SOCIEDADE ESPORTIVA E RECREATIVA
COMERCIAL
Bairro Cruzeiro -Santa Rosa/RS.
Temos o compromisso de promover e divulgar a história dos nossos clubes de futebol profissionais e amadores de Santa Rosa. Já publicamos a história do Uruguay FC, Paladino FC , Juventus AC , EC Aliança, GE Sepé Tiarajú, Juventude FC, ASRE - Asociação Santa-Rosense de Esportes, Dínamo FC, Atlético Bancário Clube, GE Mayer e clubes do interior do município como o EC Farroupilha do Lajeado Reginaldo e do EC Guarani do Lajeado Pessegueiro. Chegou a vez do tradicional clube do Bairro Cruzeiro: o Comercial . Para a pesquisa, contamos com o apoio do desportista e colaborador deste blog, Milton Harvey Schwerz, que foi atleta do Comercial na década de 1960 e hoje, reside na cidade de Giruá. Vamos a ela!
1 . O SURGIMENTO DO CLUBE
Iniciou em 1959, como Esporte
Clube COMERCIAL. Em 1967 passou a ser
denominado, por estatuto aprovado em assembléia, de Sociedade Esportiva e
Recreativa COMERCIAL com sede no Bairro
Cruzeiro em Santa Rosa.
ATA N° 01
– Transcrição original - “Por falta de um livro de atas para apontar ou
registrar no mesmo a fundação do Esporte Clube Comercial, temos aqui resumido,
em algumas linhas, a história que retrata o mesmo. Esta agremiação nasceu de um
grupo de jovens sequiosos na prática do esporte popular: O futebol. Deve-se
salientar que Cruzeiro, como uma vila bem populosa, não contava, até esta data,
ou seja, 15 DE SETEMBRO DE 1962, com uma agremiação varzeana”.
“Muitas vezes foi tentado
constituir-se um time varzeano, mas em vão, pois a falta de recursos sempre os
levava à ruína e com isso só permaneceu uma equipe de categoria amadora”. (ACREDITO QUE O NARRADOR SE REFERIA AO
CO-IRMÃO JUVENTUDE F. C.)
“Também na altura desses
acontecimentos, a agremiação já contava com um terno de camisetas do extinto
União Futebol Clube, que diversos atletas do Comercial o defendiam”.
Segundo pesquisa de Milton H
Schwerz, o E. C. Cubanita, que levava o nome de um refrigerante fabricado pela
empresa de Bebidas Gaviraghi da Vila Cruzeiro, jogava num campo sito ao lado da
‘bomba’, aparelho que bombeava água à plataforma da Estação Ferroviária, que
servia para completar as caldeiras dos trens a vapor e, foi desse extinto
esquadrão, que a nova equipe herdou um terno de camisetas, conforme comentário
de Antonio Allebrandt, confirmando no parágrafo anterior, as dificuldades que
vários grupos (clubes de duração efêmera) enfrentavam, isto é, perdurar a
existência da agremiação por vasto tempo.
“Visto ainda não se haver elegido
uma diretoria definitiva, que viria a solucionar os problemas existentes na
agremiação, realizaram-se várias reuniões sem se chegar a um acordo definitivo,
mas o que mais preocupava era a escolha do nome para a mesma, mas isso veio a
ser solucionado alguns meses mais tarde. E para tanto, com o esforço de todos,
adquiriu-se um terno de camisetas no valor de CR$ 14.500,00, que no dia 02 de
dezembro de 1962, foi inaugurado e lançado o nome oficial do Esporte Clube
Comercial”. O jogo foi ante o Olaria FC, com vitória de 3x0.
2 . FUNDADORES
Os jovens Erno Mühlbeier, Irineu
Allebrandt, Virgolino Lunardi, Arismendes Dias e Antonio Allebrandt, eram os
mandatários e os principais fundadores do novo clube, que dirigiram desde 1959
até a data de 28.11.1964, quando foi constituída a primeira
diretoria.TRANSCRITODA ATA N° 01: “Inúmeros foram e são os que se interessaram
e continuam a colaborar, mas os que dirigiram até esta data ou até fins de
1964, em cargos acumulados, foram os seguintes: Arismendes Dias, Virgolino
Lunardi, Erno Mühlbeier e Irineu Allebrandt. Esta diretoria é composta dos
seguintes nomes: Presidente: Erno Mühlbeier – Vice: Arismendes Dias –
Secretário: Irineu Allebrandt – Tesoureiro: Antônio Allebrandt – Diretor
Esportivo: Virgolino Lunardi – Guarda-Esportes: Edmundo Welter e Loris Matias
Pacheco”.

ATA N°02 – “Aos nove dias do mês
de dezembro de 1964, reuniu-se pela vez
primeira a diretoria do E. C. Comercial. Trataram-se diversos assuntos
relacionados com a administração da agremiação para o ano de 1965. Dentre elas
a colocação da Sede; problema esse que se solucionou satisfatoriamente. Ficou
estabelecido que Sede seria no Bar Presidente, situado na Av. Generala Flores
da Cunha, ao lado do Cine Presidente; com a devida autorização do proprietário,
Sr. Zeca Vargas, colocar-se-ia no recinto um armário com as taças e demais
pertences da agremiação”.
