sexta-feira, janeiro 22, 2016

Reportagem

   
O Dínamo do Sul




Com o título acima,  o clube de Santa Rosa, é lembrado em recente reportagem, pela sua bravura nos campos do Rio Grande do Sul, quando disputou a primeira divisão do futebol gaúcho, nos anos de 1991/1992 e 1993. A matéria relata que o Dínamo não foi um mero coadjuvante, pois chegou a liderar o campeonato e seu nome aparecer no Fantástico da rede Globo: O líder do campeonato gaúcho é o surpreendente Dínamo de Santa Rosa, frase dita por Léo Batista. Vale a pena conferir, clicando aqui. A reportagem é do site: https://decadadeouro90.wordpress.com/

quarta-feira, janeiro 13, 2016

Artigo


Por: Ezequiel Redin(*)




Nas últimas duas décadas, o processo de modernização rural tem se expandido e consolidado, o núcleo familiar tem reduzido e o futebol de campo no rural suprimido. Boas lembranças dos consolidados times de futebol amadores formados nas localidades rurais. Equipes expressivas cunhavam o nome da localidade rural, marca estampada na camiseta de sua equipe de futebol. Gloriosos tempos em que jogadores da comunidade elaboravam jogados de alto nível técnico, armavam estratégias táticas para desarmar o adversário, faziam belas pinturas de gol nos campos rurais. Épocas em que um chute torto na bola poderia lançá-la para o famoso “mato”.  gíria: “bola pro mato que o jogo é de campeonato”, quiçá, deve ter origem dos campos de futebol no rural. Equipe A e Equipe B jogavam amistosos, torneios, campeonatos municipais, disputavam taças em jogos de alto nível técnico e também de alto vigor físico. A força do futebol rural culminou a tal ponto que o seu auge foram os Campeonatos Municipais de Futebol de Campo (Varzeanos), anteriormente disputados apenas na cidade, no decorrer da década de 90 foram distribuídos nos campos das localidades rurais, de suas respectivas equipes participantes. Fator que endossou a socialização no rural, fortaleceu a rede de relações interpessoais, dinamizou as sociedades e organizou verdadeiros tours esportivos entre as comunidades. O domingo era dia abençoado. Dia de ir à igreja pela manhã e dia de ir para o jogo de futebol pela tarde – duas missões sagradas. Os campos eram rodeados de torcedores que chegavam nas mais diversas formas: a pé, a cavalo, de bicicleta, de carro ou de caminhão. Geralmente, o time adversário e sua torcida deslocavam-se em caminhões lotados, os mesmos que transportavam soja. No local do jogo existia um galpão (estilo cabana), ponto de comercialização das bebidas (cerveja, refrigerantes e cachaças), das guloseimas (chicletes, balas, pipocas, merendinhas), dos lanches (cachorro-quente e pastel) e outras delicias de final de semana para o público presente. A torcida se acomodava atrás das goleiras, nas laterais do campo e, em geral, embaixo de árvores ou coqueiros em busca de alguma sombra para suportar a tarde calorosa. Homens, mulheres, jovens e crianças, a família toda reunida para uma partida de futebol no rural. A bola rolava. Primeiro, no alto sol da tarde, jogava a equipe B, teoricamente menos habilidosa e, posteriormente, a equipe A, teoricamente com atletas mais habilidosos. Os jogos eram acirrados, nervos a flor da pele e provocações constantes tanto entre os atletas quanto entre as torcidas. Torcedores ferrenhos, aqueles mais convictos na vitória de seu time. Nem tudo eram flores, existiam brigas entre jogadores ou entre torcidas. Ás vezes, tijolos ou garrafas voavam alto demais. Excetuando essas externalidades, o futebol de campo, sem dúvida, dinamizava o meio rural. 


Foto oficial do E.C Paleta em jogo amistoso (1974)  

