sábado, abril 25, 2015

Futebol Amador

ESPORTE CLUBE FLOR DA SERRA
CAMPO DA AVIAÇÃO

No final da década dos anos 1950, Santa Rosa vivia um forte processo de desenvolvimento econômico, onde grandes empresas iniciaram suas atividades Em função deste crescimento, em 1957, na administração de Carlos Denardin, foi construído o aeroporto municipal, com o objetivo de melhorar o transporte do  que aqui era produzido e  que ficou conhecido na época popularmente  como Campo da Aviação.
Famílias foram se agregando nas proximidades, até se formar uma comunidade, como tantas outras no meio rural, que ficou conhecida como comunidade do Campo da Aviação, as margens da atual RST 307, que liga Santa Rosa a Cândido Godoy.  Surgiu, então, a igreja, o salão comunitário, a escola e  um time de futebol.
A fundação deste último ocorreu em 1958, quando um grupo de pessoas liderado por Santo
Correia Leite (fundador, primeiro presidente e atleta da agremiação), somado a Nelson Correia Leite, Norberto Reihner, Nerí Fucelin, Antonio Fucelin, Davi Schutler, Ricardo Moura e Rodolfo Goemel, com o objetivo da pratica do futebol como forma de integrar as famílias da comunidade e entre as comunidades vizinhas.
Criado o clube de futebol, havia necessidade de uma identificação, de cores do uniforme, etc.
Na Vila Quaraim, um distrito do interior de Três de Maio, próximo ao Rio Santa Rosa, cujo curso faz divisa com o município de Santa Rosa, um time de futebol estava sendo desativado e se desfazendo do seu fardamento. Pela proximidade de amizade com Brasiliano Machado, do time de Quaraim, Santo Correia Leite, negociou por um bom preço o material e o trouxe para Santa Rosa. O nome da agremiação da Vila Quaraim era Flor da Serra, então, trouxeram junto o nome de batismo. As cores: vermelho e branco, sendo a camisa de cor branca com lista transversal vermelha. O primeiro campo situava-se as margens do Rio Pessegueiro na propriedade de Norberto Reihner. Mais tarde, mudou-se para outra sede, na esquina Central. E foi assim, que começou a historia do E.C. Flor da Serra do Campo da Aviação, que por muitas décadas, nos finais de semana, disputou jogos amistosos com agremiações da região e vários campeonatos da cidade, levando alegria para seus torcedores, até encerrar suas atividades no final da década dos anos 1980.
Nota: As informações sobre a fundação, foram repassadas por Santo Correia Leite, quando acompanhado de Luis Fernando Rabuske, em outubro de 2013, o visitamos, no seu comércio, com o objetivo de convidá-lo, para  “A Noite da História e Memória do Futebol: Homenagem a Atletas e Personagens que Contribuíram para o Futebol de Santa Rosa”, que foi realizado no dia 8 de novembro de 2013. Um abraço ao abnegado desportista Santo Correia Leite e agradecimento pela sua contribuição ao futebol de Santa Rosa.


CAMPO DE AVIAÇÃO

                                                                                                          Por João Jayme Araujo 



No fim da década de 30, Santa Rosa foi ligada a outras cidades do Estado e principalmente a Porto Alegre, por meio de “potentes” aviões da VARIG. Antes se tinha de apanhar a aeronave em Santo Ângelo.
Constatando o progresso da cidade foi construído o CAMPO DE AVIAÇÃO. 
Grande foi o número de presentes à solenidade. Naquela época as estradas eram vicinais, apenas.
A orientação fornecida àqueles que lá queriam chegar era mais ou menos, a seguinte: 
“Segue em frente em direção da Colônia Penal Agrícola. Cruze a ponte do Pessegueiro, ali nos matos do Libano. Vá em frente até a propriedade dos Zorzan. Por aquela altura siga à direita e em frente. O Campo estará logo em diante.”
A frequência de voos era reduzida. De quando em quando aparecia algum teco-teco e houve mesmo alguém que por aqui permanecessem por mais tempo ensinando os interessados a pilotarem.
Depois na década de 50 a VARIG instalou um escritório na parte térrea do Edifício Bozzeto. De primeiro os “viajantes” eram transportados a expensas da companhia até o aeroporto de Santo Ângelo, para lá operarem os embarques. 
No desembarque agia-se de maneira contrária.
Os passageiros eram apanhados em Santo Ângelo e transportados até a nossa terra.
Quando a rota tornou-se regular os que viajavam eram apanhados em casa e levados até o Campo de Aviação, também, em condução cedida pela VARIG.
Aqui estiveram como seus representantes, PLINIO e EDÚ DA VARIG. 
O primeiro, grande fazedor de amizades. O segundo, um gentleman que era assíduo frequentador das quadras de tênis da Sociedade Cultural. 