ATA N°03 – “Regulamento adotado e
aprovado pela maioria em reunião efetuada em 18.01.65, onde esclarece que o
clube não é uma entidade registrada, sem patrimônio e sem fonte de renda
definidas para sua manutenção, constituída de cooperadores e sendo criado um
regulamento para gestão, constituído de 10 itens e assinado por todos os
presentes, a seguir transcritos: Erno Mühlbeier, Irineu Allebrandt, Nelso
Machado, Arismendes Dias, Beno da Silveira, Erineu Sanfelice, Darci Jurach,
Luiz Ernani Finn, Pedro D. Dias Nunes, inelegível, Valdomiro Antunes dos
Santos, Clairton Jurach, Vanderlei Elói Sanfelice, Sergio Alves, Ledo Pacheco
de Souza, Valsir Alves Salles, Odemar da silva Saldanha, Antonio R. Frühauff
Allebrandt, Sérgio Saffi, Ernesto Machado, Rui Borba da Silva, Delmo Saldanha
da Silva, Adão Oliveira, Elias R. Aquinol, Loris Matias Pacheco de Souza e
Osvaldo F. da Silveira”.
“Registramos nestas páginas
(primeiras páginas do Livro de Atas n° 01), até esta data, a quantia de
partidas realizadas, com os devidos resultados”:
1° jogo – Em Bela União com o E.
C. Floresta - 1x3; 2° jogo – Botafogo de Lajeado Reginaldo 7x1; 3° jogo – Internacional de
Lajeado Capim 5x1; 4° jogo – Riograndense de Lajeado Capoeira 1x0; 5° jogo – Guarani de
Pessegueiro 3x2; 6° jogo – Serrano FC. -
Ponte Pratos 0x0; 7° jogo – Guarani de
Pessegueiro 0x3.
Foram 229 jogos registrados nesse
livro n° 01 de atas, o último registrado em 13.10.1968, em Horizontina, ante o
Flamengo FC, clube amador, com vitória de 5x2 dos aspirantes e empate dos
titulares por 1x1, gol de Ernesto (Cipó), o atleta que mais marcou gols por
este clube.
Jogo n° 132, 29.05.1966,
inauguração de novo terno de camisetas, paraninfo convidado: SEPÉ TIARAJU de
Santa Rosa, vitória de 4x0, gols de Adãozinho 2 e Carlinhos 2. – Gilberto, Beno,
Nelson, Elias, Saffi, João, Carlinhos, Adãozinho, Ernesto /Cipó, Erineu,
Antonio, Virgolino e Edio. Treinador por vários anos: Irineu Allebrandt.
A seguir, registrarei várias
razões sociais (nomes de clubes), que foram adversários do COMERCIAL, durante
todos esses anos, pela ordem cronológica:
Esperança de Cândido Freire,
Giruá - RS – Cruzeiro do Sul – Olaria Waldow – Gremio de S. Rosa – São Caetano
– Grêmio Bela Vista – Olaria Coruta Figueira – Clube Esportivo KM 3 – 1° de
Maio de S. Rosa – Telefônica – America de S. Rosa - Adversários do período de
1962 a 1963.
Ypiranga de S. Rosa – Vila Santos
de S. Rosa – Internacional de Quaraim – Flor da Serra de S. Rosa – Serrano de
S. Rosa – Real Madrid de S. Rosa – Vila Pratos de Tucunduva, Gremio Esportivo Mayer,
Olaria FC de Lajeado Grande – Foram outras tantas equipes enfrentadas, mas que
não estou registrando aqui, pois elas se repetiam até o ano de 1964.
Seguem-se nomes de clubes
enfrentados pelo Comercial, a partir de 1965: Bela Harmonia de São Valentim/Tucunduva,
Duque de Caxias de Lajeado Tunas/Horizontina, Operário FC de Tuparendi,
Independente FC de Santo Cristo, América FC de Giruá, Guerrilha Sabiana
FC/Tucunduva, Juventude FC de Esq. Progresso/Três de Maio, Atlético União/Três
de Maio, Ypiranga de Maurício Cardoso, EC Fátima de Rocinha, EC São Luiz de
Mandorim, Guarani de Consolata/Três de Maio, Gaúcho FC de Tucunduva, Veteranos
FC de Esq. Tucunduva, Triunfo EC de Esq. Araujo, Farroupilha de Pitanga,
Bandeirantes de Santo Ângelo, Frigorosa de S. Rosa, EC Corintians de S. Ângelo,
Palmeiras de Quaraim, EC Danubio Azul de Laj. Capoeira, EC Alvorada de
Cinquentenário, Avante FC de Boa Vista do Buricá, EC Cinquentenário de
Cinquentenário/Tuparendi, Racing de vila Flores/S. Rosa, Duque de Caxias de
Manchinha/Tuparendi, Operário de S. Rosa, EC. Flor da Serra, Palmeiras da Vila
Glória, Flor da Serra do Campo da Aviação/S. Rosa, Ferroviário FC de S. Ângelo,
Serrano FC de S. Rosa, Cacique FC de São Paulo das Tunas/Giruá, Tiradentes de
Linha Salto/S. Cristo, Riograndense de Candeia Baixa, Juventus de São José do
Mauá, Independente de Vila Jardim/S. Rosa, Aliança de Independência, Tiradentes
de FC.