Aliás, no campo de futebol também afloravam um campo de poder entre as famílias e entre as localidades rurais, isso é inegável. A rivalidade do campo é ludicamente representada também pelo contexto local. Em outras palavras, a rivalidade entre os moradores de distintas localidades rurais se traduzia num espetáculo, em uma disputa de quem tem a maior força econômica, quem tem a melhor escola, a melhor bodega, a melhor igreja, o melhor salão, o melhor campo, a melhor posição social e, claro, quem tem a melhor equipe de futebol de campo no rural. Aí emergem, portanto, relações de jocosidade (zombarias ou brincadeiras) entre jogadores e entre torcidas que vicejam o espetáculo. A galeria de troféus, medalhas e o quadro de fotos do time ficam expostos no salão da comunidade, símbolo de orgulho e também de distinção social. Aliás, a galeria é a única que permanece viva para atos memoráveis, aqueles que clamam por causos pitorescos da conquista futebolística no passado. Aos poucos a cultura futebolística de campo no meio rural tem se esvaído. As famílias rurais reduziram o número de filhos – antigamente, entre cinco a oito para dois a três nos dias de hoje. Consequentemente, menos jovens habitam o rural. Não é possível mais formar dois times de futebol de campo numa mesma localidade, mas é claro, há exceções. Os campos de futebol viraram potreiros, os potreiros se transformaram em legítimas lavouras de soja. Nas localidades rurais em que existem ginásios esportivos, os jovens rurais mantêm os times de futsal, pois não precisam mais de 22 atletas, mas apenas 10 para rolar o futsal no rural. Do futebol ao futsal, do campo para as quadras, das famílias grandes para as famílias diminutas, do maior para o menor. Futebol de campo, hoje, só rola novamente na cidade, numa mescla de jogadores rurais de distintas localidades, estratégia para tornar o time competitivo. O rural perdeu este espetáculo para o urbano. A única que expande fronteiras, abocanha os campos de futebol, invade os potreiros e até as estradas no rural é a leguminosa, ou seja, a soja. Estamos presenciando um processo de sojificação do rural, uma verdadeira sojificação dos campos de futebol. A mesma que destruiu as taipas é aquela que está acabando com os espaços de sociabilização no rural. São tempos imemoriais que ficam no passado. Daquele passado do Preto e Branco (P&B) para o presente do colorido. O verde dos campos de futebol para o verde da soja. Realmente, os tempos são outros! 

Para baixar esse texto em formato PDF clique aqui
Ezequiel Redin, reside no municipio de Arroio do Tigre/RS. É Doutorando em Extensão Rural (PPGExR/UFSM).
Este texto foi publicado no dia 18 de agosto de 2014 (Segunda-feira) no blog http://ezequielredin.blogspot.com.br.
Texto posteriormente publicado dia 25 de Dezembro de 2014 no Jornal Gazeta da Serra. Para visualizá-lo direcione-se à página 20/60, clicando aqui.

N.R. Em 29 de setembro 2012,  a editoria deste blog publicou um artigo sobre o assunto, mas com destaque para o futebol do interior de Santa Rosa, com o título: FUTEBOL, EDUCAÇÃO E ÊXODO RURAL. Vale a pena ler.


quinta-feira, dezembro 10, 2015

Campeões de Santa Rosa 2015

Guarani e Corinthians são os Campeões do Municipal de Futebol de Campo de Santa Rosa



GUARANI do Lajeado Pessegueiro, Campeão da Categoria Principal


CORINTHIANS do Bairro Auxiladora, Campeão da Categoria Aspirantes.

