terça-feira, novembro 08, 2011

Municipal

OS CAMPEÕES DE 2011

O Campeonato Municipal de Futebol de Campo de Santa Rosa/RS teve os quatro jogos finais no domingo (06), no Estádio Municipal Carlos Denardin, com a presença de um bom público.



Na categoria mirim, o Ouro Verde do Bairro Cruzeiro alcançu o título vencendo o Farroupilha de Lajeado Reginaldo por 1 a 0.


No outro jogo, categoria veteranos o Palmeiras do Bairro Glória goleou o Farroupilha por 6 a 1 sangrando-se campeão.



Nos aspirantes o Farroupilha, sagrou-se campeão vencendo por 1 a 0 o Ouro Verde.



Na categoria principal, Associação Sulina, do Bairro Sulina derrotou o Ouro Verde por 2 x 0 e fez a festa do título na noite de domingo.

O campeonato foi organizado pela Secretaria Municipal de Esportes e Lazer de Santa Rosa.

Fonte: NN

quinta-feira, novembro 03, 2011

Luto

Juventus duplamente enlutado com as mortes de Carlinhos Oliveira e Saul Liberali.


Morreu na manhã desta quinta-feira,03, aos 81 anos, Saul Dante Liberali.

Presidente da Fundação Educacional Machado de Assis, Saul morreu em sua residência, vítima de mal súbito.

Natural de Santa Rosa, Saul se destacava pelo espírito voluntário. Atuou no Lions, Hospital Vida & Saúde, Conselho da Comunidade, Consepro, Centro Assistencial Sagrada Família, Lar do Idoso, entre outras entidades, das quais tinha orgulho em poder ajudar.

Gostava, nas conversas com os amigos, de salientar que o Juventus foi fundado em sua casa, como disse numa entrevista em agosto de 2010, que segue:

Pergunta: Antes que esqueçam, vale ressaltar que Juventus Atlético Clube, há seis décadas, surgiu na casa da família Liberali, com forte participação sua e do mano Adroaldo Liberalli. Pensava que esta porta se manteria aberta por tantos anos? Fale-nos um pouco daquele Juventus...

Saul: O Juventus foi fundado lá em casa. O professor Albino era professor do Liminha e gostava muito de esporte. Nós dois elaboramos o estatuto e fundamos. Inclusive eu fui, por minha conta, a Porto Alegre encomendar na Renner as primeiras camisetas do Atlético. Foi um a história muito bacana. O Juventus fui fundado na casa da minha mãe. O Albino morava numa casa alugada que era da minha mãe e aí nos juntamos e fundamos. Na época, Santa Rosa tinha o Aliança e o Paladino, o Juventus foi a terceira força. Era que nem Inter e Grêmio... Naquela época era muito bacana que toda a elite de Santa Rosa ia no futebol que era lá em baixo naquele campo do Pessegueirinho, depois mais tarde o Carlos Denardin trouxe o estádio aqui pra cima. Nós também treinávamos os jogadores, tudo.


CARLINHOS OLIVEIRA


Faleceu sábado,29 de outubro, no Hospital Militar em Porto Alegre e sepultado em Santa Rosa, o Senhor Carlinhos Oliveira. Militar aposentado, quando jovem, na década de 50 atuou por muitos anos como atleta do Juventus. Carlinhos residia com sua família, na Vila Oliveira, em Santa Rosa/RS. Acompanhava o Juventus a distância, como nos relatou numa entrevista em 2010. Admirava o lugar onde morava. Na oportunidade dizia: "Estou aqui, parece que estou na cidade, mas ao mesmo tempo estou no meio da natureza". Outra frase que chamou atenção: " Ainda hoje quando passo pela Avenida Borges de Medeiros, próximo ao rio Pessegueirinho, olho para o lado onde se localizava o campo, e bate uma saudade daquele tempo quando naquele local se disputava grandes jogos." Valeu, Carlinhos!