REGISTRO N°141: Em comemoração ao feriado
municipal de 10.08.1966, alusivo à data de emancipação de Santa Rosa, o Comercial
participou do torneio de FUTSAL, sagrando-se campeão, recebendo um belo troféu.
Alinhou com: Erineu – Matias e Virgolino – Cipó e Gilberto. Gols de Cipó 5 e
Gilberto Rosa 4. Gilberto, além de ser arqueiro, era habilidoso jogador de
linha, pois ele atuava como pivô no juvenil do GE. Alvorada (futsal), ao lado
do ala esquerda Milton H. Schwerz.
Registro n°157, 15.01.1967,
torneio do EC Cruzeiro do Sul, sagrando-nos campeões invictos. Cipó 3, Milton
3, Quico 1 e Elenor 1, foram os goleadores da tarde.
Registro n°186, 22.10.1967,
amistoso conta a equipe amadora do EC Nacional de Horizontina, vitória de 1x0
na categoria aspirantes e de 2x1 na categoria principal. Chico: Matias, Pavão,
Beno e Elói – Valdir Vione e Elgo – Delmo, Milton, Cipó e Caio (Prof. Valdir).
Marcaram Cipó e Prof. Valdir.
Registro n°198, 21.01.1968,
amistoso contra a equipe amadora do Tabajara FC de Tuparendi. Vitória de 4x2.
Chico – Matias, Valdo, Beno e Adalto – Nelson Bender e Elgo – Delmo, Dindo,
Cipó e Pavão (Nilo). Marcaram: Dindo 2, Cipó 1 e Elgo 1.
Registro n° 116, 02.01.1966. O
Comercial participou de inúmeros torneios de futebol de campo, que era costume
na época, quando se reuniam dezenas de clubes numa mesma data. Citamos o
torneio promovido pelo Paladino FC, equipe amadora santa-rosense, realizado no
Estádio Carlos Denardin, onde o Comercial obteve a 3ª colocação. Alinhou a
equipe com: Gilberto: Auri, Nelson, Beno e Milton – Uca, Adãozinho e Carlinhos
– Erineu, Virgolino e Cipó.
3 . DEPOIMENTOS DE JOGADORES QUE FIZERAM PARTE DO E. C. COMERCIAL:
I - ANTÔNIO ALLEBRANDT – Nascido em setembro de 1944 - Meu pai, Sr.
Reinoldo Allebrandt, construiu seu prédio residencial, sito à Rua Augusto
Pestana, 508, na Vila Cruzeiro, onde edificou, na frente de sua residência, uma
sala onde funcionaria sua Sapataria, constando na parte superior e externa do
prédio, o ano de 1958, ano do término da edificação. Dentro da sala da
Sapataria, foi colocado um armário com portas de vidros, onde eram postadas
taças e troféus do E. C. COMERCIAL e, na parte frontal e superior desse
armário, constava o nome e data de fundação do novo clube, como sendo o ano de
1959, conforme informação de Antonio, filho do proprietário da Sapataria,
tesoureiro e atleta do clube, ambiente que também servia como Sede do Clube.
Edim Vitório Kmiecik (Kiminski), o atleta mais velho da agremiação, nasceu em
19.08.1935, hoje com 76 anos de idade, que forneceu a MILTON H. SCHWERZ, uma
foto para os anais da história dessa agremiação e o elenco assim formava:
Arismendes Dias, Nerci Machado (Pavão), Otávio Canabarro, Edim V. Kmiecik(Kiminski),
Irineu Allebrandt, Loris Matias Pacheco de Souza, Antonio Allebrandt, Virgolino
Lunardi, Erno Mühlbeier, Ledo Pacheco de Souza e Erineu Sanfelice. Dessa foto,
apenas 3 jogadores continuam vivos: Edin, Ledo e Antonio.(Maio/2012) – Em 02 de dezembro de 1962, o Comercial
inaugura seu novo uniforme, que fica registrado, conforme fotografia, assim
alinhada: Irineu Allebrandt, Xiru Pacheco, Otávio Canabarro, Arismendes Dias,
Nerci Machado (Pavão), João Alceu Fagunes (Pastel) e Irineu Alves (Santo
Timblim) - Agachados: Erineu Sanfelice,
Erno Mühlbeier, Virgolino Lunardi, Antonio Allebrandt, Ledo Pacheco de Souza e
Irani Pacheco. Apenas 3 atletas ainda estão vivos: Ledo, João e Antonio.

