MUSEU DO ESPORTE
Há poucos dias estive
visitando o desportista Luiz Fernando Rabuske, atual Secretário de Esportes do
município. Trocamos ideias sobre o
futebol da cidade. A necessidade de novas praças de esportes nas vilas e
bairros, campos de futebol e ginásios cobertos. Ideias muitas, mas esbarram nos
recursos, limitados. Mas, há boa vontade e trabalho e isto é que importa.
Bem,
durante o bate-papo, aventamos a possibilidade de criar na cidade uma espécie
do museu do esporte. Ressentimos da ausência
de locais físicos apropriados para tal. Comentou-se numa alternativa
mais viável: um museu virtual, o que dispensaria um local físico. Material
histórico há em abundância. É só recorrer na sua busca e catalogá-los.
Existe enorme interesse do Secretário para que isto se concretize. Atenção, Milton Schwerz(Giruá), João Jayme(Porto Alegre), Geraldo da Rosa(João Pessoa, capital da Paraíba), todos distantes daqui mas que aqui fizeram história no futebol da cidade devem estar torcendo com a ideia. Foto: www.jornalnoroeste.com.br
Câmara de Vereadores I
A vereadora Lires Zimmernann
(PP), indicou ao Executivo Municipal, em sessão ordinária da Câmara de
Vereadores, através do órgão competente, que seja criado um Museu do Esporte em
Santa Rosa.
Em sua justificativa, disse que “Santa Rosa possui diversos atletas multicampeões, nascidos na cidade e também nas proximidades, tais como Taffarel, Argel, Roberto Gaúcho, Paulo Turra, Darci, Urnau, entre outros. O Museu poderia ser construído no Estádio Carlos Denardin e que além de expor reportagens, artigos e objetos ligados aos atletas conhecidos a nível nacional e também mundial, o museu poderia abrigar material referente aos atletas e ao esporte que marcou época em Santa Rosa e região, incluindo os jogos da USES”.
Em sua justificativa, disse que “Santa Rosa possui diversos atletas multicampeões, nascidos na cidade e também nas proximidades, tais como Taffarel, Argel, Roberto Gaúcho, Paulo Turra, Darci, Urnau, entre outros. O Museu poderia ser construído no Estádio Carlos Denardin e que além de expor reportagens, artigos e objetos ligados aos atletas conhecidos a nível nacional e também mundial, o museu poderia abrigar material referente aos atletas e ao esporte que marcou época em Santa Rosa e região, incluindo os jogos da USES”.
Além dos atletas que fizeram
história, há também muitos clubes que representaram e ainda representam a
cidade em competições diversas, cuja memória deve ser preservada.
Câmara de Vereadores II
A Câmara de Vereadores aprovou por unanimidade lei que disciplina a
relação das entidades esportivas contempladas com auxílio para o transporte. A
Prefeitura repassa o recurso para a entidade, que trata diretamente o transporte
com a empresa. A lei exige que a associação, para se habilitar ao recurso, deve
estar legalmente constituída e em dia com o órgão publico. Neste exercício de
2013, deverá ser investido cerca de R$ 90 mil e no próximo ano R$ 200 mil
estará projetado para o auxílio de transporte para as entidades desportivas do
município.
Juventus e o Salonismo
Fui
presenteado pelo Secretário de Esportes, um DVD com gravação de imagens do
clássico Juventus AC e SER Concórdia, que no ano de 1986, disputavam o clássico
JUCON. As imagens foram cedidas pelo
desportista Joça Cappellari. Alias a família Cappellari se confunde com a
história do salonismo juventino, assim como as famílias Moroni e Lorenz.
Como
sabemos o Juventus iniciou suas atividades no futebol de Salão, assim que essa
pratica esportiva era denominado na época, com regras próprias, muito
diferentes das regras do futsal atual. Por exemplo: o goleiro não podia sair de
sua área; gol feito de dentro da área não era validado; os arremessos laterais
e os escanteios eram alçados para a quadra com as mãos; a bola podia ser
recuada para o arqueiro; a regra proibia também o goleiro de ameaçar por mais
de uma vez o lançamento da bola para o jogo; se o goleiro, de posse da bola
lançasse a mesma para além da risca divisória da quadra, a bola era revertida
para o goleiro adversário. Enfim, eram algumas das regras.(Saiba mais...)
O
Juventus iniciou suas atividades suas atividades salonistas em 1979, com um
grupo prata da casa, com Renato Scalco, Franja, Luizinho no gol, mais os irmãos
Babá e Heinz, Chico Faco, Chico Tim, Alfredo Moroni, Bide Moroni entre outros,
treinados por Edgar Massotti. O clube
era presidido por Volmir Joner da Silveira até 1984. Em 1985, assumiu Ervino
Krieser e em 1986, Valdir S. da Silva, quando cessou as atividades no
salonismo. Nesse período o Juventus construiu através de suas campanhas
vitoriosas, uma bela história no
salonismo gaúcho.
