terça-feira, março 25, 2014

História



FLORESTA FUTEBOL CLUBE

O surgimento:
Segundo relata o escritor João Jayme Araújo, no seu livro BAÚ DE RELIQUIAS – a bola não para, sobre o surgimento do Floresta Futebol Clube.  Houve, em Santa Rosa uma das mais importantes empresas ligadas à comercialização da soja. Chamava-se Floresta S.A.¹ e tinha como expoentes João Hoffmann e Leonísio Grando.
Importado como contabilista, aqui chegou, vindo de  Sant’Ana do Livramento, Joel  Itavernu
Barreto de Bragança², que havia atuado no 14 de Julho.
Com sua sabida experiência, logo se enturmou no Paladino e conseguiu ser um dos destaques.  Jogava como ponta de lança ou de zagueiro central.
Houve um pênalti a favor.
Se o gol fosse convertido o Paladino alcançaria o título.
Os batedores oficiais eram Chico Queiroz e Charles. Estes se entreolharam como a dizer - quem bate?
Joel agarrou a bola, colocou-a na marca da cal, dizendo – é tudo comigo! 
Desperdiçou a cobrança, o titulo não veio e ele, para continuar jogando, formou o Floresta F.C. onde, os cobras eram o próprio Joel, Carlinhos Hoffmann e Bernardo Elisalde, o Sargento Camanga.
No mesmo livro de João Jayme Araújo, o jornalista da terra, Prêmio Esso de Jornalismo, Carlos Alberto Kolezca, que hoje reside em Porto Alegre, quando escreveu sobre o nosso futebol, definiu assim o surgimento deste clube; “o Floresta, concebido entre montanhas de sacas de feijão e milho, da firma atacadista do mesmo nome – era o Renner – de Santa Rosa.”.

¹ A empresa Floresta S.A., localizava-se na esquina da Rua Julio Leopoldo  Rauber com a Rua Santa Rosa, próximo ao Colégio Salesiano Dom Bosco.   Posteriormente o imóvel foi adquirido pela Cooperativa Mista São Luiz. No local hoje existe um depósito, garagens e estacionamento da mesma.
² Joel Bragança, era natural de Santana do Livramento. Sempre que o 14 de Julho, daquela cidade, vinha a Santa Rosa disputar jogos, primeiro com o Dínamo, depois com o Juventus, contatava com a delegação de sua cidade natal e munido de várias fotos do seu acervo, vestindo o uniforme do 14, mostrava aos atleta e dirigentes visitante e, vangloriava-se de seus feitos por lá. Tive a oportunidade de testemunhar duas vezes este fato e constatar a felicidade do Joel, naqueles momentos de nostalgia.

Jornal A Serra:

Com o objetivo de resgatar mais dados sobre a existência do Floresta FC, assim como fizemos com outros clubes de futebol da cidade, fomos consultar o arquivo do Jornal A Serra, no Museu Municipal de Santa Rosa. Descobrimos que não teve vida efêmera. Usava uniforme igual ao do Penharol de Montevidéu (amarelo e preto) e disputou os campeonatos citadinos de 1952 e 1953, enfrentando o Paladino FC, o Juventus AC, o EC Aliança e o Oriental FC do então distrito de Três de Maio.
No arquivo do referido jornal, encontramos poucas referencias sobre o Floresta. Em 20 de abril de 1952, disputou o Torneio Inicio, uma pratica da época, que antecedia o citadino, jogando contra Paladino, Aliança, Juventus e Oriental. Em 14 de agosto do mesmo ano, goleou o Aliança pelo placar de quatro a zero, jogo disputado no campo do Regimento. Em quatro de dezembro, no final do primeiro turno e empatou com o Juventus sem gols, mas perdendo na categoria de aspirantes por 3 a 1.  Em 20 de novembro de 1953, sofre goleada por cinco tentos a um, diante do Juventus, dando a este último o vice-campeonato citadino. Em 20  de novembro do mesmo ano, é derrotado pelo Paladino(2 a 3), no jogo em que estava a disputa da liderança do campeonato citadino de 1953. Não encontramos registros fotográficos.