II - SÉRGIO SAFFI (14.06.1943).
Natural de Sarandi, RS, veio residir em Cruzeiro no ano de 1960,
afirmando que o COMERCIAL já existia como esquadrão de futebol, quando chegou à
Vila Cruzeiro, sendo convidado a fazer parte dele, em 1961. Sérgio comentou que
viu o armário onde ficavam troféus e taças do clube, lá no recinto da Sapataria
da família Allebrandt. Saffi participou com atleta e treinador do time. Esteve
presente na excursão do clube ao estado do Paraná, em Toledo e Cascavel, em
abril/1974 e no amistoso contra os juniores do Gremio de Futebol Porto Alegrense,
em 1978. Sérgio atuou por vários anos como atleta titular e após no elenco de
aspirantes, para mais tarde se tornar treinador por longa data, inclusive vindo
a casar com Marlene Inês Sanfelice, filha do ex-presidente Golizário Gentil
Sanfelice.

III - BENO DA SILVEIRA (31.05.1945) - Iniciou jogando futebol nas
proximidades de Cruzeiro, no Clube Esportivo KM 3, transferindo-se, logo
depois, ao clube Olaria dos Dezordi, da Vila Cruzeiro. Em dezembro de 1964, jogou
sua primeira partida pelo Comercial, atuando como meia-atacante e, mais tarde
como zagueiro esquerdo, por longa data. Beno narra que, num amistoso do
Comercial contra o Independente de Esquina Tucunduva, com uma bola flamante de
nova, Milton Schwerz arremessa com potência uma bola contra o travessão da
equipe adversária, jogada pelo lado esquerdo de ataque e bola correndo depois
pelo travessão, indo depois cair nas mãos do goleiro, contudo murcha. Noutra ocasião, ante o Riograndense de São
José do Inhacorá, equipe amadora, nos domínios do adversário, o Comercial
venceu pelo escore de 3x1, no dia 28.05.1967. Está registrado no livro de ATAS.
Formou a equipe com: Chico Bosenbecker- Matias, Pavão, Beno e Waldo – Virgolino
e Telmo – Delmo/Gurizinho, Milton, Cipó e Elgo. Jogaram ainda Enio e Nélson.
Gols de Cipó (Ernesto)2 e Milton 1. Foi um feito e aqui registrado, pois o
flamante E. C. Aliança de Santa Rosa, vice-campeão estadual de amadores de
1970, havia sofrido derrota por esse mesmo Riograndense. Em outro amistoso
importante, o Comercial bateu outra equipe amadora, agora o Sepé Tiaraju de
Santa Rosa pelo elástico placar de 4x0. Outro feito importante, o Comercial
dirigiu-se até a localidade de Giruá, em 17.07.1965, onde enfrentou ao América
FC, equipe amadora da região e venceu-o pelo dilatado escore de 5x2, tentos
marcados por Virgolino 3, Adãozinho 1 e Beno 1. Formou a equipe com:
Odemar/Coruja – Matias, Nelson, Mendes e Elias – Darci e Adãozinho – Erineu,
Virgolino, Cipó (Beno) e Milton.
IV - MILTON HARVEY SCHWERZ
(26.11.1947). Natural da Vila Cruzeiro – Santa Rosa – RS. Joguei desde
os 15 anos de idade, NOV/62, iniciando nos titulares como ponta esquerda, lugar
que nenhum atleta queria jogar. O EC. COMERCIAL jogava no campo que pertencia a
meu pai, Arthur Silvino Schwerz, próximo de Cruzeiro. Foram anos de atuação na
categoria titular, mesmo depois que o clube foi atuar em outra sede, no antigo
campo do Juventude FC, onde também atuava o Oriental FC. Lembro-me do embate
futebolístico, no Lajeado Pessegueiro, ante o Guarani FC, não lembrando o
escore da partida, tenho foto do time desse amistoso, mas como nunca o
Comercial perdeu para esse esquadrão durante os anos de 1962 a 1963, minha
estréia deve ter ocorrida com vitória: Resultados: Jogo 5:3x2, jogo 7:3x0, jogo
18:2x2, jogo 20:3x2, jogo 24:4x1, jogo 29:2x1, jogo 34:4x2, jogo 38:3x2, jogo
47:3x0.

Escalação: Em pé: Elói, Rubens,
Irani, Formiga, Xiru, Arismendes(Mendes), Ledo, Odemar(Coruja). Agachados:
Milton Allebrandt (mascote), Erineu, Saffi, Virgolino, Erno e Milton H.
Schwerz. (Foto de 1963). Ledo, Mílton, Sérgio e Formiga e Odemar (Coruja)
permanecem vivos. Foram tantos jogos amistosos e alguns oficiais pelo certame
varzeano santa-rosense pelos gramados da região das Missões e da Grande Santa Rosa.