segunda-feira, dezembro 07, 2015

FUTEBOL AMADOR

ESPORTE CLUBE RADAR
Lajeado Tarumã


O Esporte Clube Radar foi fundado  por moradores da comunidade do Lajeado Tarumã, a 10 quilômetros da cidade de Santa Rosa. O nome Tarumã é por ali cruzar um pequeno rio com esta denominação, que anteriormente foi chamado de Pedra Rachada. A colonização começou na década dos anos 1930. A comunidade tem como padroeiro São João Batista. Ao lado da igreja católica,  está sepultado num memorial  o corpo do Padre Arcangelo Moratelli(1916-2003), um grande líder espiritual de Santa Rosa e que optou, quando em vida, ser lá  sepultado. As famílias que ali residem se reúnem periodicamente no  Centro de Tradições Gauchas Rancho Crioulo(CTG), onde desde cedo as crianças aprendem a cultura gaucha.
O EC Radar, hoje desativado das atividades esportivas, por muitos anos,  nos domingos a tarde, movimentou o Lajeado Tarumã,  quando jogava partidas amistosas com times da região. Segundo Cladimir Massaia, o Chico, o grande líder do Radar foi Evaldi Magdans. Mesmo não morando na comunidade e sim na cidade,trabalhou por quase duas décadas em prol do futebol, tendo feito de tudo no Radar.   Aos domingos pela manhã , Evaldi, com sua família e se dirigia ao Lajeado Tarumã. Fazia a marcação das linhas, organizava a copa, instalava as redes nas goleiras, enfim deixava tudo pronto para o jogo da tarde. Logo após o almoço retornava ao campo. Começava então a organização dos quadros de Aspirantes e Titulares, escalando-os. Evaldi era goleiro do grupo principal. Por vezes, se houvesse necessidade, fazia a arbitragem do jogos dos aspirantes. Além disso, fazia as vezes de roupeiro, se encarregando da lavagem dos uniformes dos atletas.
Conta Chico Massaia, que ao lado do campo, havia um pântano. Então, para a bola ser reposta rapidamente, era indicado ou de forma espontânea  um garoto ou jovem, para que ficasse na espreita e esta voltar ao jogo. Recebia refrigerantes, como pagamento.
Magdans, mesmo residindo na cidade, ainda continua fazendo parte da comunidade de Lajeado Tarumã.
Em 1985, o Radar,  com objetivo maior, reforçou o plantel para disputar a Taça Amizade. Chegou a final, disputada em 25 de janeiro de 1986, contra o Esporte Clube Olaria do Lajeado Grande. O jogo final foi disputado  na casa do adversário, por  ser beneficiado pela melhor campanha. Com arbitragem de Joares Veschia, foi um jogo muito disputado. No final o empate em 1 a 1 deu o titulo aos donos da casa, pois, este, tinha o maior numero de vitorias, como fator de desempate. Na final o Radar atuou sagrando-se vice-campeão, com: Evaldi; Vladimir, Salsicha, Romeu e Celso; Valdemar, Sérgio e Antonio; Altamiro(Valdir), Cladimir e Toninho.  O Radar saiu perdendo ainda na primeira etapa, mas com um gol contra do zagueiro Paulo Castilhos do Olaria, empatou,  não sendo o suficiente para lograr  a conquista.
O Radar possuia um grupo de atletas na categoria denominada mirim. Nela despontou o atleta Vitor  (filho de Clademir Massaia), que foi para a base do Juventus Atlético Clube de Santa Rosa e Goiás Esporte Clube. Atualmente, Vítor disputa o campeonato português pelo Sporting Covilhã.


sábado, novembro 21, 2015

FUTSAL

Internacionalzinho: meninos bons de bola.



Para os saudosistas e para quem não conheceu, este era o Internacionalzinho. O treinador era o Seu Adão, um pai pra gente. O time era de futsal, ou melhor, futebol de salão (se dizia assim antes das mudanças da modalidade). Jogávamos em quadras de concreto e "excursionávamos" para Tuparendi e outros municípios vizinhos com a Kombi do Seu Willi Lorentz, pai dos atletas Babá e Heinz.
Citando um por um da foto: Treinador seu Adão; Amauri Ribeiro (goleiro) Cirano (irmão da Xuxa), recentemente faleceu; Toni e Jandir;
Embaixo: Babá; Heinz; Vitor Abreu; Michael e Cati. Um timaço que rivalizava com o Palmeirinhas. Destes atletas, os irmãos Babá e Heinz , fizeram historia nas quadras do futsal gaúcho, atuando pelo Juventus AtléticoClube, na década dos anos 1980. Ambos atuaram também no Losca, que serviu de base para a formação histórica juventina. (Fonte: Vítor de Abreu, a quem agradecemos)

Saiba mais, clicando  abaixo:

HISTÓRIA JUVENTUS - TERCEIRA FASE -  FUTSAL (1979 a 1983)

terça-feira, outubro 13, 2015

Futebol Amador

EXPRESSO TODA HORA
Bairro Cruzeiro



O Expresso Toda Hora foi fundada em 1968.  Sua história está vinculada ao início do transporte coletivo em Santa Rosa.  Vencendo desafios, hoje o Expresso Toda Hora é referência em transporte coletivo, pela sua frota, e pela sua qualidade.
Seus sócios fundadores, Antônio Monjabosco, Adil Arlindo Manjabosco, Guerino Vione, Valentim Vione, Maximo C. Vione e Moacir Vione construíram uma empresa familiar, hoje administrada por seus sucessores, fazendo parte da história da cidade de Santa Rosa.
Mas o que tem a ver a empresa com o futebol. É, mas parece que tem. Na década os anos 1980, no Bairro Cruzeiro, sede da empresa, um grupo de amigos ligado à rapaziada da empresa, entre eles Beto Vione, filho de um dos sócios e que gostava de jogar futebol, uniram-se e formaram um time de futebol com o nome da empresa.  Na primeira formação do time, quem era o goleiro? Cláudio André Taffarel. Ele mesmo, o goleiro campeão do mundo, nascido no Bairro Cruzeiro, criado junto com a rapaziada. O goleiro era muito requisitado. Além de ter atuado no Expresso, era requisitado por outros times amadores da cidade de Santa Rosa, antes de se apresentar no Internacional de Porto Alegre. Jogou no Farroupilha do Lajeado Reginaldo e no Real Madri da Vila Oliveira e em Crissiumal, no Tupy, para onde a família foi residir  por causa da profissão de seu pai. Taffarel antes do futebol atuava nas quadras de vôlei do Colégio da Paz onde estudava e era muito bom nesse esporte, devido seu porte.

