AÍRTON PRADO SCHMITT
Ontem, dia 9, perdemos um grande desportista: Aírton Prado Schmitt. Tivemos o grato prazer de conhecê-lo em 2013, quando o presidente José Emílio Kruel e o capitão Luís Fernando Rabuske, o Salsicha, então Secretário de Esportes, fomos até sua casa no Bairro Sulina, convidá-lo para ser um dos homenageados na NOITE DA HISTÓRIA E MEMORIA DO FUTEBOL DE SANTA ROSA, que aconteceu na data de 8 de dezembro de 2013, no Restaurante Ponto 10. Feliz, agradeceu o convite e se fez presente ao evento onde foi agraciado com um troféu.
Numa outra oportunidade, ao lado de Salsicha chegamos novamente à sua casa, para ouvirmos algumas histórias que Aírton ficou de contar-nos. Isso aconteceu no ano passado. Aírton foi protagonista do Dínamo, no inicio de suas atividades em 1970. Fundador(consta seu nome no estatuto do clube), dirigente, atleta e autor do primeiro gol(era centro avante) da história do Dínamo. Após esta visita, fizemos uma matéria, baseada nos fatos por ele narrados, mas que ficou em nossos arquivos e agora, como uma homenagem postamos. Vale ressaltar, que nas duas oportunidades, em sua casa, fomos gentilmente recebidos, pois, era pessoa educada e alegre.
Ontem, dia 9, perdemos um grande desportista: Aírton Prado Schmitt. Tivemos o grato prazer de conhecê-lo em 2013, quando o presidente José Emílio Kruel e o capitão Luís Fernando Rabuske, o Salsicha, então Secretário de Esportes, fomos até sua casa no Bairro Sulina, convidá-lo para ser um dos homenageados na NOITE DA HISTÓRIA E MEMORIA DO FUTEBOL DE SANTA ROSA, que aconteceu na data de 8 de dezembro de 2013, no Restaurante Ponto 10. Feliz, agradeceu o convite e se fez presente ao evento onde foi agraciado com um troféu.
Numa outra oportunidade, ao lado de Salsicha chegamos novamente à sua casa, para ouvirmos algumas histórias que Aírton ficou de contar-nos. Isso aconteceu no ano passado. Aírton foi protagonista do Dínamo, no inicio de suas atividades em 1970. Fundador(consta seu nome no estatuto do clube), dirigente, atleta e autor do primeiro gol(era centro avante) da história do Dínamo. Após esta visita, fizemos uma matéria, baseada nos fatos por ele narrados, mas que ficou em nossos arquivos e agora, como uma homenagem postamos. Vale ressaltar, que nas duas oportunidades, em sua casa, fomos gentilmente recebidos, pois, era pessoa educada e alegre.
Aírton, em primeiro plano(camisa amarela), seguido de Juares(em pé), Macalé, Minierinho, Luiz Carlos Kruel(in memoriam) e Pontes. Foto da Noite de Homenagens em 2013.
Abaixo a matéria com Aírton, sobre seu envolvimento com Dìnamo.
DÍNAMO FC: Nasceu
para ser protagonista
O Dínamo
foi antecedido pelo Aquela Pedra FC. Este, fundado em 1968, por um grupo de
amigos liderados pelos irmãos Kruel, Luiz Carlos e José Emílio, que visava a
prática do futebol como entretenimento. O nome Aquela Pedra foi uma homenagem do
grupo a o amigo Tomás Aquino Motta, que havia recentemente falecido. O primeiro
terno de camisetas da cor branca foi das mais em conta, devido a falta de
recursos e o nome Aquela Pedra, pela costureira, foi bordado no lado esquerdo
do peito, em todas as camisas,
O mesmo
grupo somado a outros amigos em 20 de setembro de 1970 fundam o Dínamo FC. José
Emílio Kruel e Airton Prado Schmith lembram-se das grandes dificuldades no
inicio do clube. Segundo Airton, em reunião foi sugerido este nome, onde foi
lembrado devido a existência do Dínamo de Moscou e por lembrar também do que
representa a palavra dínamo: força e energia. E foi com isto que, em 1985, após uma grande história no amadorismo,
chegou ao profissionalismo,
O escudo
também é caracterizado por um circulo, com um raio de cor vermelha e mais as
estrelas que representam os títulos no amadorismo.