Enfretamos equipes amadoras, como América FC, EC. Aymoré de Giruá, Flamengo e
Nacional de Horizontina, Juventude, Sepé Tiaraju e Paladino de Santa Rosa,
Botafogo de Santo Cristo, Tabajara de Tuparendi e outros não lembrados. Era
1967, no campeonato municipal da várzea santa-rosense, jogo do turno, Comercial
1X0 Cruzeiro do Sul, clássico da Vila, gol do Milton H. Schwerz. No returno, no
campo do Cruzeiro do Sul situado na saída para Três de Maio, campo todo de
terra, Cruzeiro 0x2 Comercial, 2 gols de Mílton H. Schwerz. Somente Mílton
marcou naquele ano contra essa equipe. Foi nesse campeonato que Cipó e Milton
marcaram 9 tentos cada um e o Comercial sagrou-se vice-campeão citadino.
4 . CAMPOS EM QUE O COMERCIAL JOGAVA COMO SUA SEDE.
Foram anos jogando no campo de
propriedade do Sr. Arthur Silvino Schwerz.
Gramado situado fora da Vila Cruzeiro, entre dois pequenos matos ali
existentes. Fazia parte de uma gleba de
terras, destinadas para potreiro de gado leiteiro Jersey. Desde os anos 1950
até 1970, esse local foi utilizado pelo EC.
Comercial e Juventude FC. A partir dos anos 1970, essas duas agremiações
utilizaram o campo situado a duas quadras atrás da igreja católica da Vila
Cruzeiro, onde também jogava o Oriental FC. Em 07.05.1967, o EC. Comercial, com
os sócios do clube e presidido por Erno Mühlbeier e os associados da Escola
Municipal XV de Novembro, presidida pelo Sr. Ervino Sulzbach, constituíram uma
nova sociedade, filiada à Liga Santa-Rosense de Futebol, que passaria a
denominar-se de SER. COMERCIAL. SÓCIOS FUNDADORES: Ermindo Wandscher, Emídio
Corrent, Aristides Nunes, Edmundo Welter, Manoel Machado, Erico Jahn, Flores
Lunardi. PRIMEIRA DIRETORIA: Presidente: Clemêncio Longuinos Karnikowski,
Vice-presidente: Erno Mühlbeier, Secretário: Adão L. Pollo, 2° Secretário: Elgo
Ritter, 1° Tesoureiro: Delmo Saldanha da Silva, 2° Tesoureiro: Ervino Sulzbach,
Conselho Fiscal: Júlio Speroni, Nelson Popp, Nerci Machado. A 25.05.1967, a
nova diretoria reuniu-se para decidir sobre a aquisição de um terreno com o
intuito de edificar sua praça esportiva. Adquiriram o lote do Sr. Willy
Behringer, no valor de NCR$ 1.400,00. Em 04.10.1970, é inaugurado o campo da
nova sociedade. Escolhido como padrinho o Sr. Darci Menuci e como madrinha a
Sra. Júlia Speroni. Nessa data foi realizado um torneio de futebol, sagrando-se
campeão: Veteranos FC.

5 . ALA FEMININA.
Em comemoração ao dia do
trabalhador, no dia 1° de maio de 1967, a Ala feminina do Comercial
apresentou-se no Desfile organizado pela Liga Varzeana de Futebol, compostas
das seguintes integrantes: Celina Corrent, Clarinda Corrent, Sirlei, Neiva,
Cleci e Jandira Pacheco de Souza, Célia e Neiva Bender, Ilse e Asta Hegler,
Cecília dos Santos, Maísa Pacheco, Silvia da Silveira, Cleci Saldanha da Silva
e Nadeje. As blusas foram doadas pelo clube e a ala foi organizada pela Sra.
Nilves E. Mühlbeier.
6 . ADVERSÁRIOS
A seguir, registrarei várias
razões sociais (nomes de clubes), que foram adversários do COMERCIAL, durante
todos esses anos, pela ordem cronológica:
Esperança de Cândido Freire,
Giruá - RS – Cruzeiro do Sul – Olaria Waldow – Gremio de S. Rosa – São Caetano
– Grêmio Bela Vista – Olaria Coruta Figueira – Clube Esportivo KM 3 – 1° de
Maio de S. Rosa – Telefônica – America de S. Rosa - Adversários do período de
1962 a 1963.
Ypiranga de S. Rosa – Vila Santos
de S. Rosa – Internacional de Quaraim – Flor da Serra de S. Rosa – Serrano de
S. Rosa – Real Madrid de S. Rosa – Vila Pratos de Tucunduva, Gremio Esportivo
Mayer, Olaria FC de Lajeado Grande – Foram outras tantas equipes enfrentadas,
mas que não estou registrando aqui, pois elas se repetiam até o ano de 1964.