Fontes: Jornal Noroeste, FEMA e Blog do Juventus


terça-feira, novembro 01, 2011

ASTROS DA TERRA




ROBERTO GAÚCHO


Roberto Joceli Weber é filho de Raul Weber e Diva Maicá Weber, nasceu em Guarani das Missões em 05 de abril de 1968.
Do casamento com Heloisa nasceu Roberto Junior, hoje com 17 anos.
Passou sua infância até os onze anos em Guarani das Missões, jogando futebol em campo de terra, no Ginásio e no Colégio Agrícola. Depois, para Santa Rosa, onde até hoje mora sua família.
Quando esteve no Dínamo, o presidente José Emilio Kruel falou-lhe que era muito magrinho e que não poderia jogar futebol.
Era pequenininho, driblava todo o mundo e levando “porradas”, por isso não sobreviveria.
Primeira ficha de inscrição de atleta de Roberto Gaúcho, na Federação Gaùcha de Futebol, pelo DÍNAMO F.C. de Santa Rosa.

De Santa Rosa, levado por seu irmão Chiquinho, também atleta, que jogou no Caxias, Gaúcho de Passo Fundo e no Dínamo, foi atuar em Joinville de onde se transferiu para o Grêmio, em 1989. Jogou com Cuca, Bonamigo, Assis, Mazaropi, dentre outros.
Do Grêmio foi para o Coritiba, Vitória, Guarani de Campinas (ao lado do zagueiro Pereira e de Biro-Biro), Cruzeiro onde ficou por oito anos e acabou a carreira nos Estados Unidos, tendo atuado ao lado de outros experientes jogadores, entre eles o colombiano cabeludo Valderrama.


Brilhou muito no Cruzeiro, onde obteve grandes conquistas nos anos 90, principalmente a Copa do Brasil 96 em cima do Palmeiras em São Paulo. Fez o gol de empate e foi responsável ainda pelo cruzamento que resultou no gol de Marcelo Ramos. Cruzeiro venceu a partida por 2 a 1 e ficou com o título.
No Guarani, por exemplo, jogou ao lado do zagueiro Pereira, do volante Biro-Biro, entre outros. Também defendeu o Vitória da Bahia.
De volta ao Estado abraçou a carreira de treinador e exerce essas funções no Porto Alegre, time de Ronaldinho e Assis.
Diz sentir saudade do interior, pois, estando fora, se perde até o vínculo com a família.
Conquistas:
Cruzeiro:
Copa Libertadores da América: 1997
Supercopa Libertadores: 1992
Copa Ouro: 1995
Copa Master da Supercopa: 1995
Copa do Brasil: 1993 e 1996
Campeonato Mineiro: 1994, 1996 e 1997
Grêmio
Campeonato Gaúcho: 1990
Coritiba
Campeonato Paranaense: 1989
Vitória
Campeonato Baiano: 1991
Joinville
Campeonato Catarinense: 1987

Cruzeiro de 1992. Em pé: Paulo César, Paulo Roberto, Célio Lúcio, Luizinho, Ademir e Edson. Agachados: Betinho, Renato Gaúcho, Cleison, Douglas e Roberto Gaúcho.


Cruzeiro campeão mineiro de 1994 com Ronaldo Fenômeno em início de carreira. O time estrelado levantou o caneco com 17 vitórias, cinco empates e nenhuma derrota. Ronaldo foi o artilheiro com 22 gols em 22 jogos. Em pé vemos Paulo Roberto, Dida, Célio Lúcio, Rogério Lage, Luizinho e Nonato; agachados estão Ademir, Ronaldo, Catê, Luiz Fernando e Roberto Gaúcho. Fonte: Cruzeiro

Fonte: Entrevista concedida em 15 de setembro de 2011 e pesquisa na Internet, especialmente no Blog de Milton Neves.

Fatos & Fotos

PARTE XII

1 – CADARÇO: O DIREITO OU O ESQUERDO?

Em sendo o prof. Paulo Araujo, técnico do Sepé Tiaraju, disputava-se uma partida “encardida” como se dizia.

O Sepé segurava, heroicamente, uma vantagem sobre o adversário.

Quase ao fim da pugna um dos jogadores do Sepé, FRANCO, teve um cadarço de uma das chuteiras rebentado.

Dirigiu-se ao banco, para ser socorrido.

O treinador gritou para QUELÉ, um de seus auxiliares, ou reserva, que calçava chuteiras: - QUELÉ, alcança, rápido, um cadarço que o do FRANCO rebentou!

