soares e o Paladino

A família Soares está na sua terceira geração de paladinenses. Seu Zeferino, o patriarca, a segunda representada por Clóvis e a terceira pelo Paulo Moacir. Zeferino, um ícone do clube, foi dirigente e torcedor fanático pelo clube.
Seu Zifa, como era conhecido, deixou sua marca, ao ser presidente em 1963. Durante sua trajetória no futebol, foi marcado pela famosa frase: “Quem não é do Paladino é contra o Paladino”, ao invadir um campo e reclamar da arbitragem.  Paulo Moacir Soares, neto de Zeferino é atualmente dirigente do clube e é representante da terceira geração no clube.
Das lendárias histórias do Seu Zifa, o neto Paulo Moacir, relata que estava por acontecer uma final do campeonato citadino. Um clássico AL-PAL (Aliança e Paladino). O arbitro deste jogo seria um militar. Acontece que o referido era viciado numa carpeta. A noite, perdeu tudo no carteado. Por volta das seis horas e meia da manhã, bateu na casa de um alfaiate e de lá ambos se dirigiram a casa do Seu Zifa. Onde, o militar (designado a apitar o clássico a tarde) relatou o que havia acontecido e que necessitava de dinheiro, pois a noite deveria embarcar a Porto Alegre.  Seu Zifa foi direto e logo indagou quanto precisava para amolecer o jogo para o Paladino. Então, o referido árbitro solicitou a quantidade suficiente para a diária e alguma coisa para o jogo. Tudo acertado. Às 16 horas da tarde estava ele em campo para mediar o clássico. Passados 30 minutos, o Aliança já contava com três atletas expulsos. E o jogo continuava com muitas faltas marcadas contra o Aliança. É claro, que o vitorioso foi o Paladino, tanto que o mesmo teve que ser escoltado pelos vitoriosos ao final do jogo até a rodoviária, local de seu embarque para evitar complicações.
A rivalidade entre o Paladino e o Aliança, era grandiosa. As torcidas desciam a Avenida Borges de Medeiros, uniformizadas, portando bandeiras, fazendo festa até a beira do Rio Pessegueiro, local do Estádio da Baixada. Clássico é clássico, muita rivalidade, é claro, o coração bate mais forte, por vezes alguns mais exaltados. Às vezes confusões dentro e fora do campo. Era clássico. Fazia parte do contexto. Mas, tudo era dominado. O clássico continuava.
Ainda, relata Paulo Moacir Soares, que o  Paladino tinha formado a “Ala Feminina”, com 15 moças, Assim,  como a  diretoria, acompanhavam o time na entrada em campo. Usavam um bonito uniforme: blusa vermelha, saia  e tênis brancos  (as cores oficiais do Paladino). Eram as Paladinetes. 
Perguntado sobre quem foi o melhor atleta que viu atuar, Paulo não teve duvidas ao responder destacando  Lotário Dreyer,  conhecido no mundo do futebol como Patrola. Relata que foi um atleta muito habilidoso, pois,  era detentor de boa qualidade técnica. 

Na foto abaixo, de 1957, em amistoso entre Paladino x Inter/POA, à esquerda aparece a ala feminina uniformizada do Paladino.


quarta-feira, julho 13, 2016

Aniversário

No dia 21 de julho próximo o Paladino Futebol Clube comemorará 70 anos. Em colaboração com o editor de esportes Fernando Kronbrauer, estaremos a partir de hoje  publicando uma série de quatro matérias sobre o clube.

PALADINO 70 ANOS  
PARTE I

Fundação
Com o desaparecimento do Uruguai F. B. C. (fundado em 1925), não haviam times de futebol na cidade de Santa Rosa. Foi quando chegou à cidade, vindo de Gravataí, Waldemar Simeão, que ficara lotado na Delegacia de Polícia. Juntou-se ao Senhor Norberto Moré, juntamente com os filhos deste, Dino e Arnildo, fundou em 21 de julho de 1946, o Paladino Futebol Clube, mesmo nome do clube que ele atuava em Gravataí, escolhendo como cores o vermelho e o branco.

Passada a fundação elegeu-se a primeira Diretoria que ficou assim constituída: Presidente: Norberto Moré; Vice-presidente: Alberto Samaniego (Paraguaio); 1º Secretario: Reneu Steffen; 2º Secretário: Jacob Mander; 1º Tesoureiro: Alfredo Moré: 2º Tesoureiro: Valdemar Simeão.

Jogos
O Paladino iniciou suas disputas com jogos no Estádio da Baixada do Pessegueiro, onde está hoje localizada a Fratelli (a fábrica nova). Em 1955, uma enchente destrói a Baixada e os jogos passaram para o campo do Exército. Com a construção do Estádio Carlos Denardin, os jogos passaram a ser disputados no estádio, onde eram realizados amistosos contra o Oriental de Três de Maio, Aurora de Cerro Largo, Grêmio e Elite de Santo Ângelo, dentre outros.