Taffarel , agachado, entre os companheiros

Durante a sua existência o time do ETH disputou vários campeonatos municipais entre 1982 e 1985 e  realizavam jogos amistosos pela região.

segunda-feira, setembro 21, 2015

Futebol Amador

RACING FUTEBOL CLUBE 
Vila Flores





O Racing da Vila Flores, como era conhecido pelos desportistas, foi fundado em dois de fevereiro de 1962, como uma extensão do Grêmio Esportivo Duque de Caxias.  




O tricolor da Vila Flores, usava as cores  vermelho, verde e o branco nos seus uniformes.
Talvez, pela proximidade da Corporação do Exército Brasileiro, o 19º RCMec, teve certa influência na formação da agremiação. O Racing, aos domingos movimentava a comunidade da vila. Famílias, adultos, jovens e crianças, aos domingos frequentavam o campo para assistir os jogos. 


O terreno onde estava localizado o campo de jogo do Racing, pertencia a Prefeitura de Santa Rosa. O município retomou o terreno e lá construiu uma bela praça, para a comunidade da vila ter o seu lazer. Mesmo sem campo, o Racing tentou dar sequencia e sobreviver com suas atividades, mas não resistiu e acabou cerrando as portas.
Como todo   time tem um líder que faz tudo, o Racing também tinha. Era o Seu Souto. Hoje, Souto, é o fiel depositário do patrimônio do time.  Guarda em sua casa, terno de camiseta, bandeiras, fichas de inscrição de atletas, troféus e algumas fotos de times numa paredes de sua casa. Este foi o Racing. Enquanto existiu, deixou sua história, com nos títulos conquistados:  Campeão Municipal de Aspirantes em 1970 e Campeão da Associação de Clubes do Bairro Cruzeiro e Santa Rosa em 1995.

Equipe Campeã de 1995. 

Troféu conquistado em 1995.

Em 1986, o antigo reduto do Racing, foi transformado pelo Poder Público Municipal, na bela Praça Assis Brasil, num local para a prática de esporte e lazer pelos moradores da Vila Flores.









terça-feira, junho 09, 2015

Futebol Amador

FERROVIÁRIO FUTEBOL CLUBE
Santa Rosa





História. Foi isso que o Ferroviário fez enquanto esteve em atividade. Criado por um grupo de descontentes do GE 1º de Maio, segundo Waldir Weiss, o Nuno: “Não lembro o ano, mas um grupo de desportistas deixou o 1º de Maio. Eu o Nêne Reihner, o Davi Schütler, os três irmãos da família Batista, o Valtair, o Valdir e o João Carlos, o João Wandenvert, o Canhoto, é os que me lembro e então fundamos o Ferroviário. Deixamos o que tinha, como,  fardamento, troféus, etc. para o 1º de Maio, que mais tarde transferiu-se na antiga Baixada e posteriormente para um campo na Vila Planalto, até encerrar suas atividades.  Então conseguimos uma área para o campo, que ficava na saída para Cândido Godoy, na propriedade da família Schütler, em frente hoje da Vila Auxiliadora. “ Estas foram as palavras de Waldir Weiss, para o futebol, o Nuno, que atuou como atleta no GE 1º de Maio, EC Aliança, GE Sepé Tiaraju,  Ferroviário FC e Associação Atlética Real, sobre o inicio do Ferroviário FC.
O Ferroviário, que não tem nada a ver com a viação férrea que liga Santa Rosa com outras cidades,  é o mesmo assumido mais tarde pelo saudoso Pedro Motta, nas décadas dos anos 1980 e 1990, o seu período glorioso.