Torcedora entrega o título:
Voltando aos relatos de João Jayme Araújo em seu livro, narrando um episódio em que o Floresta foi protagonista num embate decisivo contra o Juventus: Este precisava de um determinado resultado, para obter o título. O ultimo adversário, pelo carnê era o Floresta, como livre atirador. A partida já estava nos acréscimos, ouviu-se um apito. O goleiro do Juventus abraçava-se, aos demais defensores pela conquista. O jogador do Floresta, Bernado Elizalde, o Camanga, desolado com o término do jogo, tendo a bola à sua frente, chutou para a frente, com raiva. A pelota, caprichosamente, não mais tendo ninguém no golo do Juventus, entrou na meta. O Juiz, – Troeto Sherer – que segundo ele, não fora quem apitara, validou o gol e o titulo se foi para as cucuias.  Soube-se, depois, que quem apitara, inadvertidamente, fora uma torcedora do Juventus, que estava comodamente sentada no pavilhão de madeira.  Foi ela a causadora desse desastre.  

quarta-feira, março 19, 2014

Memórias

JOGO GRÊMIO X CAXIAS INAUGURA ILUMINAÇÃO NO CARLOS DENARDIN.

Luís Felipe Scolari, atual técnico da seleção brasileira, participou deste jogo, atuando como zagueiro pelo Caxias.
 
Grêmio e Caxias, antes do inicio do jogo participando da solenidade.
Investimento da Prefeitura Municipal de Santa Rosa no Estádio Carlos Denardin, em beneficio do futebol, à ASRE - Associação Santa Rosa de Esporte, que representa o município no Campeonato Estadual e também os clubes amadores, foi inaugurado no dia 22 de janeiro de 1977, o sistema de iluminação, dando condições para se se realize jogos noturnos.
Para comemorar o fato, o poder publico municipal e a comunidade, organizaram o ato oficial  e solenidade, tendo como convidados o Grêmio Porto-alegrense a a SER Caxias. O tricolor , ainda com o grupo em formação para as disputas do anos, mas trouxe Ancheta, Oberdan, Vitor Hugo, Yura, Tarciso entre outros e o Caxias  com o que tinha de melhor, Bagatini, a famosa dupla de zaga Cedenir e Luis Felipe Scolari, Jurandir( que na temporada seguinte foi para o Grêmio), entre outros destaques.
O jogo foi muito disputado, parecia jogo de campeonato.  Na segunda etapa o Grêmio faz o seu gol, mas anulado pela arbitragem, o que gera uma confusão entre os atletas, mas amenizado pela arbitragem. E o placar ficou no zero a zero.  Na preliminar a ASRE foi derrotada pelo Atlético Oberá, de Missiones, Argentina. Um grande publico se fez presenta, principalmente de torcedores gremista, é claro.

SER Caxias: Luís Felipe Scolari é o terceiro da esquerda para a direita.

Fonte: Internet e Fotos: Clóvis Soares.

quinta-feira, março 13, 2014

ANIVERSÁRIO

JUVENTUS ATLÉTICO CLUBE 


Fundado em 1951, no dia doze de março, quarta-feira,  o Juventus completou 63 anos.  
Por  João Jayme Araujo/POA.

Quando começamos a cursar o Ginásio fundamos dois times de futebol: 1 º que englobava num time os melhores e no outro, 2 ° os menos bons.

A um deu-se o nome de Flamengo, embora as camisas fossem nas cores prego e branco. Nele jogavam, dentre outros:  Cicero Cardoso, Jaime Mantovani, Julio Silva, Elias Scalco, Ascanio Pinto, José Regiori, Paulo Pinto, Norberto Jahan e  Décio Zoehler.

No nosso cujo nome não membro as cores eram verde e branco em listras verticais e os craques eram:

2º time – 1947 -  De pé, da esquerda para a direita: Alberto W. Christensen, Hilario Diesel, Adroaldo Liberali, Romeu Kloechner e João Fedoniuck. Agachados: Nique Zoehler, Jayme Araujo, David Kruel, Jaime Mantovani e Zilon. Abaixo a “carinha” do goleiro Cícero Cardoso.