Seguem-se nomes de clubes
enfrentados pelo Comercial, a partir de 1965: Bela Harmonia de São
Valentim/Tucunduva, Duque de Caxias de Lajeado Tunas/Horizontina, Operário FC
de Tuparendi, Independente FC de Santo Cristo, América FC de Giruá, Guerrilha
Sabiana FC/Tucunduva, Juventude FC de Esq. Progresso/Três de Maio, Atlético
União/Três de Maio, Ypiranga de Maurício Cardoso, EC Fátima de Rocinha, EC São
Luiz de Mandorim, Guarani de Consolata/Três de Maio, Gaúcho FC de Tucunduva,
Veteranos FC de Esq. Tucunduva, Triunfo EC de Esq. Araujo, Farroupilha de
Pitanga, Bandeirantes de Santo Ângelo, Frigorosa de S. Rosa, EC Corintians de
S. Ângelo, Palmeiras de Quaraim, EC Danubio Azul de Laj. Capoeira, EC Alvorada
de Cinquentenário, Avante FC de Boa Vista do Buricá, EC Cinquentenário de
Cinquentenário/Tuparendi, Racing de vila Flores/S. Rosa, Duque de Caxias de
Manchinha/Tuparendi, Operário de S. Rosa, EC. Flor da Serra, Palmeiras da Vila
Glória, Flor da Serra do Campo da Aviação/S. Rosa, Ferroviário FC de S. Ângelo,
Serrano FC de S. Rosa, Cacique FC de São Paulo das Tunas/Giruá, Tiradentes de
Linha Salto/S. Cristo, Riograndense de Candeia Baixa, Juventus de São José do
Mauá, Independente de Vila Jardim/S. Rosa, Aliança de Independência, Tiradentes
de FC.
REGISTRO N°141: Em comemoração ao feriado
municipal de 10.08.1966, alusivo à data de emancipação de Santa Rosa, o
Comercial participou do torneio de FUTSAL, sagrando-se campeão, recebendo um
belo troféu. Alinhou com: Erineu – Matias e Virgolino – Cipó e Gilberto. Gols
de Cipó 5 e Gilberto Rosa 4. Gilberto, além de ser arqueiro, era habilidoso
jogador de linha, pois ele atuava como pivô no juvenil do GE. Alvorada
(futsal), ao lado do ala esquerda Milton H. Schwerz.
Registro n°157, 15.01.1967,
torneio do EC Cruzeiro do Sul, sagrando-nos campeões invictos. Cipó 3, Milton
3, Quico 1 e Elenor 1, foram os goleadores da tarde.
Registro n°186, 22.10.1967,
amistoso conta a equipe amadora do EC Nacional de Horizontina, vitória de 1x0
na categoria aspirantes e de 2x1 na categoria principal. Chico: Matias, Pavão,
Beno e Elói – Valdir Vione e Elgo – Delmo, Milton, Cipó e Caio (Prof. Valdir).
Marcaram Cipó e Prof. Valdir.
Registro n°198, 21.01.1968,
amistoso contra a equipe amadora do Tabajara FC de Tuparendi. Vitória de 4x2.
Chico – Matias, Valdo, Beno e Adalto – Nelson Bender e Elgo – Delmo, Dindo,
Cipó e Pavão (Nilo). Marcaram: Dindo 2, Cipó 1 e Elgo 1.
Registro n° 116, 02.01.1966. O
Comercial participou de inúmeros torneios de futebol de campo, que era costume
na época, quando se reuniam dezenas de clubes numa mesma data. Citamos o
torneio promovido pelo Paladino FC, equipe amadora santa-rosense, realizado no
Estádio Carlos Denardin, onde o Comercial obteve a 3ª colocação. Alinhou a equipe
com: Gilberto: Auri, Nelson, Beno e Milton – Uca, Adãozinho e Carlinhos –
Erineu, Virgolino e Cipó.
Na foto abaixo aspirantes do Comercial em 1960.
7 . OS CLÁSSICOS CONTRA O
JUVENTUDE F.C.
Foram quatro jogos entre o
Comercial e o Juventude.
O 1º jogo: Da primeira disputa
não sabemos da data. Somente do resultado do jogo: JUVENTUDE 7 X 2 COMERCIAL.
Informação de Sérgio Saffi.
O 2° Jogo: realizado em
09.10.1966, registro n° 147, JUVENTUDE 2 X 0 COMERCIAL, categoria principal e
JUVENTUDE 0 X 7 COMERCIAL, categoria aspirantes. O Comercial assim alinhou:
Gilberto – Matias, Elenor, Beno e Claudio Silva – Virgolino e Elias – Erineu,
Arno, Adãozinho e Edio. Jogaram ainda Quico, Elói e Darci.
O 3° Jogo: em 02.07.1967,
registro 175, contra a equipe mista do antagonista, JUVENTUDE 1 X 1 COMERCIAL.
Equipe assim alinhada: Chico B. – Getúlio, Waldo, Beno e Elemar – Matias e Elgo
– Delmo/Gurizinho, Arno, Cipó e Agenor (Caio).