sábado, março 28, 2015

Futebol Amador

ESPORTE CLUBE DANÚBIO AZUL 
LAJEADO CAPOEIRA

A comunidade ordeira e trabalhadora do Lajeado Capoeira, viu nascer em 1962 seu clube de futebol: o Esporte Clube Danúbio Azul.

Colonizada por descendentes de imigrantes italianos, Lajeado Capoeira possui uma característica diferenciada de outras comunidades rurais, por estar muito  mais próxima  da sede do vizinho município de Tuparendi(5 km),  do que a sede de seu município Santa Rosa(13km). Por isso, por várias vezes, aproveitou a aproximação com Tuparendi e de lá trouxe atletas que despontaram no clube alvi-azul.

Sua maior glória ocorreu em 1973, quando se tornou campeão municipal de Santa Rosa pela primeira e única vez.

A decisão foi contra a grande equipe do Frigorosa, que já havia conquistado uma seqüência de títulos: 1969. 1970, 1971 e 1972.

O título veio em jogo muito disputado. O Frigorosa(Frigorífico Santarrosense SA),  era uma equipe muito bem entrosada e com grande qualidade técnica. O Danúbio por sua vez, com a garra interiorana, superou a equipe adversária e assegurou o titulo, quebrando a hegemonia do adversário.
 Entrega da taça de campeão após o término do jogo no Carlos Denardin, com a presença dos vice campeões do Frigorosa.


Atletas que participaram da conquista: Vilson Polla, Dirceu, Plínio, Lauri, Luiz Polla, Artémio, Laurindo Cordebella,  Laurindo, Claudino, Tiago Pezzy, Lambari, Ivo Galera, Lori Galera, Abrelino Gaviraghi e Zelindo Gasparetto.

 Até a charanga compareceu para a festa.


Vale ressaltar que treze equipes tradicionais do nosso futebol amador participaram do campeonato naquela edição, entre elas, o Ipiranga da Vila Sulina, o Comercial do Bairro Cruzeiro, Olaria do Lajeado Grande, o Primeiro de Maio da Vila Planalto, o Real Madri da Vila Santos, o Cruzeiro do Sul  e o Palmeiras da Vila Glória e os finalistas Danúbio Azul e Frigorosa. O campeonato ainda contava com o Serrano, Figueira, Operário e Racing da Vila Flores. 

 S.E. Rocinha foi o clube padrinho das faixas.

 Agora com a faixa no peito, atletas posam com os visitantes.

 Equipe campeão de 1973 posando com as faixas.


Foi um titulo muito festejado pela comunidade, que atualmente, ainda é lembrado com muito orgulho, por aqueles que participaram daquele momento histórico vivido no Estádio Carlos Denardin.

Em 1974, o Danúbio Azul bem que tentou repetir o feito do ano anterior, mas foi eliminado nas semifinais pelo Guarani de Pessegueiro que se tornaria o campeão com uma vitória sobre o Pentágono. A semifinal foi muito aguerrida. Depois de o Guarani abrir o placar a seu favor em dois a zero, o Danúbio buscou heroicamente o empate, sofrendo o terceiro gol nos minutos derradeiros, ficando assim fora da disputa do titulo.

Em 1986, O CMD (Conselho Municipal de Desportos),  organiza o Torneiro da Amizade. Para a disputa foram convidados: Danúbio Azul, Flor da Serra do Campo da Aviação, Olaria do Lajeado Grande e Radar do Lajeado Tarumã. Disputou um jogo extra com o Olaria, em campo neutro, no estádio do Tabajara em Tuparendi, onde foi derrotado, não se qualificando para a final, que foi disputada entre Olaria e Flor da Serra. O empate em um gol deu o titulo ao Olaria.