QUELÉ já de mão nas chuteiras, mais que depressa perguntou: - O direito o ou o esquerdo?


G.E. Sepé Tiarajú de Santa Rosa. Da esquerda para a direita: Joaquim Fagundes (presidente da Liga de futebol). De pé: Miro, Ipiranga, Darci, Ibanês, Alcides, Beninho, Santos. Julio Niunes (árbitro). Agachados:: Alceu, Buzatto, Orestes, Ari e (...).

(Alceu Medeiros)

2 – DOPING NO FUTEBOL DE SANTA ROSA

Com o crescimento do futebol da terra, necessariamente, jogadores de fora foram “contratados!”

Como vinham de centros maiores, traziam na bagagem, os conhecimentos dos avanços da ciência para um melhor desempenho dos atletas.

Assim que, certa feita, os jogadores do Juventus foram orientados a comparecerem numa determinada farmácia para serem “vacinados” antes de jogos importantes.

Felizmente, soube-se que não se tratava de doping, mas, sim de um produto a base de glicose que apenas acumula uma carga maior de energia.



JUVENTUS A.C. – Paulo, Jayme, Ari Diniz, Mello, Ruy, Bircke, Melinho, Carlinhos, Alti Diniz, Carlos Hoffmann e Zezinho.

3 – GERMANO WÜST



Germano Wüst chegou à Santa Rosa, vindo de Santo Ângelo, como preposto da Construtora Medáglia, firma especializada no ramo da construção civil.

Torcedor do Grêmio Santo Angelense, logo se afeiçoou pelo Paladino, passou a fazer parte dos quadros diretivos, chegando logo ao cargo de Presidente.

or suas ligações com o clube de Santo Ângelo estreitaram-se os laços dentre as duas agremiações, que fizeram partidas memoráveis.

Com esse impulso o Paladino tornou-se mais conhecido e respeitado.

Foi o presidente que mais tempo ficou, brilhantemente, no desempenho do encargo.

Desfile Avenida Rio Branco – Praticantes de Tiro ao Prato. Identficados,: Na frente do pelotão: Zeca Seger, Leonisio Grando; segunda fila , Joao Rigon, Titus Birman – Segundo Pelotão: Caçadores.Ao fundo a Banda do Quartel (Evaldo Rippel)

4 – CLUBE GUARANY DE CAÇA E PESCA

Quando de sua fundação, o Clube alugou ou serviu-se de um local para prática de tiro ao alvo e tiro ao prato, numa área de propriedades da família Kroth.cuja entrada era em frente ao portão do atual cemitério,.numa baixada, onde havia as linhas de tiro e um poção para banho junto..

Nas provas de revolver havia poucos competidores. Lembro dos Majores COUTINHO.e WALDIR.

A maioria, praticava o tiro ao prato tendo como expoentes, JOÃO RIGON, JOÃO HOFFMANN, ZECA SEGER, LEONISIO GRANDO, TITUS BIRMANN e outros menos votados, como João Aguirre Araujo, que embora participasse da maioria dos acontecimentos sociais, nunca foi bom de grana.

Os outros, como dispusessem de poder financeiro, “importavam” armas – LASSORDA, TARASQUETA e outras específicas e coletes especiais, com bolsos, para portarem a munição.

Seu Joãozinho Araujo dizia:

– ah se eu tivesse as mesmas armas deles, seria, com certeza, tão bom quanto.




Desfile da Semana da Pátria – TIRO AO ALVO - Em destaque Mauro Schneider e Hugo Dreyer (Acervo: Mauro Eliseu Schneider)

5 – CARROCEIRO STIBE

Numa determinada época, nesta nossa terra, como em todo o mundo houve, escassês de gasolina em virtude da segunda guerra mundial.

A venda era restrita e limitada para os “carrões” que fossem usados em situações de calamidade e saúde pública.

Como a vida da cidade era pacata, não oferecendo muitas opções para se desfrutar de um domingo, havia, em profusão adeptos da caça e da pesca.

Quando o combustível fora liberado serviam-se os caçadores de seus próprios autos e, em comitiva, se mandavam para o campo.

Com o racionamento de gasolina, não desistiram.