Rivalidade
Em 1952, nasce seu maior rival, o E.C. Aliança. Nas décadas dos anos 1950 e 1960 disputaram clássicos memoráveis, conhecido como AL-PAL, sempre com casa cheia e com torcidas inflamadas, originando uma grande rivalidade entre os dois clubes.  O que gerava grandes discussões entre os torcedores, para definir quem era o melhor.  Sendo o ponto de encontro  o Café Central, na Avenida Rio Branco, que além do futebol discutiam política e outros acontecimentos da cidade.

Campeonato Citadino
Nas décadas de 1950 e 1960 era disputadíssimo o Campeonato Citadino em que participavam o próprio Paladino FC, o EC Aliança, Juventus AC, GE Sepé Tiarajú, Juventude FC do Bairro Cruzeiro e ABC (Atlético Bancário Clube). A hegemonia era disputada mesmo pela dupla AL-PAL, apenas uma vez quebrada em 1960 pelo Sepé Tiarajú. O campeão representava a cidade no campeonato estadual de amadores.

Dupla Grenal
Em 1957, o Paladino trouxe para Santa Rosa, o SC Internacional de Porto Alegre, para um jogo amistoso. No Inter, jogavam: Alfeu. Kim, Joaquinzinho e Silveira entre outros. Também jogou com o Grêmio em 1965 (o Grêmio já havia estado aqui na inauguração do Carlos Denardin enfrentando a seleção local). No tricolor atuavam os atletas: o goleiro Alberto, mais Altemir, Sergio Lopes, Volmir, Joãozinho, Alcindo e o grande zagueiro Airton (o placar foi de 5 a 1 para o Grêmio).
Conquistas
O Paladino é detentor de um patrimônio de conquistas invejável: No Campeonato Citadino foi, Campeão em 1948; Tetracampeão em 1950, 1951, 1952 e 1953; Bicampeão em 1961 e 1962; Campeão em 1964; Bicampeão em 1966 e 1967 e Tricampeão em 1970, 1971 e 1972. Bicampeão da Taça Prefeitura de Santa Rosa em 1970 e 1971. Em 1964, foi campeão da Chave 4 - Série Amarela, do Campeonato Estadual de Amadores. Vice-campeão Estadual de Amadores em 1964, quando perdeu a decisão para o Pampeiro de Soledade, numa decisão de três jogos: o primeiro jogo em casa vencido por um a zero,  o segundo derrota em Soledade e o terceiro em campo neutro, Cruz Alta,  com um gol de penalidade máxima do adversário deixou escapar o titulo.

Patrimônio
Em 1973 acontece a fusão entre os clubes Paladino, Aliança, Juventus e surge a ASRE (Associação Santa-rosense de Esportes), mas o Paladino preserva a sede  seu maior patrimônio. Em 1976, nos festejos do 33° aniversário, inicia as obras da nova sede na Rua Santa Rosa, inaugurado em 1979, com a presença de autoridades locais. Segundo o seu presidente, Irineu Donini, o Paladino encerrou suas atividades no futebol em 1979.
Em 2014, com a atualização do estatuto pelo novo Código Civil, o Paladino cria o Departamento de Assistência Social, podendo então fazer prestação de serviços com cunho social, abrigando nas suas dependências os grupos dos Alcoólicos Anônimos e dos Narcóticos Anônimos. 
Presidentes
1946 – Norberto Moré; 1947 – Valdemar Zenni; 1948 – Mário Lucena Borges; 1949/1950 – Germano Wüst; 1951 – Salvager Maraskin; 1952 – Ernani Kotlinski; 1953/1954 - Germano Wüst; 1955 – Carlos Denardin; 1956 – Avelino Lavarda; 1957 - Ernani Kotlinski;  1958 - Salvager Maraskin; 1959 – Demetrio Barcellos Xavier; 1960 – Manuel Camilo dos Santos; 1961 – Monte Alvar Aurélio Rodrigues; 1962 – Wilson Gomes; 1963 – Zeferino Soares; 1964 a 1966 -  Monte Alvar Aurélio Rodrigues; 1967/1968 – Luiz Lopes Burmeister; !969 – Joaquim de Quadros; 1970/1971 – Paulo Laércio Soares Madeira; 1972 - Altidor Medeiros dos Santos; 1973 a 1990 – Monte Alvar Aurélio Rodrigues; 1991 a 1993 -  Paulo Laércio Soares Madeira; 1994 a 2016 – Irineu Elias Donini.
Quem não é do Paladino é contra o Paladino
O fato marcante para a história do clube foi protagonizado por Zeferino Soares, torcedor fanático, Segundo o historiador João Jayme Araújo a origem do fato, teria acontecido num jogo contra o Oriental na cidade de Três de Maio. Conta que em jogo amistoso, Zeferino entendeu que o árbitro estava prejudicando sua agremiação. Com os campos da época não havia alambrado, apenas corrimões, não teve dúvidas, invadiu o gramado de forma ostensiva se dirigiu ao arbitro do jogo, bradando: “Quem não é do Paladino é contra o Paladino”. É claro que o arbitro convidou a se retirar, mas o refrão ecoou pela idade e é lembrado até hoje pelos saudosos torcedores do Paladino.