O Danúbio Azul, embora atualmente desativado no futebol, possui uma boa estrutura (foto acima)  com um belo gramado, com alambrado, vestiários com túnel de acesso ao campo, raro de se ver em clubes do interior. Estrutura essa localizada junto à comunidade Santo Antônio.   Segundo Eloi Bedendo, atualmente um grupo de atletas da comunidade continuam jogando futebol sete. Quanto ao futebol de campo acontece apenas um jogo festivo por ano, onde todos que já jogaram no Danúbio Azul, lá se encontram para uma confraternização. 

              Acima e abaixo ex-atletas em confraternização.


 Conversando com moradores por que do fechamento do futebol de campo, nos responderam: o esvaziamento de pessoas na comunidade; famílias venderam suas terras,  seguiram outros rumos em busca de  novas oportunidades de melhorar a vida; saída dos jovens para estudar na cidade, retornando apenas para visitar os familiares que aqui permaneceram; a nossa comunidade tinha mais de cem famílias, hoje não passam de quarenta, ficou poucos moradores.  Não há pessoas suficientes para a formação de um grupo que possa tocar o futebol. Lajeado Capoeira não está sozinha, a maioria das comunidades organizadas no meio rural diminuíram com o êxodo rural. Fecharam escolas, times de futebol, comércios locais, entre outros. Vivemos um novo tempo.
Agradecemos ao Professor Elói Bedendo pela colaboração.

Comunidade comemora 100 anos:
Em 1915, logo após a criação da Colônia Santa Rosa, com sede na Vila 14 de Julho(hoje cidade de Santa Rosa), chegaram as primeiras famílias oriundas de Guaporé e se instalaram próximo do Rio Santa Rosa, a 15 quilômetros da sede. Foram as famílias : Capellari, Lorenzato, Strapasson, Radin, Guazin e Faccin. Logo os colonizadores se preocuparam com a educação dos filhos e a espiritualidade e criaram a escola e a igreja em 1917. O primeiro professor foi Antonio Barella e o primeiro presidente da comunidade foi Santo Lorenzato.Atualmente o líder da comunidade é o senhor Reinoldo Gottardo, comerciante do local. A comunidade tem Santo Antonio  como padroeiro. O nome da localidade vem da existencia de um córrego próximo, que faz limite com o município de Tuparendi e que se denomina Lajeado Capoeira. Nas festividades de comemoração dos centenário no mês  de junho de 2015, foi inaugurado o calçamento da via principal, uma antiga aspiração dos moradores. Na foto acima: à esquerda o salão comunitário e o comercio de Reinaldo Gottardo e à direita a igreja Santo Antonio. Esta foto foi tirada antes da execução do calçamento.

sábado, março 21, 2015

Santa Rosa Campeão


Parabéns a SER Santa Rosa pela brilhante conquista.

sexta-feira, março 20, 2015

Futebol Amador

ESPORTE CLUBE CARAVELI


O Caraveli deve ter surgido por volta do ano de 1970. Recorremos, para saber mais, aos escritos do historiador, advogado, tradicionalista, político e desportista  Antonio Ailton Torres de Paula.

No seu livro que carrega o titulo  CAUSOS DE FATOS, relata sobre a existência desta agremiação esportiva. O autor, que no meio esportivo, na época, era conhecido como Airton, atuava como atleta, ainda moço, em pequenos campos de  meio terra e meio grama, até ser convidado pelos dirigentes do Caraveli, à integrar o plantel. Como ele mesmo narra, foi a primeira equipe organizada a atuar como atleta, que mais tarde jogou no Grêmio Santa-rosense, Olaria e o Prenda(veteranos). O Caraveli, naquele momento, era dirigido pelo presidente João Maria e o grupo era treinado pelo mestre Didi, antigo jogador meia-cancha  do Ipiranga.