As grandes conquistas:
Foi com o espírito de liderança de Pedro Motta, que sempre formava um bom plantel de atletas, que o Ferroviário chegou as  glorias. Em 1989, o Ferroviário havia pedido nos pênaltis a decisão para o Palmeiras da Vila Glória. Aliás, Palmeiras e Ferroviário fizeram grandes clássicos no Carlos Denardin, reeditando para os mais saudosos, o outrora o clássico dos anos 1980: Dínamo x Real Madri da Vila Oliveira.
Em 1990 o Ferroviário não deixa escapar o titulo, diante do mesmo Palmeiras. Após um grande jogo e empate em zero, foi a decisão para prorrogação e posteriormente pênaltis. Vitória do “ferrinho” por 3 a 1. Lali, o goleiro, defendeu três penalidades(Flavio, Caprinha e Givanildo), saindo consagrado pela torcida.
o time de Pedrinho Motta recuperou o título perdido no ano passado, para o próprio palmeiras e também nas cobranças de pênaltis.  O time comandado por Pedro Motta, foi campeão com Lalí, Jonha, Taborda, Flamengo, Norbe, Rufino, Fio, Neco, Toninho, Martins, Grilo, Caio, Marino e Giovani.


Com esse triunfo o Ferroviário começou a desenhar uma grande a trajetória de títulos  na década dos anos 1990.
No ano 1992, foi a vez do Noroeste do Rincão dos Rolins conhecer a força do Ferroviário, na decisão daquele ano. O Noroeste havia conquistado seu campeonato em 1983, diante do Grêmio Santa-rosense e buscava outra vez o triunfo, mas não foi possível, diante da qualidade dos comandados de Pedrinho Motta. Martins, aos 30 minutos da segunda fase, marca e dá a vitória e mais um titulo – o bi.  O Ferroviário atuou na  final com: Cristiano; Lamar(Jonha), Paulo, Juca e Venildo; Ito, Neco(Pato) e Jean;  Pipoca(Joel Nunes), Grilo e Martins. O Noroeste ficou com o vice com: Mota; Rogério, Beto, Luiz e Maders; Valmir, Fio e Macalé; Dani(Fernando), Lepe e Casagrande.


Em 1993, Ferroviário e Palmeiras reeditaram a final do Campeonato  de 1990.  Com dois gols de Grilo, aos 11 e 46 minutos da etapa derradeira, deu ao Ferroviário mais uma vês o campeonato, utilizando para a final a seguinte esquadra: Cristiano; Rufino, Caçula, Paulo Berger e Grilo; Ito, Neco e Jean; Joel Nunes, César e Pato.
No biênio 1994/95, o Ferroviário foi arrasador. Pedro Motta mantinha o plantel de anos anteriores, mas sempre o qualificando: Grilo, Joel Nunes, Vagão, Flamengo, Jean, Lamar, Ito  Rufino, Marcelo, Aranha, Macalé, Samarone, Gélson, Luisinho, Neco, Venildo, Paulo Timm e Junior Baiano.
A saga de títulos voltou em 1998. Agora a final era gente ao
Cruzeiro da Vila Sulina. O Ferroviário com uma equipe de mais qualidade técnica, goleou pelo placar de quatro a um, não dando chances ao adversário que foi brioso. Os gols da decisão foram anotados por Emersom em duas oportunidades e por  João Luiz e Pipoca.
Foto
O time campeão de 1998: Bagio, Danilo, Pipoca, João Luiz, Ito, Emerson, Macalé, Marinho, Beto Rolin, Gelson e Milla.


Ano de 1999. Ferroviário e Comercial do Bairro Cruzeiro, por méritos, chegaram para a disputa final.  Em jogo muito disputado e empatado em 2 tentos para cada lado e se encaminhando para o final, veio o terceiro gol, anotado aos 32 minutos da segunda etapa através de Macalé  que deu ao Ferroviário o  sétimo título em oito disputados desde 1989.
O Ferroviário, comandado por Pedrinho Motta, foi o time que mais títulos conquistou na década dos anos 1990. Para os torcedores, era carinhosamente o “Ferrinho”, era o “furacão vermelho” chegando e causando terror  em campo para os adversários.
Além dos títulos na categoria principal o Ferroviário foi campeão nas seguintes categorias: em 1999, nos aspirantes; em 1997 e 1999 na categoria de veteranos e em 1999, na categoria mirim. Em 1990 e 1999, conquistou por duas vezes o campeonato regional.
Estas foram as conquistas do ferrinho, que infelizmente cessou suas atividades para o futebol.