O 4° Jogo: em 03.12.1967,
registro n° 192, promoção do Lions Clube de Cruzeiro, em prol do Natal da
Criança pobre. Após o jogo, ocorreram agressões físicas e verbais entre alguns
torcedores, pois muitos juventudinos não conseguiram assimilar a primeira
derrota desse clássico cruzeirense, entre uma equipe de nível varzeana, a
vencedora e outra equipe de categoria amadora, contudo perdedora. JUVENTUDE 6 X
2 COMERCIAL, na categoria de aspirantes e JUVENTUDE 0 X 2 COMERCIAL, na
categoria principal.
Formação do Comercial: Chico B. – Matias, Pavão, Beno e
Milton – Nélson e Elgo – Delmo/Gurizinho, Prof. Valdir, Cipó e Caio (Waldo).
Gols de Cipó e Professor Valdir. Alinhou o Juventude: Gilberto – Eloir,
Kiminski, Adão Rosa, Elias – Cláudio Meurer e Nítio Willmann – Micuim, Ivanir
Taffarel, Gordinho Pedrolo e Neri Grifu. Reservas: Quico Pilau e Geraldo Rosa.
8 . TÍTULOS CONQUISTADOS PELO COMERCIAL.
1968 – vice-campeão Municipal da
Liga santa-rosense.
1972 – vice-campeão da Copa
Cidade de Santa Rosa, categoria de Aspirantes.
1991 – Campeão Municipal da 2ª
Divisão da Liga santa-rosense.
1992 – Campeão Municipal da
Categoria de Aspirantes.
1993 e 1994 – Campeão da Liga de
Cruzeiro.
1994 – Campeão da Associação de
Clubes de Cruzeiro e Santa Rosa, categoria titulares.
1995 – Campeão Municipal da
Categoria de Aspirantes.
1997 – Campeão Municipal da
Categoria Mirim.
2000 – Campeão Municipal da Liga
de Cruzeiro, Categoria Titulares.
9 . EXCURSÃO À ARGENTINA.
Em 1978, Beno narra que o
Comercial excursionou até Oberá, Argentina, onde empatou com a equipe local
pelo marcador de 3x3, escore confirmado por Elemar Ritter. Ocorreu grande
precipitação pluviométrica no dia; os argentinos não aguardavam mais a
delegação, pois chegaram muito tarde, a Kombi havia atolado, mas a
hospitalidade castalhena foi das melhores, muita comida e cerveja, mas Elemar
frizou que, enquanto a equipe argentina não igualava o placar, o jogo
transcorria sem tempo para sua finalização, já que o resultado estava em 3x2
pró Comercial. Alinhou a equipe com: Chiquinho – Elemar, Beno, Eloir e Vítor
Prestes – Nelinho, Tatinha, Edo – Ademar Taffarel, Cipó e Leomar Taffarel. No
jogo de volta, em Cruzeiro, houve novo empate em 2x2. Informações prestadas
pelos atletas Elemar Ritter e Beno da Silveira.
10 . A INESQUECÍVEL EXCURSÃO DO COMERCIAL A TOLEDO E CASCAVEL/PR.
Na foto desgastada pelo tempo, a travessia em barca no Rio Uruguai, na divida dos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
A delegação partiu na 5ª-feira
Santa de Páscoa, era abril/1974, no período noturno, rumo à Toledo, em ônibus
especial, chegando na 6ª Feira Santa. As
pessoas ficaram hospedadas em várias casas de familiares envolvidas com o
confronto futebolístico. No 1° primeiro amistoso realizado ante o Toledo FC
daquela cidade, no sábado de Páscoa, houve uma vitória do Comercial pelo placar
de 2x1, gols marcados por Adalto e Júlio, ambos Carvalho. Saffi escalou assim o
Comercial: Odemar (Geraldo)-Matias, Pavão, Beno e Eurico – Cipó (Nelson), Elgo,
Alceu Kempf/Gunga – Mílton (Júlio), Adalto (Cláudio Silva) e Nunes (Gurizinho).
Posteriormente, o primeiro mandatário na história do Comercial, Sr. Erno
Mühlbeier, transferiu domicílio para Toledo, inclusive vindo a falecer nesse
município. No local do 2° amistoso do
Comercial, interior da cidade de Cascavel, onde Adãozinho Oliveira e Elias
Aquino, ex-atletas do nosso clube foram residir. No sábado à noite, houve um
baile oferecido à delegação gaúcha e como aconteceu certo desgaste físico dos
jogadores, a apresentação no dia seguinte, domingo, ante o representante local,
foi apenas satisfatória, já que aconteceu igualdade no placar, pelo escore de
2x2. O Comercial saiu com o marcador
favorável de 2x0 na primeira etapa, gols marcados por Nunes e Alceu Kempf
(Gunga). Pessoas residentes no local informaram que a 2ª etapa seria incômoda,
já que Adãozinho Oliveira estava buscando reforços na cidade de Cascavel e a
igualdade no resultado aconteceu, potencializando a igualdade no marcador
graças aos reforços da 2ª etapa e em virtude da ausência do goleador Ernesto
(Cipó), que teve seu nariz quebrado no início do jogo. Nesse jogo, Saffi assim
alinhou o Comercial: Odemar (Geraldo) – Matias, Pavão, Beno e Adalto – Cipó
(Nélson), Gunga/Alceu Kempf e Elgo – Mílton, Cláudio Silva e Nunes. No jogo
preliminar do interior de Cascavel, o Comercial venceu a equipe local por 1x0,
gol de Moacir Vione, que foi o motorista do ônibus da empresa de seu pai. No
jogo de volta, na Vila Cruzeiro, aconteceu
goleada pró Comercial de 7x0, segundo o treinador Sérgio Saffi.
