PALADINO 70 ANOS - Parte ll
A família Soares está na sua terceira geração de paladinenses. Seu
Zeferino, o patriarca, a segunda representada por Clóvis e a terceira pelo
Paulo Moacir. Zeferino, um ícone do clube, foi dirigente e torcedor fanático
pelo clube.
Seu Zifa, como era conhecido, deixou sua marca, ao ser presidente em
1963. Durante sua trajetória no futebol, foi marcado pela famosa frase: “Quem
não é do Paladino é contra o Paladino”, ao invadir um campo e reclamar da
arbitragem. Paulo Moacir Soares, neto de
Zeferino é atualmente dirigente do clube e é representante da terceira geração
no clube.
Das lendárias histórias do Seu Zifa, o neto Paulo Moacir, relata que
estava por acontecer uma final do campeonato citadino. Um clássico AL-PAL (Aliança
e Paladino). O arbitro deste jogo seria um militar. Acontece que o referido era
viciado numa carpeta. A noite, perdeu tudo no carteado. Por volta das seis
horas e meia da manhã, bateu na casa de um alfaiate e de lá ambos se dirigiram
a casa do Seu Zifa. Onde, o militar (designado a apitar o clássico a tarde)
relatou o que havia acontecido e que necessitava de dinheiro, pois a noite
deveria embarcar a Porto Alegre. Seu
Zifa foi direto e logo indagou quanto precisava para amolecer o jogo para o
Paladino. Então, o referido árbitro solicitou a quantidade suficiente para a
diária e alguma coisa para o jogo. Tudo acertado. Às 16 horas da tarde estava
ele em campo para mediar o clássico. Passados 30 minutos, o Aliança já contava
com três atletas expulsos. E o jogo continuava com muitas faltas marcadas
contra o Aliança. É claro, que o vitorioso foi o Paladino, tanto que o mesmo
teve que ser escoltado pelos vitoriosos ao final do jogo até a rodoviária,
local de seu embarque para evitar complicações.
A rivalidade entre o Paladino e o Aliança, era grandiosa. As torcidas desciam a
Avenida Borges de Medeiros, uniformizadas, portando bandeiras, fazendo festa
até a beira do Rio Pessegueiro, local do Estádio da Baixada. Clássico é
clássico, muita rivalidade, é claro, o
coração bate mais forte, por vezes alguns mais exaltados. Às vezes confusões
dentro e fora do campo. Era clássico. Fazia parte do contexto. Mas, tudo era
dominado. O clássico continuava.
Ainda, relata Paulo Moacir Soares, que o Paladino tinha formado a “Ala Feminina”, com 15 moças, Assim, como a diretoria, acompanhavam o time na entrada em campo. Usavam um bonito uniforme: blusa vermelha, saia e tênis brancos (as cores oficiais do Paladino). Eram as Paladinetes.
Perguntado sobre quem foi o melhor atleta que viu atuar, Paulo não teve duvidas ao responder destacando Lotário Dreyer, conhecido no mundo do futebol como Patrola. Relata que foi um atleta muito habilidoso, pois, era detentor de boa qualidade técnica.
Na foto abaixo, de 1957, em amistoso entre Paladino x Inter/POA, à esquerda aparece a ala feminina uniformizada do Paladino.
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