Contratavam carroceiros, saindo para a prática do então esporte, na tardinha de sextas feiras, retornando domingo pela meia noite.

Havia um transportador de nome STIBE, que, na sua carroça, transportava os caçadores.

Chegava na casa do freguês e depois de carregada toda a bagagem, dava a voz de partida aos animais que puxavam a carroça.

Chamava-os pelos respectivos nomes e dizia alto e bom som: SEMOS!

Os animais obedeciam e partia-se para mais uma aventura.

6 – CAÇADAS

Caçadores e atiradores do Clube Guarany de Caça e Pesca – dentre outros: João Araujo, João Rigon, Mario Meurer, Titus Birmann, Leonisio Grando, Lourival Garcia, Eugenio Koslowski, Zeca Seger, Egon Rippel (Foto - Evaldo Rippel)

Havia uma família grande, formada por irmãos, cunhados, concunhados e alguns amigos comuns que além de fazerem parte do mesmo “grupo de bolão” e de ensaios musicais, dedicava-se ao esporte da caça de perdizes. A ela se juntou outro parente, caçador de mato e não, de campo. Era, o mais perito nas artes de atirar.

Enquanto os demais companheiros ao voltarem para o acampamento, antes do almoço, tomassem um aperitivo e, depois, fossem sestear o nosso herói alimentava-se, ligeira e frugalmente de um pão com schmier e retornava à faina.

Sem contar que entre eles, alguns, fumavam cigarros de palha e tinham de parar a caçada também, para localizar a palha, picar o fumo, fechar e acender o palheiro, em isqueiros que não funcionavam devido ao vento, ou palitos de fósforo que se apagavam.

Mas era melhor que os avio de fogo, um poronguinho com tecido de camiseta, já queimada, no interior dele.

Obtinha-se a faísca com o atrito entre uma liminha e uma pedra

Por ser bom no tiro, sempre caçava mais que seus parentes e contra-parentes.

Estes diziam: - mas vá ter sorte, na caixa prego, como o SCHMIER!

Sempre caça bem mais do que nós! É um sortudo!

(“A gaita matou a viola, o fósforo matou o isqueiro, a bombacha, o xiripá e a moda, o uso campeiro”)


7 – LINGUAJAR DA TERRA

Estavam em Porto Alegre, "a serviço da repartição" o velhos Zifa e João Aguirre de Araújo (um, dirigente do Paladino e, o outro, do Juventus).

Um calor medonho, e lá pelas 4 da tarde ao passarem num bar na rua da praia resolveram matar a sede. Sentaram à mesa e o seu joão chamou o garçon e pediu..."por favor uma fonte e dois copos", – era assim que se chamava em santa rosa, a água mineralcom gás.

– Passaram-se uns dez minutos e nada! E a minha fonte?

O garçon respondeu:

– Já sai!

E nada! Veio o garçon e disse:

– Eu não entendi os que os senhores pediram!

Ao que o João Araújo respondeu com aquela voz grossa que ele possuia:

– Eu quero é uma água mineral... da Fonte Ijuí rapazzzz!!!*

(Colaboração de Paulo Moacir Soares)

8 – JUIZ COMPRADO, MAIS UMA DO SEU ZIFA.


Naquele domingo aconteceria uma final do citadino, valendo o título. Aliança e Paladino. O juiz do jogo, um militar.

Acontece que ele era viciado na carpeta. Jogava ali na sala de jogos do seu Dante Casagrande (no clube concórdia). Se pelou no carteado!! Por volta das seis e meia da manhã daquele domingo, após sair da carpeta bateu na casa de um alfaiate e de lá para a casa do seu zifa...e o juiz foi direto ao assunto:

– Seu Zifa, me pelei no jogo e ás dez da noite tenho que pegar o pullmam (ônibus da ouro e prata) e gastei até o dinheiro da diária que havia recebido para a viagem.

– Quanto tu precisas para amolecer o jogo pro Paladino, perguntou o velho Zifa?

Disse o árbitro:

– Olha, seu Zifa... Preciso o dinheiro da diária do exército e mais alguma coisa pelo jogo.