11 . EXCURSÃO A PORTO ALEGRE E O JOGO COM O GRÊMIO.
Foto da delegação na capital.
Era o ano de 1978, o vereador
Clemêncio Longinos Karnikowski
dirigiu-se à capital do estado, a fim de participar de um Congresso de
Vereadores do Estado. Lá conheceu o ex-jogador do Grêmio, Joãozinho (João
Severiano), que também foi edil e acabaram acertando um amistoso, já que o
presidente do clube era o Sr. Clemêncio, vereador santa-rosense e que doara
para construção do anel superior do estádio Olímpico, 50 sacas de cimento,
obtendo a regalia de realizar um amistoso naquele estádio. O Comercial se dirigiu até o Estádio
Olímpico, a fim de enfrentar aos juniores do Grêmio FBPA, na preliminar de
Grêmio x Coritiba, pelo campeonato brasileiro. Era uma tarde quente e após a
delegação desgastar-se pelas ruas da capital gaúcha durante a noite, imaginem a
situação dos incautos jogadores do Comercial no momento do jogo. O resultado
não poderia ter sido outro: 18x1, com gol do Ariosto Carvalho, que tirou a
camiseta e correu para a galera. Dizem que a avalanche da torcida gremista
começou com esse lance do Ariosto. Brincadeiras a parte, o Comercial enfrentou
futuros craques, tais como: Volante Jair, zagueiro Baideck, meia Tite, Giba, os
campeões do mundo: Lateral direito Paulo Roberto, lateral esquerdo Paulo César,
ponteiro esquerdo Odair e tantos outros craques. Terminado o primeiro tempo, alguns jogadores
já não queriam retornar ao gramado, pois o jogo estava em 12x0. Nada dava
certo. A noitada foi longa, tarde de muito calor, faltou preparo físico. Os
jogadores do Grêmio não aliviavam, mesmo com pedido da direção do Comercial,
porque eles tinham que mostrar serviço ao treinador do grupo principal tricolor,
que queria aproveitar alguns juniores. Veio o segundo período do jogo e Amélio
substitui o arqueiro Chico. Assinalado um pênalti para o Grêmio. O treinador
Saffi comenta com o presidente gremista Hélio Dourado: O Amélio vai defender! E a previsão se concretiza. Minutos depois,
Ariosto Carvalho marca para o Comercial, que não sai “sapateiro” do jogo.

Comercial no Estádio Olímpico posando para a foto antes do jogo com o
Grêmio.
FATOS
PITORESCOS DO AMBIENTE DO EVENTO:
1°- No intervalo do jogo, os atletas do
Comercial, sedentos, perguntam a um funcionário do Grêmio, dentro do vestiário:
Não tem água para gente beber? E o
funcionário responde: Levantem essas tampas dessas caixas que vocês estão
sentados em cima. Elas estavam repletas de água mineral, segundo o jogador
Nelinho. 2° - O Comercial tinha adquirido um terno de meias para esse jogo.
Chegando ao vestiário, cadê as ditas meias? Ficaram em Santa Rosa. E o tricolor
gaúcho emprestou suas meias. 3° - Um torcedor do Comercial foi trajado de
gaúcho e, de tanto caminhar com suas botas pelas ruas da capital de dia e de
noite, não suportava mais dores num calo que tinha no pé. E um médico gremista
realizou uma pequena intervenção cirúrgica, a fim de aliviar a situação. 4° -
Durante o jogo, o Ernesto (Cipó), como quase em todos os jogos, sofria de
epilepsia e nesse jogo não foi diferente. Todo o corpo médico entrou no gramado
para atendê-lo e, no intervalo do jogo, atenderam-no no vestiário, não querendo
que ele retornasse para a segunda etapa, porque achavam um absurdo um jogador
retornar naquelas condições. Alinhou o Comercial: Chico B. (Amélio) – Lebrão
(Elemar), Eloir, Zico e Juca K. – Cipó, Saci e Nanico (Ariosto) – Prof. Valdir
(Baiano), Santinho e Luiz Carvalho.
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Direção e atletas do Comercial no Estádio Olímpico – 1978.