sábado, abril 25, 2015

Futebol Amador

ESPORTE CLUBE FLOR DA SERRA
CAMPO DA AVIAÇÃO

No final da década dos anos 1950, Santa Rosa vivia um forte processo de desenvolvimento econômico, onde grandes empresas iniciaram suas atividades Em função deste crescimento, em 1957, na administração de Carlos Denardin, foi construído o aeroporto municipal, com o objetivo de melhorar o transporte do  que aqui era produzido e  que ficou conhecido na época popularmente  como Campo da Aviação.
Famílias foram se agregando nas proximidades, até se formar uma comunidade, como tantas outras no meio rural, que ficou conhecida como comunidade do Campo da Aviação, as margens da atual RST 307, que liga Santa Rosa a Cândido Godoy.  Surgiu, então, a igreja, o salão comunitário, a escola e  um time de futebol.
A fundação deste último ocorreu em 1958, quando um grupo de pessoas liderado por Santo
Correia Leite (fundador, primeiro presidente e atleta da agremiação), somado a Nelson Correia Leite, Norberto Reihner, Nerí Fucelin, Antonio Fucelin, Davi Schutler, Ricardo Moura e Rodolfo Goemel, com o objetivo da pratica do futebol como forma de integrar as famílias da comunidade e entre as comunidades vizinhas.
Criado o clube de futebol, havia necessidade de uma identificação, de cores do uniforme, etc.
Na Vila Quaraim, um distrito do interior de Três de Maio, próximo ao Rio Santa Rosa, cujo curso faz divisa com o município de Santa Rosa, um time de futebol estava sendo desativado e se desfazendo do seu fardamento. Pela proximidade de amizade com Brasiliano Machado, do time de Quaraim, Santo Correia Leite, negociou por um bom preço o material e o trouxe para Santa Rosa. O nome da agremiação da Vila Quaraim era Flor da Serra, então, trouxeram junto o nome de batismo. As cores: vermelho e branco, sendo a camisa de cor branca com lista transversal vermelha. O primeiro campo situava-se as margens do Rio Pessegueiro na propriedade de Norberto Reihner. Mais tarde, mudou-se para outra sede, na esquina Central. E foi assim, que começou a historia do E.C. Flor da Serra do Campo da Aviação, que por muitas décadas, nos finais de semana, disputou jogos amistosos com agremiações da região e vários campeonatos da cidade, levando alegria para seus torcedores, até encerrar suas atividades no final da década dos anos 1980.
Nota: As informações sobre a fundação, foram repassadas por Santo Correia Leite, quando acompanhado de Luis Fernando Rabuske, em outubro de 2013, o visitamos, no seu comércio, com o objetivo de convidá-lo, para  “A Noite da História e Memória do Futebol: Homenagem a Atletas e Personagens que Contribuíram para o Futebol de Santa Rosa”, que foi realizado no dia 8 de novembro de 2013. Um abraço ao abnegado desportista Santo Correia Leite e agradecimento pela sua contribuição ao futebol de Santa Rosa.


CAMPO DE AVIAÇÃO

                                                                                                          Por João Jayme Araujo 



No fim da década de 30, Santa Rosa foi ligada a outras cidades do Estado e principalmente a Porto Alegre, por meio de “potentes” aviões da VARIG. Antes se tinha de apanhar a aeronave em Santo Ângelo.
Constatando o progresso da cidade foi construído o CAMPO DE AVIAÇÃO. 
Grande foi o número de presentes à solenidade. Naquela época as estradas eram vicinais, apenas.
A orientação fornecida àqueles que lá queriam chegar era mais ou menos, a seguinte: 
“Segue em frente em direção da Colônia Penal Agrícola. Cruze a ponte do Pessegueiro, ali nos matos do Libano. Vá em frente até a propriedade dos Zorzan. Por aquela altura siga à direita e em frente. O Campo estará logo em diante.”
A frequência de voos era reduzida. De quando em quando aparecia algum teco-teco e houve mesmo alguém que por aqui permanecessem por mais tempo ensinando os interessados a pilotarem.
Depois na década de 50 a VARIG instalou um escritório na parte térrea do Edifício Bozzeto. De primeiro os “viajantes” eram transportados a expensas da companhia até o aeroporto de Santo Ângelo, para lá operarem os embarques. 
No desembarque agia-se de maneira contrária.
Os passageiros eram apanhados em Santo Ângelo e transportados até a nossa terra.
Quando a rota tornou-se regular os que viajavam eram apanhados em casa e levados até o Campo de Aviação, também, em condução cedida pela VARIG.
Aqui estiveram como seus representantes, PLINIO e EDÚ DA VARIG. 
O primeiro, grande fazedor de amizades. O segundo, um gentleman que era assíduo frequentador das quadras de tênis da Sociedade Cultural. 

sábado, março 28, 2015

Futebol Amador

ESPORTE CLUBE DANÚBIO AZUL 
LAJEADO CAPOEIRA

A comunidade ordeira e trabalhadora do Lajeado Capoeira, viu nascer em 1962 seu clube de futebol: o Esporte Clube Danúbio Azul.