Descreve, em sua obra: ”Comecei a jogar no segundo time do Caraveli, onde lembro de alguns companheiros, como o velho Marron, o Porco, o Hélio, Sérgio Massulini, Clóvis, Nego Luís, Airton, Niltinho Abreu, Cézar, Carlos e o Sérgio Polaco. Mais tarde, passei a integrar o time titular do Caraveli,  no qual jogavam o Ties(Arlindo), Tonho, Elpídio, Cabo Müller,  Airton, Osmar, Papá, Adão Beiço, Irany, Neri Bastos, Chicão, Caio Chitolina, Luís Marino, Nilton Paz, Cezar, Pelé e o Müller”.

Durante as andanças pelo interior, em jogos amistosos, um fato curioso aconteceu em Cândido Freire. Isto deve ter acontecido em dezembro de 1970. “Chegamos com o ônibus lotado, onde fomos recebidos com um caloroso foguetório e conduzidos para baixo de uma figueira, que serviu de “vestiário”. A poucos passos dali, uma cerca servia para alguns jogadores pendurarem suas roupas, enquanto jogavam”.

Segue dizendo: A peleja transcorria normal, quando Adão Beiço, correndo deixou o campo em direção à figueira. O motivo: uma vaca estava mascando sua camisa. Armou um confronto com o animal na tentativa de resgatar sua camisa. Com ajuda dos companheiros, Adão conseguiu reaver sua camisa em frangalhos, sobrando apenas a gola e as mangas em bom estado, pois o restante nada sobrou.  Quando da lamentação, Adão Beiço era consolado pelos amigos. Não houve outra forma, a não ser adquirir nova camisa e esquecer o infortúnio.  Quanto ao Caravelli, a muito tempo está extinto.

Fonte: Livro Causos de Fatos, de autoria de Antonio Ailton Torres de Paula.

sábado, março 14, 2015

Flâmulas

FLÂMULAS DE CLUBES DE SANTA ROSA 
 ANOS 1950














S.E. CONCORDIA
Campeão Estadual de Bolão em 1959



Em homenagem aos desportistas do vizinho município de Giruá, publicamos flâmula do 
E.C. AIMORÉ


terça-feira, março 03, 2015

Futebol Amador

ESPORTE CLUBE OLARIA
LAJEADO GRANDE 

  Acima, foto do time Campeão Municipal Invicto em 1968.

Tendo como sede um campo de futebol na área da indústria oleira pertencente à família Waldow, em 1951, surge o E.C. Olaria, que ficou mais conhecido como Olaria Waldow.  Obteve a sua maior conquista em 1968, com o titulo municipal de forma invicta, obtendo vitórias importantes sobre clubes tradicionais da cidade. 

 
A  colocação das faixas de campeão(foto acima) teve como padrinho o E.C. Aliança que disputava o estadual de amadores.   

Atleta Darci Pereira da Silva,  com a faixa de campeão em 1968.

1978 - jogo amistoso em Santa Cruz do Sul/RS: Gomercindo Pereira(um dos fundadores), Valdir Dani, Aroldi, Alfeu Camargo, Airton, Valdir Burro, Lotário e Gaspar Casagrande: Henrique, Dalgiro, Bliga Dani, Kika e Luís.


Em 26 de janeiro de 1986, conquistou  o titulo do Torneio da Amizade, ante o Radar do Lajeado Tarumã. O jogo acabou no empate com o placar com um gol para cada lado. O Torneio foi organizado pelo CMD  local. A final foi no campo do Olaria, que chegou a final num jogo extra contra o Danúbio Azul do Lajeado Capoeira, em campo neutro, na cidade de Tuparendi.  Na decisão o Olaria marcou primeiro através de Djaime aparando um cruzamento de Luizinho. O empate do Radar veio na segunda etapa com um gol contra de Paulo Castilhos, ao atrasar mal uma bola para o goleiro Danilo, acabou nos fundos da rede. Com o empate o Olaria conquistou o titulo do torneio. O time do título: Danilo: Cepo, Paulo Castilhos, Ico e Irineu(Aroldi)(Egon); Carlos Peixe e Djaime: Côco, Toni(Bliga) e Luizi

Mais fotos do E.C. Olaria:






Nota do  Blog: Além do Olaria do Lajeado Grande, por algum período, houve na historia do futebol de Santa Rosa, mais duas agremiações esportivas,  com tal nomenclatura: o Olaria da Esquina Guia Lopes, talvez o mais antigo, há décadas desativado e o Olaria do Lajeado Figueira. Este fundado por um grupo de trabalhadores, tendo, entre outros,  um dos lideres Paulino Curuta, da olaria localizada as margens do Lajeado Figueira, próximo a Vila Nossa Senhora Aparecida, no Bairro Cruzeiro, mas que tinha sua sede (campo) na comunidade do Lajeado Figueira, situada a mais ou menos dois quilômetros da indústria oleira. Muitos atletas do Paladino FC, da cidade, quando de folga dos campeonatos (amador do estado) ou amistosos, reforçavam o plantel do Olaria. Este manteve suas atividades na década dos anos 1960, posteriormente encerrado suas atividades.

terça-feira, fevereiro 24, 2015

POR ONDE ANDA?



SONY S. WELKE

O santa-rosense Sony S. Welke nasceu em 30 de abril de 1950, é filho de Reinaldo Welke e Hertas Welke. Desde criança gostou do futebol. Criado a beira do Rio Pessegueiro e a poucos metros do antigo Estádio da Baixada do Pessegueiro, onde hoje, está sendo construída a nova fábrica da Fratelli, na Avenida Borges de Medeiros. Entre uma braçada e outra nos poços do riacho, frequentava a sala de aula e os campinhos da redondeza para bater uma bolinha com a gurizada. Desde criança já se destacava e previa-se um futuro como atleta.
Seu primeiro clube amador,  em que começou a dar os primeiros passos para chegar ao profissionalismo, foi no GE 1º de Maio da Vila Planalto e na A.A. Real. 




 

 Vice-campeão estadual pelo EC Aliança em 1969. Sony é o último atleta agachado à esquerda da foto.

Em 1969, chegou a disputar o Campeonato Estadual Série Amarela, pelo EC Aliança de Santa Rosa, quando o tricolor ficou com  o vice-campeonato, perdendo o titulo para o Brasil de Vacaria. Pelo bom futebol apresentado no amador, em 1977, foi para o Elite Clube Desportivo de Santo Ângelo.   

 Na ASRE em 1973, o último agachado à esquerda.

Em 1973, foi contratado pela recém fundada ASRE – Associação Santa-rosense de Esportes (fusão de Paladino, Aliança e Juventus), quando organizou um plantel com base em atletas locais para disputar o campeonato gaúcho. Então, Sony já começou a aparecer um futebol de muita técnica e qualidade. Além de Sony, outros bons jogadores atuaram na ASRE: Lazarin, Franco, Tadeu Xavier, Paulo Catisca, Capitão, Miguel Amaral, João Gilberto, Jacaré, Edorildo, Chico Cappellari, Renato, Pedro Paulo, Aroldi, Irineu, Talvani,  entre tantos outros. 


No Palmeiras de Blumenau. Sony é o segundo em pé da esquerda para a direita.
Depois, em 1976, passou pelo Juventude de Caxias do Sul/RS, Em 1977 chegou no Blumenau/SC, (primeiro no Palmeiras local e depois no próprio Blumenau), onde, entre idas e vindas,  permaneceu por quatro temporadas. No Palmeiras jogou ao lado de Dito Cola, que foi ídolo no Coritiba. De lá, em 1979, chegou ao Marília/SP. Conta Sony, que a passagem pelo Marilia/SP, também foi das melhores de sua carreira. Lá, chegou a jogar ao lado do arqueiro Zecão, que havia atuado no Palmeiras/SP e Portuguesa/SP, do zagueiro Márcio Rossini, que ao final do campeonato foi para o Santos, depois seleção brasileira e Bangú. Outro atleta de destaque naquele ano no Marilia foi o Jorginho. Logo, que terminou o campeonato, foi para o Palmeiras e também chegou à seleção. Mais tarde jogou no Grêmio. Outro destaque foi Luís Silvio, ponta direita que foi vendido para um clube europeu. 

 Sony no Marília. O Segundo em pé da esquerda para a direita.