Feito o acerto às 16 horas começou o clássico. Passados 30 minutos havia 3 expulsões pro lado do Aliança. E dê-lhe marcação de faltas contra o Aliança!!! O Paladino venceu!!! O juiz saiu cercado pelo pessoal do Paladino. Chegou na rodoviária quando faltava um minuto para ás 22 horas.. Com a "palha" no bolso...

( Colaboração de Paulo Moacir Soares)

9 – CENTRO-AVANTE EM PELE DE GATO

Dia 15 de novembro, de um ano em que a memória não me socorre, estava, com minha mulher, em Santana do Livramento, almoçando, no restaurante do Hotel Brasil-Uruguai, quando chegam Perigoso, Mineiro, Caieira... E mais alguns.

O Paladino, no dia anterior, um domingo, tinha disputado uma pugna futebolística (como se dizia, então) em Quaraí, jogo duríssimo, pelo estadual de amadores. Em Livramento, iriam assistir, à tarde, uma disputa pela 2ª. Divisão (hoje, Série B) do Estadual, entre o Grêmio Santanense (que veste vermelho) e um Clube de Santa Cruz do Sul, parece-me que o Avenida.

Caieira estava interessado por um centro-avante (Vilmar) ainda não profissionalizado, que subira das bases e iria estrear no time da capital do fumo.

Incorporei-me à delegação de paladinenses para ver o atleta e, em segundo plano, o jogo.

O centro-avante prometia, era bom mesmo. Despontava no timinho de Santa Cruz. Caieira, após o jogo, foi falar com ele, acertando, de logo, sua transferência para Santa Rosa, ajustando inclusive os pagamentos de “luvas” (amadorismo marrom, como diriam as más línguas do Juventus e do Aliança).

Na volta do jogo, deparo-me com Leonor encantada ante uma vitrina, cujos manequins exibiam peles e uma “maravilhosa”, de gato montês suíço, legítima, mercadoria que, hoje, só se vê em Montevideo.

Leonor, à minha presença, atreveu-se, entrou e indagou o preço. Como não era ela que iria pagar, achou uma barbada, “teria que comprar de olhos fechados” (e guaiaca aberta).

Ponderei que precisava tempo para pensar. No dia seguinte, pela manhã, daria a resposta. No café da manhã, aparece-me Caieira, com um poncho de bichará recém comprado no El Bagual e expôs-me a situação:

– Doutor, tamos mal. O centro-avante só irá com nóis se receber as luvas, agora, no sufragrante... E vou le confessar : não tenho a grana toda... Não se assuste, mas falta muito...

– Cuê, pucha! Caieira... Isso é quase o preço do passe de Ivo Diogo, que agora foi para o Grêmio.

– Não podemo perder, doutor. Me dá um cheque e lá, em Santa Rosa, nóis acerta com o pessoal, cada um dá um pouco, e ta feito o carreto.

Não titubeei, quero dizer, titubeei, mas cedi, passei o cheque, justo quando Leonor chegava à mesa.

– Bom dia. Negócios a essa hora da manhã?

Caieira, solicitamente, esclareceu:

– Compramos um centro-avante, dona... Não fosse o doutor, aqui, teríamos perdido o craque... Esse é craque, le asseguro!

Leonor, até hoje, está usando as raposas e lontras de sempre, peles de muitos invernos. Gato montês suíço, nem pensar. Vilmar jogou onze meses no Paladino e, depois, foi para o Criciuma, S. Catarina... E nunca mais ouvi falar dele, tampouco de meu dinheiro. Como disse meu cunhado, Charles, também centro-avante do Paladino, de antanho, “um centro-avante, vale mais que um casacão. Ora se vale! Relevando a auto-afirmação, tem razão (embora Leonor deva discordar).

10 – CÉSAR, TAMBEM

Caieira estava jogando conversa fora com o Waldemar Santana, Joel Bragança, Paulo Madeira, Chassi Torto e outros habitues do Café Central, quando Silas o carteiro, com um telegrama:

– Quem é Arthur da Silva Ribas?

– Sou eu, seu criado.

– Estive em sua casa e Da. Elvira disse que o encontraria por aqui...

– E cá estou, para le servir.

– Tenho um telegrama para o senhor.

