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ANOS DO FARROUPILHA: O zagueiro goleador
Nascido na comunidade do Lajeado Reginaldo, Eloir Pretto ou
simplesmente Pretto, assim como é conhecido, estampa a alma do Farroupilha.
Pois, começou desde menino a frequentar os campos de futebol, ainda no extinto
Internacional do Lajeado Capim. Mas foi
no Farroupilha que desenhou sua história no futebol, contando com emoção os momentos
e acontecimentos vividos no meio do futebol.
Preto lembra como se fosse hoje os dias de
jogos, quando aos domingos na comunidade, reuniam se atletas e torcedores em
torno do campo para assistir ou jogar as partidas pelo Farrapo em Reginaldo, ou
quando embarcavam em algum meio de transporte para jogar como visitante em
outro local. Naquela época os atletas eram compromissados com suas agremiações,
pois haviam um compromisso assinado em documento com o clube para atuar pela
equipe, e no caso de expulsão, o atleta não participava do jogo seguinte, mas
havia a obrigatoriedade de assisti-lo, como pena, além de pagar uma pequena
multa pecuniária.
Para Pretto a seleção do rubro-negro de todos
os tempos era composta por: Claudio Taffarel; Naco, Pretto, Claudio Marostega e
Paulo Juba; Telmo Rigo, Nanico e Chico Dias; Danilo Teichmann, Adair Scherer e
Chico Timm. Diz ainda, que havia um entrosamento perfeito entre ele, Marostega
e Rigo.
Em meio a tantas lembranças, um desafio
proposto com seu parceiro de time Chico Dias marcou sua trajetória pelo
farrapo, no qual constava qual dos dois marcasse mais gol durante o ano ganhava
uma caixa de cerveja do outro. Chico meio campista chegou a marca de 48 gols,
mas o zagueiro Preto que tinha a bola parada como especialidade assinalou 49
vezes o gol e venceu a disputa.
O maior feito na vida de Pretto enquanto
atleta foi o título conquistado em 1984, em cima de seu rival o Expresso Toda
Hora. Ano no qual o Farroupilha montou um grande time, trazendo um goleiro de
Catuípe e alguns atletas do Oriental de Três de Maio. Entre os grandes jogos da
sua vida, Pretto destaca os confrontos contra as equipes do Cruzeiro de
Campinas das Missões, o Real Madri e o Ferroviário.
Pretto conta de uma passagem do goleiro
Claudio Taffarel, que sempre queria jogar de centroavante, mas Prettão (irmão
de Pretto) era o treinador, e como um técnico irredutível sempre passava a
camisa de goleiro para Taffarel. Pois é, quem sabe essa insistência em colocar
Taffarel no gol o fez se tornar um dos maiores goleiros do mundo.
Fevereiro de 1979. Preto é o primeiro em pé da esquerda para a direita.
Nota-se que o campo ainda era chão vermelho, não havia gramado.
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