O time base do Marilia era: Zecão: Valdir, Márcio Rossini,Clodoaldo e Reinaldo: Sony, Nenê e Jorginho: Luis Silvio, Serginho e Ferreira. Em 1980, voltou ao Blumenau, mas no mesmo ano foi requisitado novamente pelo Marilia, pois, o  clube paulista não passava uma boa fase, prestes ao rebaixamento. Reforçado conseguiu permanecer no campeonato.



 Santo André, Campeão Paulista em 1981. A o lado do goleiro.
Em 1981, foi contratado pelo EC Santo André de São Paulo( quatro temporadas). Segundo Sony, foi a melhor fase como jogador de futebol, pois, em 1981, conseguiu o titulo de Campeão Paulista da Segunda Divisão, muito comemorado pelos torcedores do Ramalhão. O campeonato era integrado, segundo Sony,  por mais de 70 clubes, divididos em chaves, em fases eliminatórias, que a disputa perdurou o ano todo. A final foi uma disputa em três jogos contra o XV de Novembro de Piracicaba, no Parque Antártica. Os dois primeiros jogos deram empate: 1 a 1. Sony lembra que nestas duas partidas atuou de zagueiro, pois titular e reserva estavam lesionados. Na falta, prontificou-se ao técnico para atuar na posição. O jogo derradeiro foi em dezembro quando vencemos o XV, pelo placar de 3 a 1. No time campeão, jogava o Lance, que era centro avante do Corinthians e depois no Santo André, além de outros, como Radar que veio do Flamengo do Rio,  que se destacaram no futebol brasileiro por outros clubes. 

 Equipe do Santo André Campeão Paulista da Segundona em 1981.

Os jogos finais: - Primeiro jogo, em 25/novembro/81 - Santo André 1 X  1 XV De Piracicaba. Local: Parque Antártica (São Paulo);  Juiz: Jose de Assis Aragão; Renda: Cr$ 3 874 500,00;  Público: 16 231;  Gols: Lance 33 do 1.° e Brandão 7 do 2.°; Cartão amarelo: Fernandinho, Brandão e Ailton. Santo André: Tonho, Zé Carlos, Soni, Rubão e Dodô; Fernandinho, Arnaldo e Bona (Radar, 33 do 2.°); Paulo Borges, Lance e Rubens (Da Silva, 16 do 2.°). Técnico: Sebastião Lapola. XV de Piracicaba: Pizeli, Alã, Aílton, China e Alcir; Vadinho, Rogério e Zezinho; Serginho, Oriel e Brandão (Tarugo, 35 do 2.°). Técnico: Dema. O segundo jogo, foi em  28/novembro/81  XV de Piracicaba 1 X  1 Santo André  - Local: Parque Antártica (São Paulo);  Juiz: Jose de Assis Aragão;  Renda: Cr$ 5 313 300,00;  Público: 23 805;  Gols: Arnaldo 12 e Brandão 30 do 1.°; Cartão amarelo: China, Oriel e Arnaldo;  Expulsão: Alcir 35 do 1.°, Eduardo e Bona 40 do 2.° XV de Piracicaba: Pizeli, Alã, Aílton, China e Alcir; Vadinho, Rogério e Zezinho; Serginho (Eduardo, 39 do 2.°), Oriel e Brandão. Técnico: Dema Santo André: Tonho, Zé Carlos, Soni, Rubão e Dodô; Fernandinho (Bona, intervalo), Arnaldo e Piorra (Rubens, 29 do 2.°); Paulo Borges, Lance e Da Silva. Técnico: Sebastião Lapola
Na terça-feira seguinte aconteceu  o terceiro jogo e o XV de Piracicaba, caso haveria  prorrogação e terminada empatada, seria declarado vencedor,mas o Santo André foi o vitorioso.
A decisão - ultima partida:  Santo André 3 X 1 XV de Piracicaba  Local: Parque Antártica (São Paulo);  Juiz: Oscar Scolfaro;  Renda: Cr$ 3 868 400,00; Público: 16 225;  Gols: Paulo Borges 7 do 1.0; Rubão 7. Radar 26 e Vadinho 41 do 2.°;  Cartão amarelo: Paulo Borges, China e Radar Santo André: Tonho. Zé Carlos, Tutu. Rubão e Dodô; Soni, Arnaldo e Piorra; Paulo Borges (Radar. 21 do 2.°). Lance (Freitas, 14 do 2.°) e Da Silva. Técnico: Sebastião Lapola XV de Piracicaba: Pizeli. Alã. Ailton Luis. China e Ademir (Carlos. Intervalo); Vadinho. Rogério e Zezinho; Serginho (Tarugo. 10 do 2.°), Oriel e Brandão. Técnico: Dema.
Dentre os treinadores que trabalhou, Sony destaca Jair Picerni, que trabalhou em grandes clubes, bem como Sebastião Lapola e José Carlos Fescina (todos no Santo André).  Também destaca Urubatan dos Santos (foi atleta e treinador do Santos FC) com quem trabalhou.
No ano de 1985 voltou ao Blumenau, onde permaneceu por duas temporadas., encerrando sua carreira como atleta profissional. Sony tem orgulho de dizer que sempre foi destaque nos times que trabalhou.
Indagado sobre os gols que marcou, nos disse que em função de sua posição tática no
campo, primeiro como meia-direita e que em São Paulo, passou a atuar como médio-volante fez poucos gols, mas lembra de um anotado para o Santo André. Conforme depoimento de Sony o jogo foi em casa, no Ramalhão, mas muito  complicado. O adversário era o São Bento de Sorocaba e precisávamos da vitoria. Tive muita felicidade, pois num chute muito forte de fora da área fiz o único gol. Foi só um a zero, mas nos deu a vitória, que foi muito comemorada pelo time e torcida.
Perguntado se tinha preferência, como torcedor,  por algum clube gaúcho, disse que não, que como ex-jogador de futebol, não tinha essa pretensão. Apenas deseja sorte para ambos, para que desempenhem uma boa campanha nos campeonatos que disputam.
Das lembranças de quando atuava em Santa Rosa, nos revela de sua admiração pela organização do EC Aliança, quando lá atuava. Chegou a ser vice-campeão estatal pelo tricolor da Praça Berlim, no ano de 1969. Em 1959, o Aliança, já havia conquistado o titulo de campeão estadual, jogando a ultima partida  em Tenente Portela. Era um clube amador, mas com estrutura de profissional. O atleta era bem tratado e o clube dava todas as condições de trabalho para nós, além de prestar assistência também às famílias dos atletas.
Atuou também, quando serviu o exercito brasileiro, em Santa Rosa, pela seleção regional, que disputavam campeonatos militares no sul do Brasil. 