Foto abaixo: Wilma Carlson (madrinha) Cicero Cardoso, Jaime Mantovani, Julio Silva, Elias Scalco, Ascanio Pinto, José Regiori, Paulo Pinto, Norberto Jahan, Décio Zoehler e Professor Fioravante Pedrazzani. 
.
Mal sabíamos que seriamos o embrião do JUVENTUS ATLÉTICO CLUBE.

Eis que chega à cidade, para lecionar no então Colégio Santa Rosa de Lima, o Professor Albino Werlang.

Soube-se depois que fora irmão marista e que lecionara no Colégio Sant’Anna em Uruguaiana.

Era afeiçoado ao futebol e, por sinal, jogava muito bem na posição de centromédio.

Ficou hospedado no Hotel Liberalli onde eram seus colegas Alceu Malmann, Heitor Lotário Saffi, além de outros alunos e por ali também estavam Adroaldo Liberalli Nico Liberalli, Geraldo Bortoli, Saul Liberali, Jaime Mantovani...

Praticavam o futebol no fim da tarde e assim surgiu a ideia de fundarem um time que agregasse a gurizada.

Juntaram-se a eles Julio Pinto Silva, Paulo Pinto, Jayme Araujo, Flavio Machado, Nique Zoehler, Ivo Stein, Lauro Fenner, Antonio Leutshuck, Miguel Pinto, Benjamin Lunardi.

A formação do time de estreia foi a seguinte: Flavio, Julio e Bejamim.

Nique, Prof. Albino e Antonio Leutscuck. Agachados: Jayme, Ivo Stein, Lauro Fenner, Alceu Mallmann e Adroaldo.

OBS – Onde está Waldemar Lunardi, consigne-se Benjamin Lunardi




Pela afinidade com os maristas de Santo Ângelo o Prof. Albino conseguiu, emprestados 2 ternos de camisas do Tuiuty  equipe do internos do Colégio dos padres.





O adversário foi o Paladino clube de onde vieram alguns dos integrantes da nova equipe. 

Os presidentes dessa época e com todos convivi, foram, pela ordem: Prof. Albino Werlang, Severino Grechi, Major Helio Chaves Lopes e Elibio Fredrich. Se pudesse classificá-los, chamaria ao primeiro de visionário, ao segundo o progressista, ao terceiro conservador e ao quarto, que pegou no rabo do foguete, o abnegado.  


RENASCIMENTO


Um dos fatos que motivou e renascimento do Juventus foi, em 1971, a iniciativa do Dr. Adil Antônio Albrecht.

Tomou-se conhecimento que a Federação Gaúcha, estava criando um campeonato estadual de juvenis. Conversou-se sobre o assunto e Adil Antônio resolveu levar a ideia para outro amigo. O Prof. Paulo Araujo como professor no Colégio Dom Bosco, sabia do potencial de uma série de alunos, de muito boa qualidade e, com a idade exigida.

A partir daí, houve o renascimento do Juventus. Uma ótima base existia. A direção do colégio concordou.

 O Juventus estava ressurgindo. O Dr. Adil, saiu a campo buscando adeptos, o que não foi difícil, graças a imagem positiva deixada pelo Juventus do passado. O time amadureceu rapidamente.

Usando as dependências do campo do Colégio, formou-se uma equipe capaz de disputar, com certa qualidade a competição. A adesão acontecia de maneira empolgante. O primeiro teste foi num jogo-treino contra o time principal do Paladino. Perdia o Juventus por três a zero no primeiro tempo. Houve a virada e no segundo tempo venceu por quatro a três.

Foi o pontapé inicial para se pensar mais alto.

Vários jogos se sucederam. Os resultados eram surpreendentes, graças à disposição e entusiasmo de todos. 


UM PASSO À FRENTE.