Caieira tomou o telegrama e apelou:

– Quem é quem caneta, aí? Passa recibo para o moço.

Joel, prontamente, assinou e devolveu o recibo para o carteiro.

Caieira, sem ler, botou o telegrama no bolso da camisa e dirigindo-se ao carteiro:

– Obrigado, moço.

À noite, no programa de esportes, da ZYZ-2, Caieira, entrevistado por Paulo Araújo, explica:

– Hoje, à tarde, recenzinha, recebi um telegrama de Plínio.

– Ué! O Plínio não está concentrado?

– Não. Foi ver a mamãe dele que está adoentada, lá por Catuípe... Não sei se é grave, mas ele telegrafou para dizer que está medindo todos os esforços para vir jogar...

– O Sr. está contando com ele?

– Claro, por que não? Ele é titular, chegará e vai jogar.

– Mas o Sr. não teme que ele possa estar abalado psicologicamente e, então, não renderá com qualidade?

– Bom, eu escalo... Se jogar bem ou mal é com ele... Eu lavo as mãos como César.

– É, César também lavava as mãos - concluiu, com sapiência e espírito, Paulo Araújo.

quinta-feira, outubro 27, 2011

Publicação

Lançado livro que conta histórias sobre o futebol de Santa Rosa.(Fotos)



No último sábado,22, ocorreu em Porto Alegre, o lançamento da obra do santa-rosense, radicado na capital, João Jayme Araújo, intitulada: Baú de Relíquias - A Bola Não Para. De forma especial, o autor lembra os fatos e historinhas do futebol da época, plena de feitos jocosos em que embalaram os mometos felizes no tempo de juventude na sua terra natal.
Não apresentação do livro, a Historiadora e Professora Teresa Christensen, relata: "João Jayme Araújo nos presenteia com um dos relatos mais cativantes que existe, a memória afetiva do futebol, através da escrita de pequenas histórias repletas de n
ostálgicas lembranças, de camaradagens, de grande craques que, com o passar do tempo e de tantos jogos, foram esquecidos."


Clique sobre foto acima para ver mais.

Portanto, a obra de Jayme, é de leitura e entendimento fácil. Resgata nos tempos idos do nosso futebol, aquilo que talvez poderia perder-se no tempo, sem que fossem registrados os fatos.
O livro ainda é prefaciado pelo, também santa-rosense radicado na capital, o premiado jornalista Carlos Albeto Kolecza. Diz: "É um livro sobre a história do nosso futebol. Alguém tinha que contar essas coisas antes de caírem no esquecimento. "
Tudo começou, quando, via internet, conhecemos o Jayme, coisas que esta ferramenta moderna
proporcina . Em agosto de 2010, recebemos um e-mail, dando conta de que havia descoberto o blog do Juventus. Bem recebido, não paramos mais. Como disse o Kolecza, na época: "abriu a porteira do túnel do tempo para o passado do futebol de Santa Rosa." Entusiasmado Jayme, nos municiava com farto material escrito e muitas fotos, para que semanalmente fosse para o blog. Espontaneamente surgiram vários colaboradores, que com Link benevolencia colaboravam. Até que, surgiu a idéia, para que ficasse registrado em livro. E foi o que aconteceu. Jayme dedicou-se de corpo e alma na formatação da obra. Ela aí está, como um filho gerado com muito amor.
O lançamento do livro - BAÚ DE RELÍQUIAS - A Bola Não Para - aconteceu no dia 22, no Encontro de santa-rosenses, anualmente realizado realizado em Porto Alegre, desta vez no Hotel Continental . Em tempo: Jayme foi fundador e atleta da primeira equipe do Juventus AC. Parabéns ao Jayme e nosso forte abraço.

Veja onde o livro aparece, na internet:
segundona gaúcha.com
correiodopovo.com.br
SANTA ROSA - amor eterno

Astros da Terra


ARGÉLICO FUCKS - ARGEL




Nasceu em Santa Rosa, na Vila Jardim Petrópolis e cresceu na Vila Sulina. Iniciou no Cruzeiro da Vila Sulina, Fluminense da Rua Caxias e no Frigorífico Prenda. Atuou pelo Dínamo em 1989. Filho de Argemiro e Marlene Fucks, em 1990 foi levado ao Inter pelo próprio pai.