SER Concórdia
Após
anos de atividade no clube, atletas como Renato e Adônis deixaram o Juventus e
foram atuar por uma equipe de
Horizontina. Em 1986, o clube Concórdia abre suas portas para este esporte
coletivo e leva praticamente todo o plantel principal do Juventus. Lá foram: Renato,
Babá, Chico Faço, Chico Tim, Adônis, Toninho, que se reforçou ainda com atletas
de fora como Leivinha, Velasques, Carlos entre outros, formando um grande e
qualificado grupo. Levou também o técnico Argemiro Kreibich. Para o Juventus
sobrou um grupo de jogadores embora qualificados, mas com pouca experiência:
Beccon, Rafael Moroni e Polla no gol, mais Beto Cappellari, Gian Mazzoco,
Joãozinho Moroni, Rufino, Alemãozinho, Tido e Dido, que se somara aos
remanescentes e experientes, Alfredo Moroni e Bide Moroni. Para comandar a
gurizada Joaquim Massotti que mais tarde foi substituído por Luiz Cappellari. O
compromisso era jogar um futebol bonito, respeitando mas não temendo os
adversários. E foi o que aconteceu.
Clássico JUCON
Com
a entrada dos dois clubes nos campeonatos oficiais do estado, os encontros
foram inevitáveis. Surgiu o JUCON (Juventus x Concórdia).
Assistindo
ao DVD com imagens cedidas pelo
desportista Joça Cappellari, aliás, a família Cappellari se confunde com a
história do salonismo juventino, assim como as famílias Moroni e Lorenz, veio a
memória os anos 1980, principalmente o ano 1986. Assisti atentamente, com ar de
saudosismo, o primeiro clássico JUCON.
E,
o Juventus fez bonito. Nos quatro
disputados os juventinos venceram duas ( 3 a 1 na estreia e 2 a1), empatou um(1
x 1) e foram derrotados apenas uma vez (0 a 5). O primeiro foi disputado pela
Copa Governador do Estado. Carlos abriu a contagem para o adversário, mas Gian
e Joãozinho viraram na primeira e tapa e Beto ampliou na segunda fase. O
Juventus ganhou com: Beccon; Beto Cappellari, Gian, Alfredo Moroni e Joãozinho
Moroni. O Concórdia perdeu seu segundo clássico com: Renato; Toninho, Carlos,
Chico Tim e Adônis. No segundo clássico, na vitória de 2 a 1, de virada,
conquistou o titulo do turno.
Embora
tenha feito uma boa campanha na fase inicial, o Juventus não conseguiu dar
sequencia a boa fase e então foi
eliminado da competição. O Concórdia deu sequencia ao campeonato.
Resumo da campanha de 1986
No
ano, o Juventus disputou 24 jogos, sendo que obteve 16 vitórias, 3 empates e 5 derrotas. Marcou
70 vezes e sofreu 42 gols. Os goleadores: Alfredo Moroni com 27, Beto Cappelari com 12, Gian com 10, Tito com 8, Bidê com 6 e
dois por WO e mais 5 contra, portanto
chegando as redes adversária por 70 vezes. Mesmo assim, não foi suficiente para
dar continuidade na competição
Luto
O
mês de julho de do ano de 1986 foi muito triste para os juventinos. Faleceu
tragicamente o atleta João Batista Moroni. Quando retornava à capital para dar
sequencia aos treinamentos junto à seleção de juniores, o qual integrava foi
vitimado por um acidente. O mesmo, acompanhado de sua namorada, deixou a
rodoviária da capital num taxi e na esquina das ruas Garibaldi e Osvaldo Aranha,
o veiculo chocou-se contra um ônibus. O choque foi violento que ambos faleceram no local do acidente. Joãozinho,
como era conhecido no meio desportivo, era um atleta jovem e promissor. Em
Santa Rosa, atuava no Juventus e no futebol de campo com o Palmeira do Bairro
Gloria e Ipiranga do Bairro Sulina, tendo em 1982, iniciado sua carreira como
atleta do CEBEM, onde foi campeão estadual.
Joãozinho
deixou uma leva muito grande de amigos. Sua morte deixou a cidade em estado de
choque. Em sua homenagem, o ginásio de esportes, em frente a praça
Independência, por Lei Municipal, recebe seu nome: Ginásio Municipal João
Batista Moroni. Neste local eram disputados a maioria dos jogos do Juventus.
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