A empolgação era tanta que se pensou em disputar o Campeonato Estadual de adultos. Havia uma quase unanimidade que era possível. Primeiro passo, procurar os pais dos “guris” e conseguir autorização, pois era norma da Federação, a concordância dos pais. Graças à credibilidade dos diretores junto a comunidade não houve qualquer impedimento. O campeonato iniciou e, num dos primeiro jogos, enfrentou  em Santa Rosa, o Aurora de Cerro Largo. Time formado por adultos em sua grande maioria. Perdia-se o jogo por dois a zero, mas com uma atuação muito boa. No segundo tempo, houve  o empate e a virada. Um time de adultos, perder para uma gurizada, onde só jogava um atleta com 18 anos, os demais eram menores. Inconformado com a virada do Juventus formou-se um tumulto e, um atleta do Aurora partiu para a agressão.  Houve a intervenção da Brigada e tudo terminou por ai.

Com o surgimento da ASRE – Associação Santa-rosense de Esportes, o Juventus licenciou-se neste mesmo ano.

NOVA FASE, O FUTEBOL DE SALÃO

Em 1979, começa a terceira e nova fase do Juventus, Por iniciativa da Prefeitura Municipal de Santa Rosa, através do Prefeito Antônio Carlos Borges, juntamente com o Secretário de Desporto Volmir Joner da Silveira, foi consolidada uma parceria com o Juventus que perdurou até meados da década de 80. Desta parceria resultou no dia 06 de março de 1979, um pedido de filiação do Juventus na Federação Gaúcha de Futebol de Salão e o Alvará de Licença junto ao Conselho Regional de Desportos. No dia 13 de março é concedida esta licença sob nº 238/79.

 Para esta competição foi montada uma das melhores equipes do Estado, que por detalhe por mais de uma vez não chegou as finais.

Em 1979, conseguiu o título de Campeão da Região Alto Uruguai, Campeão Região Alto Uruguai-Fronteira e 4º lugar no Estado.

O plantel era composto por Renato Scalco, Walter Lorenz (Babá), Flávio Amilcar Zoehler (Chico Faco), João Francisco Timm (Chico Tim), Alcebíades Ernesto Moroni (Bide) , Luiz Antônio Giordani (Luizinho), Gilmar José Ost (Franja), Alfredo Domingos Moroni, Valdenir Pereira (Kika), César Ceratti, Heinz Lorenz, Willy Toni Lorenz , Talvani Oliveira de Abreu, Rui Moroni Argemiro Kreibich, Luiz Wilson Soares (Lica) e Adônis Álvaro Schmorantz, entre outros e dirigidos por Edgar Massotti e o saudoso Valdir Dani.

O clube quando jogava em casa, fixava sempre, numa das laterais da quadra, uma faixa com os seguintes dizeres; “Eles passarão, nós passarinhos...”, como incentivo aos atletas e para o torcedor pegar junto com a equipe, transmitindo garra e determinação. O time também era chamado carinhosamente pelos torcedores de “Juventinho”. O Campeonato foi organizado por chaves nas seguintes regiões: Grande Porto Alegre, Centro, Planalto, Serra, Alto Uruguai (do Juventus), Fronteira e Litoral. Na etapa semifinal foram agrupados ainda Porto Alegre, Liga Pelotense, Liga Riograndina, Liga Caxiense e Liga Camaquense.


O RETORNO AO CAMPO EM 1997


Sentindo a ausência de um clube de futebol profissional na cidade, no início de 1997, um grupo formado de abnegados desportistas como Jacob Luciano Gauer, Luiz Fernando Rabuske, Darci Alberto Petrazzini, Josemar de Oliveira, Joel Facchin, Adil Zorzan, Aldi Pedro Brandão, Dorival Rozek e Wily Gonçalves Dias, começava uma nova era no Juventus. Reintegrado à Federação Gaúcha de Futebol, disputa neste ano a Série C, conhecida como Segundona, já no primeiro ano chegando à fase final, embora não logrando classificação para a Série B.

No ano seguinte, 1998, assume a presidência Darci Alberto Petrazzini. Neste ano o clube também chegou até a fase final, mas não logrando classificação para a Série B. No ano de 1998 não ocorreram somente frustrações. O Juventus organizou uma excelente equipe para disputar o campeonato de Juniores, comandados por Luiz Fernando Dresch e Luís das Neves. Esta equipe sagrou-se “Campeã Estadual” de Juniores. A maior glória do Juventus, até então.