Aprovado no teste, dois meses depois foi convocado para a Seleção Brasileira Infantil, posteriormente Juvenil e Juniores. Em 1992 profissionalizou-se. Foi Campeão da Copa do Brasil com o Inter. Em 1993 e 1994, foi Campeão Gaúcho.

Em 1993 campeão mundial de juniores aos 17 anos na Austrália. Faziam parte do elenco, Dida, Catê, Jan, Juan, Marcelinho Paulista, Adriano entre outros. Em 1995 foi vendido para o Verde Kawasaki do Japão, onde jogou por 2 anos.

Adquirido pelo Santos em 1998, tendo jogado nesse ano e no de 1999. Posteriormente, foi para o Porto de Portugal. Em 2001, deixou a PARMALAT e veio para o Palmeiras, permanecendo por dois anos.

Transferiu-se para o Benfica de Portugal onde jogou por 5 anos Daí, foi para o Racing Santander, da Espanha. Voltou para o Brasil, jogando no Cruzeiro de Belo Horizonte por um ano. Em 2007 na China no Green Town. Encerrou a carreira em janeiro de 2008. Em sua carreira de jogador de futebol atuou em nove clubes.

Aos 33 anos de idade, com problemas no joelho, virou treinador, como sempre sonhara, desde os 20 anos, para quando parasse. Como treinador exerceu esta função, no Mogi Mirim, subindo para a 1ª divisão.

No Guaratinguetá subiu para a serie C. No Caxias – foi a final com o Internacional. Depois, para o Campinense da Paraíba; S. José de Porto Alegre; Criciúma. Levando este para a Serie B do Campeonato Brasileiro; Guarani de Campinas e Botafogo de Ribeirão Preto.

Argélico Fucks, ou simplesmente Argel, para o futebol, sempre foi conhecido pelo jeito viril em campo. Zagueiro de pouca técnica e muita raça, conquistou as torcidas de Internacional, Palmeiras e Santos.

Por se considerar um zagueiro nornal, diz que usava mais a cabeça - e a garganta - para jogar, o que tornou para a transição do trabalho de técnico quase natural.

"Eu sempre fui mais treinador que jogador. Como jogador, fui normal. Mas, a minha força estava na cabeça e nãpo nos pés" - diz Argel.

Tiradas famosas: “Eu sou simples. Dou liberdade para o jogador e cobro responsabilidade”

“Não quero jogador para meu genro. Quero que ele se comporte como profissional”

“Não sou a favor de psicólogo no futebol. Time de futebol não é clínica. Quem tiver algum problema, que procure uma clínica.”

Títulos como jogador:

Internacional: Campeonato Gaúcho - 1992, 1994 e Copa do Brasil - 1992

Santos: Copa Conmebol - 1998

Porto: Campeonato Português - 1999/00, Supertaça Cândido de Oliveira - 2000/01 e Taça de Portugal - 1999/00

Palmeiras: Copa dos Campeões (CBF) - 2000

Benfica: Taça de Portugal - 2003/04

Voltou a exercer as atividades de técnico, em agosto na SER CAXIAS, de onde já saiu. Criciúma-SC Acesso à Série B do Brasileirão - 2010 Caxias-RS Final do Campeonato Gaúcho - 2009 Mogi Mirim-SP Acesso à elite do Estadual - 2008 Benfica (Portugal) Campeão Taça de Portugal - 2003/2004
Campeão Português - 2004/2005. Palmeiras-SP Campeão do Rio-São Paulo - 2000
Campeão da Copa dos Campeões - 2000 Porto (Portugal) Campeão da Taça de Portugal - 1999 Santos-SP Campeão Sul-americano - 1998
Bola de Prata - Brasileirão de 1998 (melhor zagueiro) Verdy Tokio (Japão) Campeão Japonês - 1996 Internacional-RS Campeão Gaúcho - 1992
Campeão da Copa do Brasil - 1992 Seleção Brasileira Atuou em quatro jogos pela Seleção Brasileira principal - 1995
Campeão de Junior (Austrália)

Fonte: futebolinterior - Wikipedia - Argelico Fucks