Colonizada por descendentes de imigrantes italianos, Lajeado Capoeira possui uma característica diferenciada de outras comunidades rurais, por estar muito  mais próxima  da sede do vizinho município de Tuparendi(5 km),  do que a sede de seu município Santa Rosa(13km). Por isso, por várias vezes, aproveitou a aproximação com Tuparendi e de lá trouxe atletas que despontaram no clube alvi-azul.

Sua maior glória ocorreu em 1973, quando se tornou campeão municipal de Santa Rosa pela primeira e única vez.

A decisão foi contra a grande equipe do Frigorosa, que já havia conquistado uma seqüência de títulos: 1969. 1970, 1971 e 1972.

O título veio em jogo muito disputado. O Frigorosa(Frigorífico Santarrosense SA),  era uma equipe muito bem entrosada e com grande qualidade técnica. O Danúbio por sua vez, com a garra interiorana, superou a equipe adversária e assegurou o titulo, quebrando a hegemonia do adversário.
 Entrega da taça de campeão após o término do jogo no Carlos Denardin, com a presença dos vice campeões do Frigorosa.


Atletas que participaram da conquista: Vilson Polla, Dirceu, Plínio, Lauri, Luiz Polla, Artémio, Laurindo Cordebella,  Laurindo, Claudino, Tiago Pezzy, Lambari, Ivo Galera, Lori Galera, Abrelino Gaviraghi e Zelindo Gasparetto.

 Até a charanga compareceu para a festa.


Vale ressaltar que treze equipes tradicionais do nosso futebol amador participaram do campeonato naquela edição, entre elas, o Ipiranga da Vila Sulina, o Comercial do Bairro Cruzeiro, Olaria do Lajeado Grande, o Primeiro de Maio da Vila Planalto, o Real Madri da Vila Santos, o Cruzeiro do Sul  e o Palmeiras da Vila Glória e os finalistas Danúbio Azul e Frigorosa. O campeonato ainda contava com o Serrano, Figueira, Operário e Racing da Vila Flores. 

 S.E. Rocinha foi o clube padrinho das faixas.

 Agora com a faixa no peito, atletas posam com os visitantes.

 Equipe campeão de 1973 posando com as faixas.


Foi um titulo muito festejado pela comunidade, que atualmente, ainda é lembrado com muito orgulho, por aqueles que participaram daquele momento histórico vivido no Estádio Carlos Denardin.

Em 1974, o Danúbio Azul bem que tentou repetir o feito do ano anterior, mas foi eliminado nas semifinais pelo Guarani de Pessegueiro que se tornaria o campeão com uma vitória sobre o Pentágono. A semifinal foi muito aguerrida. Depois de o Guarani abrir o placar a seu favor em dois a zero, o Danúbio buscou heroicamente o empate, sofrendo o terceiro gol nos minutos derradeiros, ficando assim fora da disputa do titulo.

Em 1986, O CMD (Conselho Municipal de Desportos),  organiza o Torneiro da Amizade. Para a disputa foram convidados: Danúbio Azul, Flor da Serra do Campo da Aviação, Olaria do Lajeado Grande e Radar do Lajeado Tarumã. Disputou um jogo extra com o Olaria, em campo neutro, no estádio do Tabajara em Tuparendi, onde foi derrotado, não se qualificando para a final, que foi disputada entre Olaria e Flor da Serra. O empate em um gol deu o titulo ao Olaria.

O Danúbio Azul, embora atualmente desativado no futebol, possui uma boa estrutura (foto acima)  com um belo gramado, com alambrado, vestiários com túnel de acesso ao campo, raro de se ver em clubes do interior. Estrutura essa localizada junto à comunidade Santo Antônio.   Segundo Eloi Bedendo, atualmente um grupo de atletas da comunidade continuam jogando futebol sete. Quanto ao futebol de campo acontece apenas um jogo festivo por ano, onde todos que já jogaram no Danúbio Azul, lá se encontram para uma confraternização. 

              Acima e abaixo ex-atletas em confraternização.


 Conversando com moradores por que do fechamento do futebol de campo, nos responderam: o esvaziamento de pessoas na comunidade; famílias venderam suas terras,  seguiram outros rumos em busca de  novas oportunidades de melhorar a vida; saída dos jovens para estudar na cidade, retornando apenas para visitar os familiares que aqui permaneceram; a nossa comunidade tinha mais de cem famílias, hoje não passam de quarenta, ficou poucos moradores.  Não há pessoas suficientes para a formação de um grupo que possa tocar o futebol. Lajeado Capoeira não está sozinha, a maioria das comunidades organizadas no meio rural diminuíram com o êxodo rural. Fecharam escolas, times de futebol, comércios locais, entre outros. Vivemos um novo tempo.
Agradecemos ao Professor Elói Bedendo pela colaboração.