José
Emílio revela gratidão ao companheiro Airton, pois, no momento de
dificuldade, este deslocou-se, por conta, a capital do estado, adquirindo com
seus recursos o fardamento completo: camisas, calções e meias, todos da cor
preta. Também adquiriu a mochila com os equipamentos de massagem.
Os
jogos eram realizados no campo que existia em frente a Vila Auxiliadora,
onde o Ferroviário também disputava seus jogos.
E foi
justamente o Ferroviário, o primeiro adversário do Dínamo, disputado com o
fardamento preto. Airton, centroavante revela que chegou a fazer cinco gols no
jogo, num placar vitorioso de 11 x 0. O primeiro foi em cobrança de escanteio
com bola alçada na área, Airton só desviou para o fundo das redes. Alguns
atletas que atuaram no jogo: Macalé(goleiro), Tuca, Pato, Baitaca, Tota,
Perigoso, Mineirinho, Airton, Chico Werlang, que foram lembrados.
José Emílio
Kruel foi a liderança mais expressiva na história do clube. Foi ele, que em
1985, levou o Dínamo ao profissionalismo. É tipo um patrono do clube. Seu irmão
Luiz Carlos, foi seu eterno escudeiro. Airton, chegou de Porto Alegre, como
policial e logo se enturmou na comunidade. Quando criança e adolescente
jogava com os pés descalços, próximo do Estádio do Cruzeiro. Revela
que no Dínamo, jogou em todas as posições, inclusive de goleiro.
Alguns
jogos o marcaram. O primeiro contra o Ferroviário, do qual está descrito logo
acima. Outro jogo lembrado foi disputado no Estádio Municipal de Boa Vista do
Buricá, contra o Avante, uma das melhores equipes da região e que disputava o
campeonato estadual de amadores. O Dínamo jogou em igualdade de condições.
Aírton diz que em função da idade já estava como zagueiro e Macalé o goleiro.
Houve uma falta na intermediária e disse para o Macalé ficar tranquilo
que eu iria tirar de cabeça. Mas na cobrança, a bola raspou na
cabeça de Aírton e foi para o fundo das redes. Mas, o placar final foi um
empate em 2 a 2. Aírton lembra também que jogar em Porto Mauá, contra o
Navegantes, era muito difícil, com um time formado por fuzileiros navais, que
na época existia uma Guarda da Marinha naquela cidade.
Ouvir
histórias de José Emilio, Luiz Carlos e Airton é mergulhar no passado. Contam
com muita emoção os momentos vividos e do protagonismo do Dínamo nos
jogos pela região.
Como
amador, seu maior rival foi o Real Madri
da Vila Oliveira, para quem em 1977, o Dínamo perdeu o titulo na final. Com o
Real Madri, no período foi o clássico da cidade e os jogos eram
disputadíssimos. Mas em 1979, 1980 e 1981, o Dínamo foi protagonista e
fez história no futebol de Santa Rosa, tornando-se tricampeão municipal e em
1980, campeão regional.
Foto 1 - Aírton é o primeiro agachado à direita, jogo com o Ferroviário, campo do adversário, na saída para Cândido Godoy. Na foto o time do Dínamo com o fardamento doado por Aírton.
Foto 2 - Dínamo no Estádio Carlos Denardin. Ao fundo as arquibancadas de madeira. Na foto Aírton é o quarto em pé da esquerda para a direita.
Foto 3 - Dínamo. Aírton é o terceiro, da esquerda para a direita agachado.
Valeu, Aírton Prado Schmitt! Nosso reconhecimento pelos serviços prestados à comunidade e ao futebol de Santa Rosa. Uma homenagem justa ao grande desportista, natural de Cruz Alta, mas que adotou Santa Rosa, como a sua cidade.
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