 No time do Exército Brasileiro em Santa Rosa. O segundo agachado da esquerda para a direita.

Foi campeão  regional militar, ganhado a final da guarnição de São Borja, onde no time da fronteira despontava Cassiá, Aguiar, Ciro, Canega, entre outros, que mais tarde foram profissionais.
Segundo desportistas que viram Sony atuar, relatam que era um jogador técnico e que sabia conduzir a bola com os dois pés sempre para frente para frente. Foi um dos melhores atletas do futebol que a cidade produziu.
Em 1990, retornou a sua terra natal, Santa Rosa. Logo após sua chegada foi convidado para trabalhar no Dínamo FC, onde fez parte da comissão técnica como auxiliar, em 1991, quando o alvinegro subiu para a Primeira Divisão do futebol gaúcho. Também fez parte da comissão técnica do Juventus AC.
Perguntado se tem saudade dos bons tempos de atleta, nos relata que sim, mas foi uma fase da vida, tudo ficou no passado. E, diz mais: os atletas devem estar preparados emocional e psicologicamente, para quando chegar a hora de pendurarem as chuteiras, pois uma nova fase da vida começa, agora longe dos campos, da torcida, da imprensa. Fica a historia e o legado que deixou, nos clubes que passou.
Atualmente, Sony vive tranquilo, junto a seus familiares e amigos na sua terra natal.

Mais fotos:

 ASRE

ASRE

ASRE

ASRE: (?), Vitorino Carazzo e Sony.
 
  
ASRE; Morron, Catisca e Sony.

 BRUSQUE


 No Juventude de Caxias do Sul.


                               Blumenau de SC, Sony está em pé, à direita do goleiro.