Comunidade comemora 100 anos:
Em 1915, logo após a criação da Colônia Santa Rosa, com sede na Vila 14 de Julho(hoje cidade de Santa Rosa), chegaram as primeiras famílias oriundas de Guaporé e se instalaram próximo do Rio Santa Rosa, a 15 quilômetros da sede. Foram as famílias : Capellari, Lorenzato, Strapasson, Radin, Guazin e Faccin. Logo os colonizadores se preocuparam com a educação dos filhos e a espiritualidade e criaram a escola e a igreja em 1917. O primeiro professor foi Antonio Barella e o primeiro presidente da comunidade foi Santo Lorenzato.Atualmente o líder da comunidade é o senhor Reinoldo Gottardo, comerciante do local. A comunidade tem Santo Antonio  como padroeiro. O nome da localidade vem da existencia de um córrego próximo, que faz limite com o município de Tuparendi e que se denomina Lajeado Capoeira. Nas festividades de comemoração dos centenário no mês  de junho de 2015, foi inaugurado o calçamento da via principal, uma antiga aspiração dos moradores. Na foto acima: à esquerda o salão comunitário e o comercio de Reinaldo Gottardo e à direita a igreja Santo Antonio. Esta foto foi tirada antes da execução do calçamento.

sábado, março 21, 2015

Santa Rosa Campeão


Parabéns a SER Santa Rosa pela brilhante conquista.

sexta-feira, março 20, 2015

Futebol Amador

ESPORTE CLUBE CARAVELI


O Caraveli deve ter surgido por volta do ano de 1970. Recorremos, para saber mais, aos escritos do historiador, advogado, tradicionalista, político e desportista  Antonio Ailton Torres de Paula.

No seu livro que carrega o titulo  CAUSOS DE FATOS, relata sobre a existência desta agremiação esportiva. O autor, que no meio esportivo, na época, era conhecido como Airton, atuava como atleta, ainda moço, em pequenos campos de  meio terra e meio grama, até ser convidado pelos dirigentes do Caraveli, à integrar o plantel. Como ele mesmo narra, foi a primeira equipe organizada a atuar como atleta, que mais tarde jogou no Grêmio Santa-rosense, Olaria e o Prenda(veteranos). O Caraveli, naquele momento, era dirigido pelo presidente João Maria e o grupo era treinado pelo mestre Didi, antigo jogador meia-cancha  do Ipiranga.

Descreve, em sua obra: ”Comecei a jogar no segundo time do Caraveli, onde lembro de alguns companheiros, como o velho Marron, o Porco, o Hélio, Sérgio Massulini, Clóvis, Nego Luís, Airton, Niltinho Abreu, Cézar, Carlos e o Sérgio Polaco. Mais tarde, passei a integrar o time titular do Caraveli,  no qual jogavam o Ties(Arlindo), Tonho, Elpídio, Cabo Müller,  Airton, Osmar, Papá, Adão Beiço, Irany, Neri Bastos, Chicão, Caio Chitolina, Luís Marino, Nilton Paz, Cezar, Pelé e o Müller”.

Durante as andanças pelo interior, em jogos amistosos, um fato curioso aconteceu em Cândido Freire. Isto deve ter acontecido em dezembro de 1970. “Chegamos com o ônibus lotado, onde fomos recebidos com um caloroso foguetório e conduzidos para baixo de uma figueira, que serviu de “vestiário”. A poucos passos dali, uma cerca servia para alguns jogadores pendurarem suas roupas, enquanto jogavam”.

Segue dizendo: A peleja transcorria normal, quando Adão Beiço, correndo deixou o campo em direção à figueira. O motivo: uma vaca estava mascando sua camisa. Armou um confronto com o animal na tentativa de resgatar sua camisa. Com ajuda dos companheiros, Adão conseguiu reaver sua camisa em frangalhos, sobrando apenas a gola e as mangas em bom estado, pois o restante nada sobrou.  Quando da lamentação, Adão Beiço era consolado pelos amigos. Não houve outra forma, a não ser adquirir nova camisa e esquecer o infortúnio.  Quanto ao Caravelli, a muito tempo está extinto.

Fonte: Livro Causos de Fatos, de autoria de Antonio Ailton Torres de Paula.